Capítulo 46: Dois Bocós

1.4K 132 80
                                    

 Oi, oi! :3

Eu me inspirei em um momento da minha vida para escrever esse capítulo. Ano passado fui à praia, depois de mais de 15 anos sem ir lá. Foi emocionante :')  


***

Eu estava sentindo a brisa marítima, meio salgada, no rosto, na boca, e em cada parte do corpo. Fazia anos que eu não respirava aquele ar salgado. Que saudade.

Seguimos a rua e logo chegamos. Tínhamos saído bem na lateral da praia, e se virássemos um pouco a cabeça para a direita, veríamos uma montanha de árvores um pouco ao longe, ou seja, uma ilha, que provavelmente era visitável quando a maré estava baixa.

A cada passo no asfalto me fazia querer correr para a areia. Eu nem estava prestando atenção na conversa. Só queria chegar logo.

Atravessamos um pedaço na calçada, cheia de areia, e finalmente pisamos na praia. Dei mais alguns passos, afundando um pouco, e tirei os chinelos, ansiosa pela sensação. Paramos mais ou menos no meio do caminho até o mar. Aquela parte da praia estava vazia em comparação com o outro lado.

Acho que eu estava sorrindo igual uma idiota, e confirmei quando reparei Lili sorrindo, provavelmente achando graça da minha reação.

Então, ela puxou sua blusa para cima e a largou no chão, junto com seu short. — Vai, tá esperando o quê?

Olhei para James, que deu de ombros, como se concordasse que eu estava enrolando. Júlio parecia meio tenso, encarando o mar, e se sentou de repente, dobrando as pernas com os joelhos na altura do queixo.

— Que foi? — Lili perguntou a ele. — Vamos nadar.

— Vão vocês, a gente espera. — Ele olhou para James, como quem procurava ajuda.

James observou Júlio por alguns segundos, confuso, e depois, como se tivesse entendido, segurou o riso, e sentou também. — Podem ir, vamos olhar suas coisas. Daqui a pouco a Bru vai sair correndo sem você.

Lili me olhou. — Anda!

Fingi um susto e comecei a tirar a roupa, deixando as peças junto das de Lili. Ela pegou minha mão e andamos para o mar. Antes de chegar na água, olhei para trás, ainda tentando entender o que tinha acontecido. Júlio falava com James, que estava gargalhando com as mãos na barriga.

— O que deu no Júlio?

Lili deu uma risadinha soprada. — Prefiro não saber.

Hesitei antes de pisar na água, fazendo aquele suspense bom. Dei o primeiro passo, vendo como a água estava morna ali, sentindo cócegas no peito do pé. Paramos quando a água batia na metade das coxas, enquanto eu tentava me adaptar à mudança de temperatura.

— Tá gelada — choraminguei.

— A gente se acostuma. Continua ou fica pior.

A cada passo era uma risada/choro. Quando a água estava na metade da barriga, abaixei de uma vez, mergulhando até o queixo, fazendo uma careta de choro. Já Lili mergulhou, desaparecendo por alguns segundos, e reapareceu atrás de mim.

— Até que não tá tão fria. Já mergulhei com ela mais gelada que isso.

— Você é doida. Já veio aqui muitas vezes?

— Algumas. Ano passado o James e eu vínhamos quase sempre. Sem contar as vezes com meus pais, mas a gente ficava lá do outro lado.

Ficamos nadando por um tempo e depois voltamos, apesar de contra a nossa vontade, para dar chance para os meninos. Aparentemente Júlio já estava normal, eu acho, e ele e James foram para o mar sem enrolar.

Saint Peter: A Escola Dos Mimimis Amorosos (Vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora