The Singer Kid

Don't look, kiddo

Castiel's P.O.V.
-PIPER! PIPER!
-CAS! EU ESTOU AQUI! SOCORRO!
Corri uma colina acima e encontrei-a ao pé de um cadáver.
-O que é, Piper?
-Aquilo ali! É um Wendigo!-ela disse, a apontar para a nossa frente, mas não havia nada ali.
-Não há ali nada, Piper.
-Há sim! Cas! Quem é que te espancou?!-ela perguntou, em pânico, mas eu estava bem. O que é que lhe estava a acontecer? Tinha de ligar ao Dean ou ao Sam rápido.
-Eu vou tirar-te daqui, Piper. Não olhes em volta, eu estou aqui, ok? Vá, calma, não tenhas medo. Fecha os olhos.-eu disse, para tentar acalmá-la, mas estava a ser complicado. Peguei-a ao colo e levei-a até casa. Ela olhava em volta, assustada, como se viesse alguma coisa atacá-la.
-Cas, eu estou cheia de dores de cabeça. E estou mesmo maldisposta... O que é que se passa? AHHHH, CAS! Atrás de ti! Socorro!
Ela soluçava e gemia, cheia de medo. Estava toda encolhida, agarrada aos joelhos, a tremer. Cheguei ao pé dela de joelhos e abracei-a.
-Não há aqui nada, Piper. Eu vou tratar de ti, não tenhas medo. Eu estou aqui.
-Obrigada, Cas. Adoro-te.

Piper's P.O.V.
Ele saiu do quarto e deixou-me sozinha. As alucinações iam piorar até eu morrer de um ataque de coração. Eu sabia que era um Buruburu e tinha de contar ao Castiel, mas eu não estava em condições de o matar. Se o Cas pedisse ajuda ao Dean, ia ser uma boa desculpa para o voltar a ver. Se o Dean continuasse a mesma pessoa, o que era quase óbvio, já tinha arranjado outra namorada, e a visão disso partia-me o coração. Virei-me para o espelho e vi uns tentáculos a tentarem agarrar-me.
-AHHHHHHH!!!!
-PIPER! Calma, vamos para o Bunker.
Resultou!
Num segundo, estávamos no meu quarto no Bunker, onde estavam todos. Não podia deixar de olhar para o Dean. O seu olhar de arrependimento, aquele sorriso triste, apetecia-me correr para os braços dele e dizer que ainda o amava. Talvez eu nunca tivesse sentido nada pelo Castiel, mas precisasse de alguém. Eu estava errada. Eu estava a tentar encontrar o Dean que havia dentro do Cas, e isso era impossível. Era o Dean que, por mais que me partisse o coração eu queria ficar. Talvez eu estivesse a tentar enganar-me a mim própria, mas eu não ia deixar mais.
De repente, toda a sala ficou cheia de um nevoeiro preto e eu comecei a gritar.
-Calma, Piper. Está tudo bem.-disse o Castiel. Sorri, com a cabeça baixa, mas continuei a estar apavorada.-Eu, a Charlie e o Sam vamos curar-te. O Dean vai ficar aqui contigo para ver se estás bem.
Para quê aquilo? Estaria o mundo a dar-me uma segunda hipótese com ele? Eram as alucinações, o Dean e as dúvidas na minha cabeça. Porquê agora?
Eles foram-se embora e o Dean sentou-se do outro lado da cama, com medo que eu dissesse alguma coisa sobre o outro dia. Levantei-me do meu lugar e sentei-me ao pé dele, o que o fez sorrir um bocadinho.
-Ummm, podemos falar?-ele perguntou, timidamente. Assenti e encarei-o, à espera do que ele pudesse dizer. Devo confessar que estava um bocado nervosa.-Piper, eu... Eu sei que estraguei tudo. Sei que não devia ter feito nada daquilo e que te magoei. Não sei se algum dia me vais perdoar, mas eu tinha de te pedir desculpa.
-Eu já te perdoei, Dean.
-A sério?
-Sim, muito a sério. Eu...-comecei, mas depois vi o Dick Roman a entrar no quarto. Ele ria-se, e vinha para me matar.-NÃO! POR FAVOR, NÃO!
-Calma, kiddo. Não olhes.
Abracei-me ao Dean e encostei a cabeça  ao peito dele. Ele também me abraçou, e senti-me muito mais protegida. Eu estava cheia de medo, e comecei a chorar.-Piper. Olha para mim.
-Não posso.-disse, ainda de olhos fechados.-Ele ainda está aí.
-Não há nada aqui. Vá lá, confia em mim.
-Não, Dean! Eu sei que ele está aí! Foge também, Dean, salva-te.
-Não, kiddo. Abre os olhos. Olha para mim, não olhes para ele. Eu não sou o Dick Roman, pois não?
-Não. És o Dean Winchester.
-Exato. Tens medo de mim?
-Não.-eu disse, soltando uma gargalhada. Que ideia mais estúpida, eu a ter medo do Dean.
-Então olha para mim, não olhes para mais nada.
-Ok...-disse, cética, abrindo os olhos. Era só o Dean ali, mais ninguém. De repente, apareceu atrás dele uma das coisas que sempre me traumatizou: bonecas de porcelana. Aqueles olhos assustadores, aquela cara quebrada... Causavam-me arrepios.
-DEAN! ATRÁS DE TI!
-Não há ali nada. Não olhes, ok?
-S...sim. Desculpa.
-Não peças desculpa, não fizeste nada.
Bateram à porta. Uma vez. Duas vezes. Tinha um som sinistro, mas era só o Castiel.
-Já descobrimos quem é. Já voltamos, fica aí com o Dean, Piper, ok?
-Sim. Adoro-te, sabes?-eu disse, dando-lhe um beijo rápido.
-Eu também.
O Dean ficou ali espantado, a olhar para a situação sem saber o que fazer. Notava-se que ele estava triste, de coração partido. Eu tive de fazer aquilo, senão também seria injusto para o Castiel, mas eu não gostava de ver o Dean assim.
-B...bem, parece que seguiste em frente rápido...-ele disse, desapontado.
-S...sim, e-eu...-comecei, mas nem tive coragem de acabar. Como é que eu ia acabar com o Cas, que esteve sempre lá para mim? Ia ser tão complicado... Nem éramos oficiais, sequer.

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Hola hunters! Então, Castiel ou Dean? Isto está complicado na cabeça da Piper... Com quem é que acham que ela vai ficar? Adeus e obrigada❤️!