Mary...
O Coringa me trouxe na casa do Ph pra ver a minha mãe, eu estou morrendo de saudade dela, não me lembro ao certo com quantos anos começaram as agressões, mas sei que foram muito cedo, lembro que ele não queria que eu fosse para a escola, mas uma vizinha chamou o conselho tutelar e ele entendeu que seria mais fácil me manter na escola e quieta, sendo assim apanhei por anos para não contar o que acontecia em casa.
-Aí minha filha que saudade.
-Mamãe! Desculpa mãe, eu não falei nada pra ele, é que choveu e tirou toda a maquiagem.
-Não precisa filha, graças a Deus alguém nos salvou.
Nós conversamos mais de duas horas, minha mãe e a dona Marisol colocaram na cabeça que o Coringa gosta de mim e eu já cansei de falar para elas que isso é impossível, não nos conhecemos e, além disso, o que um homem daquele vai querer com uma mulher como eu. Nos assustamos quando alguém começou a gritar no lado de fora.
-Mariana, Eliane, vocês são minhas, vocês tem que vim pra casa.
Meu pai gritava na porta de casa, a dona Marisol foi fechar as janelas com a minha mãe e eu corri para pegar o telefone dela.
-Fala mãe!
-Ph...
-Mariana? O que tá acontecendo aí?
Comecei a chorar e mal consegui falar
-Meu pai está aqui Ph socorro.
-Nós estamos indo.
Escutei o Coringa falar e quando fui responder ouvi um tiro, gritei quando vi a minha mãe caída no chão, meu pai tinha conseguido entrar na casa e atirado nela, ele me olhou e gargalhou.
-Agora é a sua hora, sua putinha de merda.
Ele me olhou e atirou, depois disso saiu da casa normalmente, me joguei pra perto da minha mãe e vi que ela estava agonizando.
-Mãe não me deixa, por favor.
-Fi... Lha... O Co... Rin...Ga... Vai cui... Dar de vo...cê...
-Não mãe eu preciso de você.
-Ele... Te... Ama... Filha...
Escutei a voz do Coringa entrar na sala.
-Mary?
-Aqui na cozinha Diego.
A Marisol respondeu e a minha mãe desmaiou, abracei ela e chorei.
-Mary vem.
-Não Coringa, nós precisamos levar ela pro hospital.
-Não Mary, vem comigo.
-Ela vai morrer Coringa, nós precisamos levar ela pro hospital rápido.
-Sua mãe se foi Mary.
-Não, isso é mentira, ela está viva.
Quando ele falou isso o meu mundo desabou, minha mãe não pode esta morta, eu não posso viver sem ela.
-MÃE! ACORDA MÃE, ABRE O OLHO, MÃE! MÃE!
O Coringa se afastou e eu senti uma tontura, e me lembrei do tiro, escutei de longe a voz do Coringa e apaguei.
Quando acordei estava em um quarto de hospital, tinha algo pesado nas minhas pernas, tentei me levantar e vi os braços do Coringa.
-Coringa!
Sussurrei e vi ele acorda e sorrir.
-Graças a Deus você está bem, você quase me matou do coração Mary, achei que fosse te perder.

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05-A Protegida
CasualeCoringa é o dono do Alemão e diferente dos outros donos de morro e amigos ele não é pegador, aprendeu com o pai que homem de verdade não usa as mulheres, mesmo sendo "diferente" do outros, Coringa tem o respeito de todos à sua volta, mesmo muito nov...