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P.O.V. CARLISLE


Eu entrei no quarto da Rosalie e vi ela chorando encolhidinha na cama. Ela parecia assustada e quando me viu, com minha maleta de médico se encolheu mais ainda. Eu sabia a guerra que ia ser e eu sabia como ela se comportava quando eu precisava bancar o médico. Era um resfriado, mas quatro meses longe de mim também eram preocupantes - apesar de Emmett me garantir que ela estava muito bem.

- Oi, princesa.

Encostei a porta atrás de mim e liguei a luz. Ela me olhou, bem chorosa e fez um bico. Ela não tinha gritado ainda, nem me pedido para sair, mas eu sabia que faria.

- Depois vou querer ver todas fotos das viagens. - Sorri. - O Emmett me disse que você está resfriada.

- Estou. - Confessou.

- E a gente ficou um bom tempo sem se ver também, né?

- Eu sei que o senhor que me olhar.

A voz dela era triste, mas também era compreensiva. Isso me assustou.

- Quero sim, princesa. - Coloquei a maleta na cama. - Vamos tirar sua roupa?

Era agora. Ela ia gritar, bater as pernas e eu ia provavelmente ter que bater nela e segurar ela aos gritos. Era sempre assim! Mas, para minha surpresa, ela levantou os braços. Eu demorei dois segundos, até entender que ela ia deixar eu tirar a roupa dela.

- Muito bem, Rosalie. - Elogiei e segurei a blusa dela. - Vamos subir isso aqui.

Eu tirei a blusa dela sem ela chorar e sem falar um monte de palavrões. Ela deixou eu tirar a blusa e depois o sutiã dela. Claro, ela cobriu os seios, mas eu nem reclamei.

- Deite. - Pedi.

Puxei as calças dela para baixo e ela não abriu a boca, deixou eu ver ela nua, mesmo colocando as mãos na frente de tudo.

- Rosalie, se as mãos, filha. - Pedi. - Assim eu não consigo ver nada.

- Eu ainda sinto vergonha. - Confessou. - E estou com medo que vá doer.

- Eu só quero ver seu corpo. Depois vamos olhar sua garanta e ouvidos e medir sua temperatura. Só isso. Mas eu preciso te ver nua. Sabe disso e sabe porquê.

- Pode ser rapidinho? - Pediu.

- Vai ser rápido, mas eu não quero as mãos na frente, filha.

Ela tirou as mãos e virou o rosto para o lado. Ela parecia ótima! Corada e com o corpo cheio de curvas. Ela estava bem mesmo!

Esme entrou no quarto, já pronta para ajudar a segurar a menina e se assustou com a cena.

- Ela está drogada?

- Não. - Falei. - Rosalie, tudo bem se a mamãe ficar aqui?

- Tá. - Ela concordou.

- Bocão. - Pedi. Examinei dentro da garganta dela, observando minha esposa se sentando na cama, ao nosso lado. - Ouvidos.

Eu sabia que sempre era mais simples quando eu examinava partes não-íntimas, mas ela deixou. Foi quando eu terminei e olhei para baixo que eu senti medo.

- No colo da mamãe, o que acha? - Sugeri. - Assim ela te segura.

Ela não discutiu, ela se arrastou para o colo de Esme e eu e minha esposa nos olhamos assustados. Esme ajudou a menina, a ajustando no colo e eu entreguei o termômetro para ela, para observar melhor a situação.

- Não precisa chorar e nem de escândalo. - Esme já avisou com carinho. - Você está segura e eu não vou te machucar. Eu vou te abrir agora um pouco.

Paris para doisOnde histórias criam vida. Descubra agora