Final

88 10 5
                                    


Adam (Troy)

E mais uma vez, preso. É estranho que eu, o serial killer que matou às jovens vadias do colégio Magnus, que esteve um passo sempre a frente da polícia, que fingiu a própria morte e voltou das cinzas, tenha sido preso outra vez.

Um policial me levou até a sala do interrogatório. Fiquei em uma ponta da mesa e o detetive Harry na outra. Quando ele começou a falar:

- Eu quero que você me fale sobre Esperanza e Victor Whekens.

- Por que eu falaria algo? Para aumentar minha pena?

- Você já está com a corda no pescoço. É acusado de roubo, homicídio, ocultação de cadáver, tentativa de homicídio, formação de quadrilha, falsidade ideológica e muitos outros. Ou você vai ser internado em um hospício ou vai morrer na cadeira elétrica.

- Então, por que quer saber sobre Esperanza e o filho perturbado?

-O testemunho de Charles Martins, ou melhor, Charles Seeks, nos mostra que você estava envolvido no caso dos assassinatos em Hollywood e no sequestro de Charles, há quatro anos atrás.

- E é verdade. Fui eu quem o sequestrou.

- E quanto a Esperanza? Confessa que a matou em Miami.

- Ela se matou.

- Para de mentir, já sabemos de tudo.

- Então, por que o interrogatório?

- O motivo. O boato sobre a suposta traição de Charles é compreensível, mas sobre Victor. Desconfio que tenha algo por trás de tudo isso.

- Não direi mais nada. Só falarei em meu julgamento.

- Como queira. Policial, leva este homem para a cela.

Três dias depois

Está chegando a hora do passarinho sair da gaiola. Eu sinto que muito em breve, direi adeus pra cadeia.

  É noite e estou em minha cela. A delegacia está vazia, com exceção do detetive Harry que acabou de entrar na carceragem:

- Troy - ele disse - quero lhe fazer uma pergunta.

- Eu já disse que não direi nada ao senhor.

- Mas vai dizer. Me diga, qual é a cura da morte? Como escapar da morte?

- Está tão curioso para saber qual era meu plano? Já acabou. Eu ganhei. Completei meu objetivo.

- Mesmo assim, fale.

- Você não é inteligente? Descubra.

Atrás de Harry, a entrada de ventilação do teto era aberta, sem barulho, finalmente:

- Fala logo!

- Eu estava aqui em Nova Jersey, há quatro anos atrás - sussurrei para Harry - eu avisei a polícia sobre o massacre. Eu estava em Hollywood, no massacre de Victor e dos outros dois, oculto nas sombras, como um ventríloquo. Descobriu?

Uma pessoa, vestida de Sorriso Mortal desceu da tubulação em silêncio, segurando uma faca:

- Espera... desgraçado, eu descobri! - disse Harry.

O mascarado se aproximou de Harry e o degolou, antes do detetive fazer algo.

O assassino jogou as chaves da cela e apontou para a janela, e depois, entrou na tubulação.

Abri um sorriso e sai da cela e sai da delegacia. Havia um carro com vidros fumê me esperando.

Entrei na porta do passageiro e o mascarado começou a dirigir. Dei uma risada e perguntei:

O Massacre de Nova Jersey: O Psicopata VoltouOnde histórias criam vida. Descubra agora