Donna POV.
Em toda a minha vida eu só vi quatro pessoas chorarem por causa da minha deficiência, além de mim mesmo. Foram meus avós maternos - os paternos eu não conheci - e meus pais. Benjamin foi o quinto.
Enxuguei a única lágrima que caiu em seu rosto e tentei entender o porque, afinal, ele nunca nem me disse nem um "eu gosto de você" ou "estou apaixonado por você". Nada que confessasse realmente o que ele sentia por mim. Eu só conseguia pensar em pena, apesar do seu olhar dizer outra coisa.
Ele respirou fundo e ainda me olhava daquele jeito. Aproveitei para retomar o papel e a caneta e escrever:
sinto muito
E eu sentia mesmo. Eu não queria que ele se sentisse triste porque não ia conseguir ouvir nada além de um som rápido vindo da minha voz.
Ele balança a cabeça e escreve:
eu que devo pedir desculpas. foi maravihoso sim ouvir a sua voz, mas você tem tantas outras coisas maravilhosas que
Ele para de escrever de repente e depois de ler a frase inacabada puxo-o para um beijo. Benjamin parecia uma mentira. Parecía um cara que você idealiza e sabe que nunca vai aparecer e já que ele era tudo isso resolvi aproveitar mais. Eu queria beija-lo mais, abraça-lo mais e aproveitar cada segundo.
Ele riu ao pararmos o beijo e logo pegou a caneta de novo.
o seu beijo é maravilhoso, por exemplo, e isso podemos fazer bem calados
Sorri ao ler e cobri o rosto com vergonha. Ele recomeça a escrita e eu já fico curiosa para saber o que ele "falaria".
o parque amanhã ainda está de pé?
Olho para o celular e já é madrugada. Respiro fundo e escrevo:
não sei se vou conseguir acordar
Ele ri e escreve:
eu te acordo
O empurrei de leve rindo pelo o que tinha acabado de ler.
não posso dormir fora de casa, pelo menos não sem avisar
Ele lê, pega meu celular e me entrega. Entendi que ele queria que eu mandasse uma mensagem aos meus pais. Suspiro e escrevo:
eles estão dormindo, não posso avisa-los agora
Ele faz um bico de decepção. Deus, que homem lindo.
podemos deixar para a próxima?
Ele lê e dá de ombros, como quem diz "fazer o que?"
vou me vestir
Escrevo e mostro para ele.
Ele faz que "não" com a cabeça, toma o papel e a caneta das minhas mãos jogando-os longe, e me ataca deliciosamente.
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Donna
Любовные романыCurriculum Vitae Donna Waldorf 25 anos, Solteira. Nova Iorque/NY. Objetivo: Secretária Assistente Formação Acadêmica: Administração de Empresas - Universidade de Nova Iorque 2 anos de experiência como Assistente na Clínica Saint Patrick. Administrat...