Capítulo 6

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André

Estou aos beijos com uma rapariga que acabei de conhecer, cujo nome desconheço totalmente, quando começa a tocar a música Know no better, uma das minhas preferidas do momento, e desloco o meu olhar para o local de onde está a sair a música, vendo uma rapariga a dançar com Jota e que está a olhar para mim. Reconheceria aqueles olhos no outro lado do mundo. Ema. Vou até a ela, que me virou a cara, e toco-lhe no ombro descoberto.

-Podemos falar?- peço calmamente. Não sei como ela poderá reagir.

-Desculpa. Conheço-te de algum lado?- pergunta a morena. Mas será que ela não me reconheceu.

-Sou eu, Ema. O André. Não te lembras de mim?

-Acabei de dizer que não. Nunca conheci nenhum André- diz com ar irónico. Espera aí. Ela está a gozar com a minha cara.

-Tu estás a gozar comigo, não estás, Ema? Vá lá. Preciso mesmo de falar contigo- peço tocando-lhe no braço.

-Olha que engraçado. Quando eu precisei de falar contigo estavas muito ocupado a fazer sabe-se lá oquê. Agora quem não está disponível sou eu, André. Anda, Diogo- diz puxando o rapaz pelo braço para longe de mim. Ema- 1. André- 0.

Alguns anos atrás

No 11º ano

Mensagens on:

Eu: Baby, estou carente. Anda cá a casa.

My Lover: Não posso. Estou com a Rita.

Eu: Vá lá. Diz-lhe que tens de ir a algum lado. Preciso de estar contigo. Já tenho saudades dos teus beijos.

My lover: Já percebi, baby. Estou em tua casa em meia hora. Beijos.

Esclarecendo. A Ema e eu namoramos, mas namoramos um pouco secretamente. A Rita, melhor amiga da Ema, gosta de mim e então, como a Ema não a quer magoar, ela não sabe de nós. Eu preferia que ela soubesse, assim ela deixava de andar atrás de mim. Saio dos meus pensamentos quando tocam à campaínha e vou correr abrindo a porta, vendo a Ema.

-Foi aqui que pediram uma encomenda de beijos?- pergunta olhando para mim.

-Acho que sim, vou chamar o rapaz que encomendou para vir receber- digo rindo.

-Olhe mas vá depressa que se não passa o prazo.

-Então, sendo assim, acho que os vou receber eu- digo e beijo a minha namorada fechando a porta atrás dela.

-Estava a morrer de saudades tuas- digo parando o beijo.

-E eu tuas, meu amor- diz Ema e volta a beijar-me. Vamos caminhando até ao sofá, onde eu me deito e Ema deita-se por cima de mim. Continuamos os beijos que se itensificam até que levo a mão ao rabo da Ema e o apalpo.

-Hum- diz parando o beijo- E se aparecem os teus pais?

-Eles não estão. Foram viajar- acalmo-a e reinicio os beijos aos quais se juntam apalpanços mútuos.

-E o teu irmão, André. O Afonso pode aparecer- diz a morena visivelmente preocupada.

-Ele está na escola. Não vai aparecer. Sabes que mais, anda- digo e pego na Ema ao colo estilo noiva, levando-a para o meu quarto, dando início ao nosso primeiro momento de pura cumplicidade e entrega um ao outro em todos os sentidos possíveis.

Lies- André Silva Onde histórias criam vida. Descubra agora