Manhosa

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-- Daddy - disse com uma voz manhosa quando estava deitada no colo dele.
-- Fale pequena - sua voz parecia acariciar minha pele, tão suave como uma pluma, e seus olhos lindos amêndoados prestaram atenção em mim.
-- Eu... sou... boa pra você? - disse com uma voz incerta, aquela pergunta parecia tão boba para ele responder, sei que era minha insegurança falando, mas eu simplesmente não conseguia deixar ela de lado.
-- Como assim, bonequinha? -disse com uma voz confusa.
-- Quer dizer... Eu sou importante pra você? Eu... Acho que eu não sou como você esperava e desejava que eu fosse... Talvez eu...
-- Pare - sua voz foi incisiva e direta, seus olhar ficou sério e sua boca uma linha fina, quando reparei nesses detalhes, minha língua pareceu pesada em minha boca e não consegui falar mais nada a não ser abaixar minha cabeça
-- Você acha mesmo que não é tudo que eu quis para mim? Bebê, eu não estaria com você se não fosse o que eu tanto desejasse e esperasse desde o início, eu amo você do jeito que você é, sem tirar nada, mesmo com esse seu jeitinho manhoso, você é a princesinha do Daddy.
-- Eu não sou princesinha... - disse me lembrando da minha aparência, talvez seria melhor se ele procurasse uma princesinha, de fato, bonita e sem essas neuras que tenho.
-- Por que não? - ele disse segurando em meu queixo e me fazendo o olhar diretamente.
-- Princesas são magras e bonitas... E eu estou longe de ser isso... - Disse desviando meu olhar do dele, doía dizer isso para ele, doía admitir minhas falhas, quando eu me olhava no espelho só sentia ser uma falha, uma feia e com mais defeitos do que qualidades, como ele podia me suportar e me querer por perto?
-- Pequena, olha pra mim - eu o fiz com meus olhos avermelhados, lágrimas ameaçavam sair de meus olhos, mas tinha que ser forte pelo menos dessa vez...
-- Você é a minha princesa não por causa do seu corpo, o que me importa são suas qualidades, pequena, ninguém é perfeito, todos temos limitações, é o que nos faz seres humanos, você pode ver como um defeito ser gorda, mas não deixa isso impedir de ver as suas qualidades, vejo em ti uma menina carinhosa, bondosa, sorridente e corajosa, e mesmo que não acredite em minhas palavras irei falar mesmo assim, tu és linda, só falta você mesma descobrir isso, e neste dia estarei do seu lado - falou abrindo um sorriso discreto e dando um beijinho no meu nariz, motivo pelo qual retribui seu sorriso, mas logo sua expressão ficou séria
-- Agora...me fale, desde quando isso tem lhe incomodado? Isso não é de hoje que eu sei muito bem, quanto tempo a senhorita escondeu isso de mim?
-- É... - falei nervosa, por saber de uma de nossas regras quanto a isso - Desde...
-- Fale Tracy, vai ser melhor se for sincera comigo
Eu abaixei o olhar com vergonha e falei baixo
-- Faz uma semana...
-- Entendo... E por que não veio conversar comigo?
-- Eu não gosto de te incomodar com as minhas inseguranças Senhor... Isso é uma coisa minha...
-- Tudo que se refere a você me interessa, não pense que este é um problema só seu, carregar isso só não é fácil, não me impeça de te ajudar pequena, terá que aprender a compartilhar comigo seus sentimentos.
-- Eu não sei se eu consigo, Daddy... - disse cabisbaixa
-- Eu sei que consegue, para todo caminho difícil existe alguém disposto a dividir sua dor contigo, eu quero ser essa pessoa, no começo será difícil, mas logo se acostumará.
-- Eu vou tentar...
-- É tudo que eu peço, que tente.
-- obrigada Daddy, eu só não quero lhe decepcionar.
-- Não irá, sei o quanto é assustador, mas eu sempre estarei aqui, é uma promessa, promessas minhas, sempre são cumpridas - ele me puxou para seu peito e eu me embebedei com tua presença, seu cheiro e sua voz, tudo isso se tornou meu calmante e eu respirei tranquila embalada em seu colo.
-- Mas agora temos que falar da sua punição...
-- Mas Daddy...
-- Bebê, qual regra fala sobre sua honestidade comigo? Hum?!
-- Mas eu já falei, eu...
-- Mas falou depois de muito tempo pensando nisso... Se torturou todo esse tempo e não me falou nada, lhe dei várias oportunidades e você ficou quieta, eu sabia que não estava sendo honesta comigo, só estava esperando você falar o que era... honestidade Tracy, você sabe o quanto zelo por ela.
-- Sim Daddy, desculpa Daddy...
-- Você está proibida de comer doces essa semana e nem vai poder brincar com a sua menininha.
-- Ah não Daddy, por favor, isso não...
-- Sem discussão Tracy, quantas vezes essa semana eu te dei a oportunidade de falar?
-- Seis vezes... - falei baixo percebendo quantas vezes ele havia feito a pergunta e eu só falava que não era nada.
-- Se me desobedecer você receberá sete tapas na sua menininha, me entendeu?
-- Sim Senhor
-- Acho bom mesmo.
Ficamos em silêncio por um tempo só ouvindo a respiração um do outro, mas não durou muito, logo ele falou com a voz que meu lado baby adorava ouvir.
-- A minha bebezinha quer a sua mamadeirinha? - meneei a cabeça concordando e ele pegou ela ao lado da cama, já preparada, quando ele iria colocar na minha boca, eu estendi a mão querendo pegar, mas ele afastou e falou para eu abrir a boca.
-- Mas, Daddy, eu quero pegar minha mamadeila!- Disse empurrando
-- Você poderá pegar, mas eu quero dar na boquinha pra minha bebezinha, agora abra a boquinha...
Eu abri devagarzinho e ele colocou na minha boca, quando eu senti o bico e o líquido descer eu fui tentando relaxar, sua outra mão acariciou o meu braço vagarosamente, a sensação de ser sua gatinha me encheu e me fez bem, o cuidado dele se mostrava naquele simples gesto, aos poucos sua mão subiu pra cima e encontrou meus músculos tensos dos ombros e começou a fazer massagem ali, mesmo com somente uma mão eu senti teu aperto forte e firme, mas a minha tensão não era por dores e meu Daddy sabia disso, era um dos motivos que eu queria pegar a minha mamadeira em mãos.
-- Daddy, você falou que iria me deixar pegar minha mamadeira...
-- Isso foi antes de eu saber o seu real motivo, eu já te falei que você não vai conseguir se esconder de mim...
-- Mas Daddy... - seu olhar minucioso me impediu de discutir com ele, pois eu sabia que seria uma batalha perdida, então eu simplesmente me apeguei ao teu carinho e deixei ele me dar a minha mamadeira, quando ele percebeu que havia relaxado ali, sua mão subiu dos meus ombros e foi para a minha clavícula fazendo um afago lento, o seu toque era capaz de me fazer sentir frágil , feminina e desejada, aquele era o motivo pelo qual me entregava de corpo e alma, para sentir tais sensações.
O carinho e a atenção que tanto almejava estavam presentes somente quando estava com ele, sua capacidade de desvendar meu sorriso mais falso, era impressionante essa facilidade Só ele era capaz de me abraçar tão forte a ponto do meu mundo todo parar só para viver no dele, ele era acima de tudo quem eu contava pra qualquer coisa, para me dar um prazer nunca sentido, um castigo merecido, ou um cuidado não esperado, eu o amava e nunca iria o abandonar, não importava o que aconteceria mais para frente, se eu o tivesse comigo eu era capaz de enfrentar qualquer coisa.
-- Eu te amo, minha neném...- ele disse dando um beijo na minha bochecha
Eu empurrei um pouco a mamadeira da sua mão para eu falar, quando ele tirou eu falei com minha voz manhosinha.
-- Eu também te amo muito, você é só meu né Daddy? - Disse o abraçando forte
-Só seu pequena, para sempre - disse próximo e dando um beijinho na minha testinha, me senti tão bem com tal gesto que dei um sorrisinho.
-- Quer ver desenho com a sua chupeta? - eu o olhei sorrindo e concordei com a cabeça animada por estar na presença dele e fazer uma das coisas que mais amava.
E foi assim que terminou nossa noite, eu aninhada aos braços do Daddy, com minha chupeta na boca e vendo um dos meus desenhos favoritos e era tudo que eu precisava.

Ayumi Maya

Nota da autora
Bem, esse é meu primeiro conto age play, espero que gostem.
Bjs da Ayumi

Desejo SubmissoOnde histórias criam vida. Descubra agora