Capítulo 20

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Lucas saiu logo cedo, precisava ir a empresa, muita coisa estava pendente.
E de certa forma, eu precisava ficar sozinha e aceitei de bom agrando.

Sou uma daquelas pessoas que se fecha para o mundo, que vive rodeada de pessoas, mas que não se abre completamente com ninguém quando algum problema acontece, que sempre acha que estar ali ou não, não irá fazer diferença alguma, que vive com sorriso no rosto para não demostrar que está tudo desmoronando e que quando se encontra sozinha desaba.

E esta é minha atual situação, sozinha neste quarto chorando compulsivamente por ver que minha vida mais uma vez desmoronou.

― Eu preciso ir a vila. ― Digo a mim mesma, secando minhas lagrimas.

Depois de um breve banho e de colocar uma roupa, que Isaque havia trazido do seu apartamento para mim. Desci e encontrei Bianca a tomar o café da manhã.

― Bom dia flor do dia. ― Minha amiga diz com um sorriso de orelha a orelha.

― Estou indo a vila. ― Digo me servindo de um pouco de café.

― Ta maluca?

― Maluca vou ficar se eu não for ver a merda do estrago que Eduardo fez na minha vida.

― Amiga, não podemos andar sozinhas ...

― Não precisa vir. ― Digo tomando um gole do meu café.

― Isaque e Lucas não ...

― Bianca. ― Digo a fitando, e batendo a xicara com mais força do que supostamente deveria. ― Desde quando você é manícaca de homem? Desde quando homem diz onde vais ou deixas de ir?

― Mana, entenda...

― Olha Bianca, regredir a esta altura é foda viu. ― Digo irritada e saindo da cozinha.

Eu precisava ir a vila, a única forma era chamando um Uber. Iria gastar uma nota, mas que se foda. Fui ao quarto e peguei minha bolsa e celular. Eu tinha presa em sair, aproveitar que aparentemente a única pessoa presente na casa era Bianca.

Quando eu estava a sair pela porta, Bianca se aproxima ofegante.

― Eu vou com você. ― Ela diz colocando seus óculos escuro. ― Eu só estou sem carro.

― Vamos de Uber. ― Digo colocando os meus óculos escuros.

Mal saímos e Bianca me puxa.

― Amiga, Lucas tem quantos carros?

― Não sei, acho que dois. ― Digo dando de ombro.

― Podemos pegar um carro dele. ― Ela diz fazendo um ar maquiavélico exagerado demais.

― Isso é roubo.

― Duvido que ele vá a polícia e diga que a namorada dele, roubou-lhe uma porra de carro.

Reflito um pouco, e realmente duvido que Lucas faça isso, ele pode não ficar feliz, ter um piti masculino, mais acusar-me de roubo? Eu duvido!
E para todos efeitos meu irmão é advogado e mesmo com raiva de mim, não vai querer me ver atrás das grades.

― Vamos procurar as chaves.

Tínhamos que ser rápidas, Bianca disse que Carminha, havia ido ao mercado compra umas coisas para casa e o jardineiro estava muito ocupado fazendo esculturas nas arvores.

Para nossa sorte, o escritório de Lucas estava aberto e na parede tinha um porta chaves, e nele havia três chaves, eu pequei a primeira que reconheci como de carro. Corremos para garagem, tinha dois carros e uma moto, nenhum destes eu tinha visto antes. Eu e Bianca soltamos um uau admiradas com a fortuna que ali dentro tinha.

A ISA ❤ ADORAOnde histórias criam vida. Descubra agora