Depois de cochilar um pouco devido à exaustão que seu corpo se encontrava, a morena não conseguia mais ficar deitada. A cama de Belina parecia está coberta de espinhos. A morena estava incomodada, e isso a levava a uma madrugada de insônia. Belina ainda estava atordoada com a aparição de Terry. Como ele havia conseguido sair do hospital?
Os raios de sol ainda não haviam entrado pela janela do quarto da morena. Porém, ela já estava de pé há muito tempo. Belina tomava seu café, e inevitavelmente lembrava-se dos olhos do loiro cravados nos seus de uma forma que ela nunca tinha visto antes.
Um arrepio percorreu sua coluna, trazendo um tremor para o seu corpo. Medo. Esse era o sentimento que se apoderava de Belina naquele momento. Não parecia ser os olhos ternos e meigos de Terry. Terry nunca a olhava de outra forma a não ser com ternura e amor. Belina não havia visto isso na noite passada, ela não conseguia ver outra coisa nos olhos do loiro que apareceu em sua porta a não ser desejo e mistério. O que teria acontecido com seu Terry? O que o levou a fugir do hospital para vê-la e a possuí-la de uma forma tão animalesca como aquela?
***
O caminho até o hospital estava mais longo do que de costume. Belina precisava chegar logo, pois, ela queria se encontrar com Terry antes da troca de plantão, já que o número de funcionários era bem menor à noite, facilitando assim sua entrada escondida no quarto do seu amado.
O semáforo vermelho fez com que uma Belina impaciente parasse. Logo, seu telefone toca e Belina vê o nome de Sarah piscando no visor do telefone que se encontra ao seu lado no banco do carona. Ela não estava com cabeça para atender a cunhada, mas retornaria a ligação assim que possível. Sarah era sua amiga, e não existia outra pessoa a qual Belina confiasse tanto quanto Sarah.
Logo a morena já estava ganhando novamente as ruas movimentadas que a levariam até o hospital.
***
A recepção estava vazia quando Belina entrou pelas portas do hospital. Com passos firmes, ela caminhou rumo ao quarto de Terry. O loiro, como de costume já estava acordado. O jovem tinha esse costume, já que Josh também acordava cedo, e por um bom tempo vinha direto para o quarto do amigo.
Ao ver sua amada entrado em seu quarto, Terry se colocou de pé rapidamente.
— O que você está fazendo aqui? — foi a primeira coisa que ele falou.
— Eu precisava ver você — a morena encurtou a distancia que havia entre eles — eu precisava olhar em seus olhos.
— Eu estava com tanta saudade de você, Be — os olhos do loiro transmitiam amor, carinho, ternura. Não eram os mesmo olhos que Belina havia visto na noite passada.
Foi ai que a ficha dela caiu. Foi no momento em que ela olhou seu amado nos olhos que ela compreendeu que não era ele na noite passada. Terry não havia saído do hospital. Não foi Terry que a possuiu em cima a mesa de sua sala.
— O que foi Belina, parece que viu um fantasma — ele arqueia a sobrancelha querendo entender o que a mulher que estava envolvida por seus braços estava pensando.
— Não foi nada — ela sorriu para ele, mas Terry percebeu que algo muito errado estava acontecendo — eu apenas estava com muita saudade de você.
— Belina, posso está preso em um hospital psiquiátrico, mas eu ainda consigo entender quando uma coisa está errada.
— Não foi nada — ela acariciou o rosto do loiro com as pontas dos dedos, do jeito que ele gostava. Terry fechou os olhos da forma que ele sempre fazia quando ela o tocava assim.
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No Limite da Loucura
RomanceQuando Belina Fox passa pelos portões do Hospital psiquiátrico G Weber Bryan, na Carolina do sul, ela não poderia imaginar que sua vida começaria a mudar a partir daquele momento. Recém formada em psiquiatria, o único contato com paciente foi atravé...