Donna POV.
Não podíamos nos comunicar enquanto ele dirigia, então fixei meu olhar na rua, até sentir um cutucão no braço. Olhei pra ele imediatamente e vi que ele apontava para o bloco de papel. Será que ele queria que eu escrevesse algo?
Bom, pensei e escrevi:
"o que foi?"
E então ele disse pausadamente:
- você mora sozinha?
Fiz que "não" com a cabeça e escrevi:
"com os meus pais"
Ele fez uma cara de "ah tá".
- você mora do lado do parque. vai muito lá?
Me esforço para ler seus lábios, afinal, o carro em movimento atrapalha. Quando finalmente entendo o que ele diz, escrevo:
"muito. adoro o parque"
Ele sorri e aponta para ele mesmo, como quem diz "eu também".
A distância entre o escritório, o bar que frequentávamos e a minha casa era bem curta. Logo chegamos ao meu prédio e ao estacionar agradeci pela carona, mas desta vez agradeci de uma forma diferente. Apontei para os meus lábios para que ele prestasse atenção. Ele fixou o olhar em mim enquanto eu dizia "obrigada".
Ele arregalou os olhos e sorriu surpreso. Eu nunca tinha pronunciado uma palavra usando a boca, mesmo sem som, ou seja, era novidade para ele. Enquanto ele sorria fiquei extremamente encabulada e fiz um "tchau" com a mão, mas ele logo disse pausadamente:
- bom final de semana.
Sorri ao ler seus lábios e assenti, mas por alguma razão eu não conseguia sair do carro. Eu me perdi em seu olhar de novo. Os olhos dele eram a coisa mais linda que eu já tinha visto na vida. Os seus cabelos negros deixavam seus olhos ainda mais castanhos. Era uma combinação perfeita com o sorriso branco.
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Donna
RomanceCurriculum Vitae Donna Waldorf 25 anos, Solteira. Nova Iorque/NY. Objetivo: Secretária Assistente Formação Acadêmica: Administração de Empresas - Universidade de Nova Iorque 2 anos de experiência como Assistente na Clínica Saint Patrick. Administrat...