Capítulo 14

114 10 6
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A noite trouxe para Terry novamente a solidão. Ele vivia aquela angustia diariamente, desde que se entendia por gente.

As lembranças aquela noite estavam ainda mais presentes do que nunca, e foi inevitável não lembrar-se de seus pais. As imagens distorcidas de uma noite fria e chuvosa de inverno ocuparam a mente do loiro instantaneamente.

Terry podia sentir o vento gelado em seu corpo. Ele estava novamente sozinho, preso no sótão da casa de castigo por não ter comido toda a comida. Seu pai não permitiu que ele pegasse um agasalho, e a fina camiseta do pateta não o esquentava.

Suas mãos estavam geladas, seus lábios estavam trêmulos e arroxeados. Ele tentava se distrair com o pequeno carrinho que havia encontrado ali. Mas era em vão. O frio e o medo eram maior que a fantasia de menino.

As lágrimas desciam de seus olhos, e todo o seus corpo se sacudia violentamente. Terry tentava se aquecer, mas era como se o calor estivesse sido extinto daquele lugar. O pequeno menino de cabelos loiros estava só, com medo e com frio, enquanto seus pais se aqueciam debaixo de cobertas macias e grossas.

— Tenho que pensar em coisas boas — dizia ele a si mesmo enquanto caminhava em direção a janela e olhava o luar através das copas das árvores que cercava todo o terreno do hospital.

Terry sempre fora uma pessoa solitária e sem motivo algum para querer nada de bom na vida. Afinal, as pessoas que deveriam amá-lo acima de qualquer outra coisa no mundo, não se importavam com ele. Porém, agora ele sentia que seu coração achara um novo motivo para bater.

Os pensamentos de Terry vagaram rumo a Belina. Ele tiraria essas lembranças desagradáveis de sua mente, e pensaria apenas em ficar bom. Ele se curaria e ficaria com sua amada pelo resto da vida. Ele merecia ser feliz, mesmo depois de ter feito o que fez. Terry sempre acreditou que morreria sem nunca conhecer o amor, todavia seus pais sempre diziam isso. Porém, agora ele tem um motivo para lutar. Ele tem um motivo para querer a sanidade mental por completo.

***

— Meg? — Belina disse assim que ouviu o alô do outro lado da linha.

— Sou eu — a jovem senhora respondeu reconhecendo a voz de sua funcionaria do outro lado da linha.

— Sou eu. Belina — disse a jovem.

— Sim querida.

— Preciso te contar uma coisa.

Nos minutos seguintes Belina narrou tudo que havia acontecido entre ela, Terry e John. Meg escutou em silencio, deixando que a jovem narrasse todo o acontecido. Meg sabia que John seria um problemas desde a vez em que ele foi à sua sala.

— E foi isso que aconteceu — suspirou a jovem — achei que devia te contar.

— Fez muito bem — Meg mudou o telefone de orelha antes de continuar — John foi à minha sala na semana passada. Eu já esperava um comportamento desse tipo. Agora o que eu quero saber é você é se tudo isso vale a pena.

No Limite da LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora