Capítulo 13

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― Sei que a fila anda

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― Sei que a fila anda ... Minha catraca gira ... Se tu sentir saudade ...Então vai pro final da fila

— Isa, amiga... ― Insisto pela milésima vez, tentando tirar Jose de Isa.

— Beber é uma arte ... Pegar ex faz parte ... Beijar na boca é moda ... SER FIEL É FODA

Eu estava preocupada com minha amiga. Eu nunca tinha visto ela neste estado. Mesmo quando ela descobriu que a vaca da Isabela estava gravida, ela não tinha ficado neste estado. Porem mesmo que eu tenha insistido, ela não foi capaz de me contar o que o filho da puta do Eduardo disse ou fez com ela. Mais deve ter sido algo sério. Porque minha amiga está um trapo. E a cara de Eduardo não estava muito melhor, quando consegui tirar Isa de cima dele.

 Alguns caras acreditam que mulheres bêbadas são mulheres disponíveis para eles.  E as coisas estão começando a me assustar pra caralho. 

Eu não queria, juro que não queria ligar para aquele desgraçado, mais eu não tive escolha

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Eu não queria, juro que não queria ligar para aquele desgraçado, mais eu não tive escolha. Samuca estava enrolado com o luau e eu não queria preocupa-lo ainda mais. Mais o silencio perturbado de Isa estava me matado. E quando eu vi que ela estava perdendo o controle, tive que recorrer a Isaque. Afinal ele é o único que consegue controlar Isa nestas horas.

― PORRA, QUANTAS VEZES EU VOU DIZER QUE EU NÃO QUERO MAIS FALAR COM VOCÊ?

Eu precisei respirar fundo, contar até dez para não mandar o babaca pra casa do caralho. Isaque sabe ser um filho da puta ignorante quando ele quer.

― VOCÊ FEZ SUA ESCOLHA, AGORA NÃO ME LIGUE MAIS.

Eu nem tinha chegado ao cinto quando ele desligou na minha cara. Liguei novamente e ele desligou pelo menos umas seis vezes. E eu ligaria até duzentas vezes, se fosse necessário só para não ter eu ver minha amiga neste estado.

― Se a bebida te complica seu namoro prejudica ... Sai dessa vida descomplica ... Ninguém se abala porque alguém terminou ... Nessa vida ninguém morre de amor ... Hoje eu vou beber — Isa canta e dança com Jose na mão.

Se fosse em outra circunstância eu estaria tão bêbada quanto ela, mais estaríamos bebendo de alegria e não de tristeza. E eu detesto ver minha amiga triste. Me mantive perto dela, e fazendo o possível para nenhum marmanjo se aproveitar da situação. Mas nestes bares de beira de estrada fica difícil encontrar homens com educação. Eu estava quase desistindo de falar com o falecido, e estava pensando seriamente em pedir socorro para Samuca, quando o infeliz atendeu o celular bufando. Eu consigo até ver a cara de raiva que ele está fazendo. Cara esta que já vi muitas vezes, que eu até gostava, mais hoje não. Hoje eu não quero brigar, não quero ouvir suas ignorâncias e nem muito menos provocar.

― Por favor pare de gritar. — Digo o mais calma que consigo dizer. Porem Isaque fica ainda mais irado ao perceber que eu não estava em casa ou trabalhando, mais sim em algum bar. ― PORRA É ISA, CARALHO. — Grito irritada, já não suportando os insultos do falecido.

― Isa? — Ele diz alarmado. Agora eu captei a sua atenção.

― Ela bateu no carro ontem, quando vinha para casa. ― Isaque volta a gritar. — Ela não teve nada. Eu juro, porra. Mais ai hoje, Eduardo apareceu, eles brigaram, tirei ela de cima dele, agora estamos em um bar na estrada, e ela está fora de controle, preciso de sua ajuda. — Respiro fundo para recuperar o folego. ― Ela não quer dizer o que aconteceu, ela está muito louca e eu estou com medo. — Digo, e me aproximo de Isa para afastar o gordo cabeludo de perto dela. ― SE VOCÊ COLOCAR A MÃO NELA DE NOVO, EU CHAMO A POLÍCIA. — Grito com o gordo, o empurrando para longe de Isa, que só faz rir e beber ainda mais.

― PORRA CARALHO, SAIAM DAI. — Isaque grita visivelmente preocupado.

― É ISSO QUE EU TENHO TENTADO FAZER A MAIS DE DUAS HORAS CARALHO.

Isaque fica em silencio por um tempo, enquanto eu tento inutilmente puxar Isa para ir embora. Mais ela está irredutível. Ao mesmo tempo conto a ele tudo que sei, praticamente nada.

— Porra mana, tu tá chata pra caralho.... eu só .... to curtindoooo .... e porra... o gordinho.... ele .... tipo ... é bonitinho... ― Isa diz, bufando e depois rodopia pelo salão derramando tequila em mim e quem está perto.

— TO FORA DA CIDADE, SEGURA AS PONTAS VOU RESOLVER ESTA MERDA. ― Isaque diz do outro lado da linha. — JÁ LIGO PARA VOCÊ.

― Isaque...

— CHATA, SEGURA SÓ MAIS UM POUCO, EU VOU RESOLVER ESTA MERDA E JÁ LIGO. ― Eu não digo nada, apenas respiro fundo e fecho meus olhos.

Tá eu sei, que não era hora para fantasiar, mais sempre que ele me chama de chata...

— Ô vô bebê pra esquecer meus pobrema ... Ô vô bebê pra esquecer minhas dívida ... Ô vô bebê pra esquecer minhas angústria ... Ô vô beber que hoje eu quero alegria, ô mô Deus ― Isa canta, agarrando meu pescoço com um braço, e virando a garrafa na minha boca. Tomo um gole e afasto a garrafa.

— Isa, acho que já chega. ― Digo puxando ela para uma mesa próxima.

— Porra nenhuma... amiga .... A vida é curta ... eu já disse que te amo amiga? ... ― Olho para minha amiga que está falando toda embolada e se o que Eduardo disse, não fosse sério, eu estaria dando altas risadas com ela agora. Mais eu vejo a dor em seus olhos. — Tatu Nobre, Campari, Celveja e Vodka ... ô mô Deus, como é bom!

Eu e Isa nos conhecemos a pouco mais de um ano. Ela atendia as pessoas carentes da vila duas vezes por semana e logo fizemos amizade. Ela já era amiga de Samuel e ele como foi quem em deu a mão quando cheguei a vila, logo nos apresentou. Foi amor à primeira vista. Nos tornamos amigas no mesmo estante.

Isa e Samuel são como uma família para mim. São tudo que tenho. Se não fosse por eles eu seria uma desgraçada hoje. Meu ex marido distraiu minha vida, me deixou na merda. Quando Isa descobriu pelo que eu tinha passado, ela me deu a mão. Me ajudou a ter a minha própria loja para vender meus artesanatos e assim não precisava fazer quilômetros andando na praia, tentando vender aos turistas minhas bijuterias.

O único problema foi que com Isa, veio o falecido e com falecido veio todos os problemas, que eu andava a fugir depois da merda do meu ex marido.

Mas isso é algo que não posso contar agora, porque minha amiga Isa neste momento está com os braços em volta do pescoço de um careca, bigodudo e se eu não chegar a tempo, aquela língua que ele tem para fora, logo estará na garganta da minha amiga ...

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Mas isso é algo que não posso contar agora, porque minha amiga Isa neste momento está com os braços em volta do pescoço de um careca, bigodudo e se eu não chegar a tempo, aquela língua que ele tem para fora, logo estará na garganta da minha amiga bêbada. 

    — Fudeu! — Meu cú caiu da bunda, agora. 

A ISA ❤ ADORAOnde histórias criam vida. Descubra agora