Saint Peter: A Escola Dos Mimimis Amorosos (Vol. 1)

Capítulo 51: Pequeno Flashback

Olá, pessoas!

Pessoalmente, adoro esse capítulo kkk

Boa leitura!

***

— E daí? Você não tá namorando com ele — falei, irritada.

— Mas eu vou — Simone esbravejou. — E posso saber por que você tá se intrometendo? Tô falando com ela. — Apontou para Karen, que estava encolhida em sua cadeira.

— Você vem na minha sala xingar a minha amiga só porque ela gosta de um menino. Eu me intrometo sim. E que eu saiba, ele nunca te deu bola.

— Você não sabe de nada! — exclamou. — Vamos ficar amanhã. — Lançou um olhar maldoso para Karen. — Então pode parar de olhar pra ele, porque ele é meu, entendeu?

Karen encarou o chão, irritada, de bochechas vermelhas.

— Só vamos acreditar se ele confirmar. E se a gente for lá perguntar? — Levantei.

— Não se intromete, sua gorda. — Apontou o dedo para mim. — Ninguém falou do Lucas aqui, mas tô vendo que vou ter que falar.

Minha guarda abaixou. Meu rosto esquentou e Simone sorriu. Como diabos ela sabia?

— O que será que ele diria se soubesse que uma gorda gosta dele?

Ainda bem que quase todo mundo estava no intervalo...

— E-eu não ligo. Pode falar o que você quiser.

— Ah! — Ela riu. — Então você gosta mesmo dele! Coitado.

— E daí? Cuida da sua vida.

Simone olhou para o lado, para a porta da sala. — Ouviu, Luquinhas? É de você que estamos falando.

Arregalei os olhos quando vi Lucas parado na entrada, olhando para Simone e para mim com um ar confuso.

— E aí? Ouviu? Ela gosta de você. O que acha de ficar com ela? — perguntou com a voz cheia de sarcasmo, com um sorrisão na cara.

Acabei encarando ele, não sabendo o que fazer. Lucas me olhou com uma expressão séria, parecendo irritado, e lançou um último olhar para Simone, virando e voltando ao corredor em seguida.

Simone começou a rir ainda mais. — Ele nem considera te beijar!

Meu rosto esquentou ainda mais. Dessa vez de raiva.

— Que sirva de aviso, eu posso fazer pior. E isso serve pra você também. — Olhou para Karen, e saiu da sala.

Tentei ignorar a tensão que ficou ali. Eu sabia que tinha umas cinco pessoas que tinham visto tudo, mas o que me confortava era que todos os que ficavam na classe, na hora do intervalo, normalmente eram os introvertidos que nunca falavam com ninguém. E nós três.

Respirei fundo, sentindo meu peito doer, e me sentei ao lado de Karen, na mesma cadeira. Renata levantou de seu lugar e nos abraçou, de pé.

Era engraçado como um acontecimento ruim vinha na cabeça em meio segundo. Eu nem precisava me esforçar para lembrar dos detalhes, a vergonha que senti, tanto por mim quanto por Karen.

— Você tá bem diferente — começou Lucas.

— Isso é bom? — Minha voz saiu mais firme. Graças a lembrança, consegui sentir aquela mesma raiva da época.