Capítulo 23

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Eu estava anestesiada. Eu não sei bem ao certo o que estava sentindo. Não estava surpresa, por Lucas está a beijar outra mulher, porque afinal eu sabia que um galinha não muda da noite para o dia, eu tinha me preparado psicologicamente para o dia que ele me trairia, ou melhor, trairia a proposta de fidelidade que ele mesmo fez. Porém, o fato dele está aos beijos no dia do aniversário da sua mãe com uma mulher que tem a idade de ser sua mãe, não, não sou preconceituosa, mais a mulher é madrinha dele. Ser madrinha é um ato de grande importância e responsabilidade, é ser uma segunda mãe, é criar um laço eterno, é amar incondicionalmente um filho de outros.

— Eu... — Lucas tenta dizer, mais eu o fito, deixando claro que ele ainda não deve falar.

Respiro pesadamente, e vou até o sofá de couro, onde eu e Lucas costumamos transar, ou melhor, costumávamos. Olho para o sofá, e lembranças vem a minha mente. Balanço a cabeça, tentando afastar memorias, que não deveriam surgir neste momento. Percebo que naquele escritório, ou em toda casa, não tem um lugar que não tenhamos transado, a não ser os quartos dos empregados, mais não creio que esse seja o local apropriado para se ter uma conversa.

— Isa... eu preciso te explicar....

— Não Lucas, engano seu. — Digo indo para a grande janela de vidro que dá para o jardim. — O que vi, não foi nada que eu já não esperasse, para ser sincera... — Sorrio mais pra mim do que para ele. — Não é o ato, o fato de esta com outra, mais na verdade o que me surpreendeu foi saber quem a pessoa é ... — Vejo as pessoas pela janela distraídas com a festa, completamente aleias ao que tinha acabado de acontecer.

— Eu falei dela ...

— Sim... você falou dela, mais eu não sabia que a amiga da família era na verdade alguém que seus pais confiavam plenamente seu filho único ao ponto de faze-la sua madrinha, Lucas. — Digo cruzando meus braços contra meus seios e virando-me para encara-lo. — Eu não estou magoada pelo fato de você "me trair", mais sim pelo que você e esta mulher fizeram com sua mãe. Ela não merecia isso.

— Elizabete disse que precisava falar comigo, que não estava se sentindo bem, e eu não esperava que ela me beijaria, justamente quando você e minha mãe entraram.

— Fazia tempo que eu e sua mãe te procurava Lucas.

— Isa, eu recebi uma ligação, era um cliente importante, vim para o escritório, para ter privacidade, e quando eu estava me preparando para sair Elizabete apareceu...

— Você não tem que me dar explicações.

— Claro que eu tenho Isa.

— Não tem, não somos nada Lucas.

— Claro que somos, está maluca, Ela deve ter armado ... não me surpreenderia, não foi a primeira vez...

— LUCAS, CHEGA. — Me irrito. — Eu estou pouco me fudendo para seus casos doentios. Eu só estou ainda aqui com você, porque temos que ter uma conversa. — Coloco minha mão na barriga e Lucas abre a boca para falar mais logo a fecha. — Ao contrário de você, cumpri o acordo, então creio que não existe duvidas, mais nada que um DNA não resolva.

— Isa.

— Eu não terminei. — O corto. — Eu disse a nossas mães que contaria, e eu sou uma mulher de palavra Lucas. Sim estou gravida, e sim eu estou apavorada, mais vou levar a gravidez a diante, e quero que você faça parte da vida desta criança, porém não da minha. — Quando ele abre a boca para falar algo o interrompo, estendo minha mão para ele parar. — Só nossas mães sabiam e a medica que fez exame, que a mesma mulher que estavas ao beijo no seu escritório a alguns minutos atrás.

A ISA ❤ ADORAOnde histórias criam vida. Descubra agora