We hate small talk

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-Charlie?! O que é que foi?l
-O Dean desapareceu.
-PORRA, NÃO PODE!-gritei. Aquele idiota do Richard Roman... Se ele tocasse sequer no Dean eu ia matá-lo. Mas como? Eu nem sabia como se matavam leviatãs...-EU VOU MATAR ESSE DICK ROMAN, NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA!-gritei de novo. Fui para o quarto, vesti a primeira coisa que encontrei e peguei na Colt e nas chaves do baby.
-Calma, Pie, nem sabemos onde ele está!
-Está algures com o Roman.-disse, cheia de raiva. Eu precisava de ajuda para o encontrar, mesmo não admitindo isso. Depois é que eu tive uma ideia.-Vamos chamar o Castiel. Ele é um anjo, vai saber onde está o Dean. Ai, se o Dick toca nele...
-Tá, vamos chamar o Castiel. É a nossa solução.
-Dá-me o número dele, Sam. Por favor.
-Ok.
O Sam deu-me o número do Castiel e eu liguei-lhe.
-Estou, quem fala?-ele perguntou, confuso.
-Cas, é a Piper. Eu preciso mesmo da tua ajuda.
-Sim, claro. O que é que precisas?
-O Dean desapareceu. Sabes onde é que ele está?
-Sei. Mando-te a morada por mensagem. Corre para o Impala.
-Ok, obrigada Cas. És o melhor.-disse, subindo as escadas à pressa e desligando o telemóvel. Corri para o Impala e abri a porta.
-Eu conduzo hoje.-eu ordenei, sentando-me no banco do condutor, lugar habitual do Dean. Liguei o carro e o rádio começou a tocar rock clássico, como é óbvio. Highway to Hell, dos A, para ser mais específica. Eu até gostava bastante daquilo. Vi a morada no telemóvel e agradeci ao Castiel de novo por mensagem. Eu reconhecia o sítio, portanto nem liguei o GPS. Ter andado pela América durante cinco anos, à procura em todos os recantos pelo meu pai até teve as suas vantagens.
-Pie, não é preciso andares tão rápido. Se o Impala se estraga o Dean passa-se...-disse o Sam, preocupado. Revirei os olhos e respondi:
-E tu preferes um carro estragado em vez da vida do teu irmão salva, é Sammy?
Ele suspirou mas não disse nada.
-Ouve, Sam, não é o que tu estás a pensar... Eu também adoro este carro como se fosse da família, mas agora a minha preocupação é amanhã ainda ter o amor da minha vida vivo. Não preciso nem quero que mais alguém morra.
-Ai, vocês são tão fofos... Tenho de arranjar um ship para Piper e Dean.-disse a Charlie, alegre, do banco de trás. Aquilo aliviou um bocado a tensão dentro daquele carro.

Dean's P.O.V.
Acordei, atado a uma cadeira no meio de um celeiro velho e poeirento. À minha frente estava um homem de fato que eu não conhecia, mas deduzia que fosse um leviatã.
-Olhem quem acordou. Dean Campbell Winchester...
-Olha que bom, sabes o meu nome. Quem és tu?!
-Ai, vocês, caçadores, sempre com uns modos tão diretos e rudes... Não aceitam nem um bocado de conversinha...
-Não temos respeito por monstros como tu e não ligamos a conversa fiada. Eu diria que somos mais práticos.
-Não sejas tão convencido, Dean. És tal e qual a tua namorada, insolente e respondona.
Fiz um sorriso sarcástico ao ouvir aquilo, que só o irritou mais.
-Essa é a minha miúda...-respondi, orgulhoso. O homem revirou os olhos com repulsa, e começou a andar às voltas no celeiro.-Porque é que eu estou aqui?!-perguntei.
-Porque eu sou teu amigo e quero ajudar-te, contar-te umas verdades...
-Oh, sim, claro... Então conta lá, "amigo".
-Sabias que o teu irmão e a tua namorada estão a organizar uma caça ao Dick sem tu saberes? Até foi a tua Pie que ordenou ao Sam para não contar nada...
-Como é que sabes isso?
-Tenho os meus meios.
-Sim, e daí?! Achas que eu me vou juntar a vocês só porque me contaste uma coisa que eu nem sei se é verdade? Julgava-vos mais espertos do que isso.
-Ai é?! Então também não te deves importar com isto.-disse o homem, dando-me um murro na cara. Espancou-me até eu estar coberto de sangue. Eu sentia que ia morrer ali dentro. Estava a soluçar, à procura de ar, a perder imenso sangue e a tossi-lo. Tinha a cabeça a andar à roda e estava todo dorido, mas aquele não ia ser o meu fim.
-Não te metas connosco, ouviste?!-disse o tipo, trancando-me dentro do celeiro.

Piper's P.O.V.
-Vamos, gente!-eu disse, estacionando o carro uns metros atrás. O Cas disse que o Dean estava por ali. Subimos o descampado todo a correr, mas sem dar nas vistas.
-Separamo-nos à procura do Dean, ok?
-Tá.
Meti-me pelo meio das plantas, e mesmo que elas me arranhassem toda, eu corria o mais rápido que conseguia. Vi o leviatã que me raptou a rondar um armário de arrumos, a mexer num notebook. Escondi-me por entre as plantas, e quando ele se virou disparei a correr. Vi um rasto no chão, e algumas partes tinham pegadas muito parecidas com as dos sapatos do Dean. Segui-as e fui ter a um celeiro velho, muito pequeno para um celeiro, até. Tentei abrir a porta, mas não deu. Devo ter feito imenso barulho, porque o homem virou-se para mim e começou a vir na minha direção. Arrombei a porta e devo dizer, senti-me como uma estrela de cinema.
-Pie...-disse o Dean, que estava amarrado a uma cadeira, em péssimo estado.-Porque...
-Porque às vezes até o Batman tem de ser salvo.-disse, tirando-o dali. Comecei a correr o mais rápido que pude, com o Dean às costas, e consegui despistar o homem. Quando finalmente chegámos ao Impala, o Sam e a Charlie já lá estavam.
-D...deixem m-me c...conduzir...-murmurou o Dean.
-Nem penses, Dean Winchester, tu vens atrás comigo.
-Mas...
-Nada de mas.-disse, puxando-o para o banco de trás.-Arranca, Sammy.
-É para já.

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Oi! Edgar, sempre a raptar a Team Free Will... (Sim, o leviatã que os rapta é o Edgar, o braço direito do Dick Roman). Será que vai haver perseguição? Bye, até ao próximo cap!

The Singer KidOnde histórias criam vida. Descubra agora