Cara a Cara

72 5 0
                                    

Sidney

Passou se duas semanas. O detetive foi até o apartamento, dado pela escola, como do "professor Adam James". Entretanto, ele não achou nada. O sindico disse que nunca mais viu o suposto professor lá.

Richard e eu estamos em casa, na sala, quando ele pergunta:

- Mãe, por que Troy voltou?

- Para destruir nossas vidas. Agora que Charles está morto, Troy quer se vingar de mim pela minha suposta traição.

- Isso é muito estranho.

- Estranho por que?

- Como ele se tornou esse mostro? A senhora me disse que no passado ele sempre foi uma pessoa boa, educada, incapaz de matar ou ferir alguém. Como alguém bom pode se tornar esse psicopata e por que ele nos persegue? Eu acho que não é só por causa da antiga paixão dele pela senhora. Tem mais alguma coisa nessa história.

- Eu não me importo com os motivos de um maníaco homicida.

- Mas eu sim - disse Richard se levantando e indo até a porta.

Ele se parece tanto com o pai, infelizmente.

Richard

Eu sai de casa e fui em direção ao bosque. Fiquei caminhando entre as árvores, pensando. Minha mãe está me escondendo algo. Mas o que? Por que ela me esconderia algo?

Andei por um tempo, até ouvir uma melodia de violão, e uma voz que cantava, era baixo, mas eu conseguia ouvir.

Comecei a ir na direção do som, que se aproximava, mais e mais. Então, eu cheguei até o lago. Em cima de uma pedra na margem, estava ele.

Pálido, de cabelos negros, usando roupas sociais, de olhos fechados e tocando o violão.

Era Troy. Mesmo só tendo visto fotos dele mais jovem, eu sabia que era ele. Fiquei parado. Comecei a sentir alguma coisa em mim. Eu sentia raiva, e com vontade de ataca lo, como um leão, quando observa sua presa indefesa. Eu também sentia algo diferente, sentia frio e sombra, ao olhar para ele.

Então a melodia parou e ouvi sua voz dizendo:

- Finalmente, Ricky. Cara a cara.

Ele abriu os olhos, pretos e se virou na minha direção. Nós nos encaravamos, como dois lobos que perseguiam o mesmo cervo. Meus sentimentos estavam totalmente desorganizados. Sentia raiva, vontade de ataca lo, mas ao mesmo tempo, queria ficar parado, sem me mover:

- É estranho, não é? - ele perguntou - sentir um turbilhão de coisas ao mesmo tempo em sua própria mente. Eu entendo você.

- Cala a boca, doente mental. Não bastou atormentar meus pais no passado e agora, está atormentado minha mãe e eu.

- Você deveria ser um pouco mais agradecido, com quem te salvou do Victor Whekens.

- Por que me salvou? Se quer que eu morra, por que não deixou Victor fazer o serviço?

- Quem disse que eu quero sua morte? Eu lhe disse quero te mostrar toda a verdade. Sobre quem você realmente é. E lhe mostrar que todos mentiram para você a vida toda.

- Do que você está falando?

- Você saberá, em breve, Ricky, eu lhe garanto. Mas até lá, você deveria ter cuidado com o que sua mãe fala. Sua mãe e Charles mentiram para você a vida toda e provavelmente, continuaram mentido.

- CHEGA! - gritei, sem perceber ou querer. Minha raiva crescia mais e mais.

- Esta bem. Quando chegar a hora, você saberá tudo. Em breve, nos reencontraremos.

Ele correu em direção ao bosque, desaparecendo nas sombras do escurecer.

Eu voltei para casa e fiquei em meu quarto, pensando no dia de hoje.

O Massacre de Nova Jersey: O Psicopata VoltouOnde histórias criam vida. Descubra agora