Donna

Capítulo 5

Donna POV.

Eu sabia que a semana sem ele seria a pior até aquele momento. Nós não tínhamos nada, ele era apenas o meu chefe, mas eu sentia saudade. Saudade do modo como ele me olhava, do modo como ele se comunicava em Libras, até o modo como ele analisava os relatórios. É, eu realmente estava apaixonada. Apaixonada e ansiosa para o que estava por vir.

Eu não poderia ser mal educada a ponto de não agradecer as lindas flores, então, respirei fundo e resolvi mandar uma mensagem no celular dele, mas no número profissional, afinal, o objetivo principal das flores foi a parabenização pelos dois meses na empresa.

Sorri ao ler e esperei mais mensagens. Elas não vieram, então deixei o celular de lado e fui mais uma vez inalar o perfume das minhas rosas, que por sinal, já estavam morrendo, infelizmente.

Estava distraída quando vi a luz do celular piscar. Mal pude acreditar que era ele.

Aproximei o celular para ver o último emoji. Minha nossa, eu já estava suando por todos os buracos do meu corpo. Sim, pode parecer vulgar, mas era a mais pura verdade.

...

Na Sexta-feira, Emily e Bruno já estavam prontos para ir ao bar e eu, que não tinha falado absolutamente nada sobre o jantar com o chefe, não podia mais disfarçar.

- vou jantar com o Benjamin.

Mal termino de gesticular e percebo que os dois já estão de fofoquinha e risinhos. Revirei os olhos e deixei pra lá. Peguei minha bolsa e me despedi dos dois.

Nem sei como fui para casa naquele dia. Nem lembro da cara do motorista do Uber de tão nervosa que estava, e olha que eu lembrava da fisionomia de todo mundo.

Me preparo para a grande noite e espero uma mensagem. Não desgrudo do celular nem para ir ao banheiro, o que faz meus pais rirem de mim a cada cinco minutos. Os dois estavam felizes de me ver interessada em alguém. Eles sempre tiveram muito medo de eu ficar sozinha, medo de ninguém se interessar por mim por causa da minha deficiência, enfim, preocupação normal de pais.