Capítulo 4

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Donna POV.

Não podíamos nos comunicar enquanto ele dirigia, então fixei meu olhar na rua, até sentir um cutucão no braço. Olhei pra ele imediatamente e vi que ele apontava para o bloco de papel. Será que ele queria que eu escrevesse algo?

Bom, pensei e escrevi:

"o que foi?"

E então ele disse pausadamente:

- você mora sozinha?

Fiz que "não" com a cabeça e escrevi:

"com os meus pais"

Ele fez uma cara de "ah tá".

- você mora do lado do parque. vai muito lá?

Me esforço para ler seus lábios, afinal, o carro em movimento atrapalha. Quando finalmente entendo o que ele diz, escrevo:

"muito. adoro o parque"

Ele sorri e aponta para ele mesmo, como quem diz "eu também".

A distância entre o escritório, o bar que frequentávamos e a minha casa era bem curta. Logo chegamos ao meu prédio e ao estacionar agradeci pela carona, mas desta vez agradeci de uma forma diferente. Apontei para os meus lábios para que ele prestasse atenção. Ele fixou o olhar em mim enquanto eu dizia "obrigada".

 Ele fixou o olhar em mim enquanto eu dizia "obrigada"

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Ele arregalou os olhos e sorriu surpreso. Eu nunca tinha pronunciado uma palavra usando a boca, mesmo sem som, ou seja, era novidade para ele. Enquanto ele sorria fiquei extremamente encabulada e fiz um "tchau" com a mão, mas ele logo disse pausadamente:

- bom final de semana.

Sorri ao ler seus lábios e assenti, mas por alguma razão eu não conseguia sair do carro. Eu me perdi em seu olhar de novo. Os olhos dele eram a coisa mais linda que eu já tinha visto na vida. Os seus cabelos negros deixavam seus olhos ainda mais castanhos. Era uma combinação perfeita com o sorriso branco.

 Era uma combinação perfeita com o sorriso branco

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