26º Capítulo // *Eu amo-te.*

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:::::Sofia POV:::::

A minha mãe sempre me ensinou que não se deve falar com estranhos, por isso apenas me tentei afastar da carrinha que estava a parar ao meu lado. Comecei a caminhar mais rápido mas fui impedida por uns braços que me puxaram para o interior do grande automóvel. Tentei gritar mas outra pessoa tapou a minha boca com uma espécie de pano. Comecei a chorar incontrolavelmente e levei uma estalada na cara, com imensa força, o que me fez ficar um pouco tonta e fechei os olhos durante apenas uns segundos. Quando os voltei a abrir já não estava perto de minha casa. Comecei a entrar em pânico e tentei soltar-me das cordas que me tinha posto à volta dos meus pulsos. Escusado será dizer que as minhas tentativas foram em vão.

Xxx – Sofia… Finalmente temos um encontro! – Gargalhou ironicamente. – Que tal uma vingança?

Encolhi-me no canto daquele espaço e fechei os olhos. Senti que parámos e fui levada para o interior de uma casa, um pouco degradada, mas perto do centro da cidade onde vivo. Eu não sei bem onde estou mas acho que já passei por aqui, e não foi sozinha de certeza! Isto é horrível. O cheiro do seu interior deu-me náuseas e juro que, se tivesse algo no estômago, já estaria a vomitar. O meu corpo treme como uma vareta ao vento e acho que ainda não parei de chorar. Fui atirada para um quarto escuro e trancaram a porta do mesmo. Tentei encontrar um sinal de luz mas, como estava amarrada, foi bastante difícil. Consegui ouvir vozes do outro lado da porta e apenas consegui perceber palavras soltas que não faziam qualquer sentido para mim. Finalmente alguém voltou abrir a porta e dei um pequeno salto.

Xxx – Sofia. – Clareou a voz e voltou a fechar a porta, acendendo a luz de seguida. – Sabes que neste momento não tens o teu namoradinho para te defender, não sabes?

Fiquei apenas a olhar para ele. Como é que ele quer que lhe responda se não consigo? Estou a entrar em desespero.

Xxx – Oh. – Tirou-me o pano da boca. – Ele é muito inteligente, sabes?

Agora podia-lhe responder mas decidi não o fazer. Apenas acenei com a cabeça e engoli em seco. Tenho medo do que esta gente possa fazer a mim ou à minha família. Voltei a sentir a sua mão a embater na minha cara e as lágrimas voltaram.

Xxx – Responde-me! Ele é ou não é inteligente?

Eu – S-Sim. – Gaguejei.

Xxx – Ele pensa que te vai conseguir encontrar. – Gargalhou. – Coitado.

Eu – O que é que me vais fazer? – Choraminguei.

Xxx – Vou fazer-te sofrer como o teu pai fez sofrer o meu filho. – Pegou numa faca e mostrou-ma. – Sabes o que é que ele fez? Ele deu um tiro ao meu filho. Depois viu-o queixar-se de dores, a contorcer-se no chão. Não fez nada. Deixou-o morrer de dores e de sofrimento. – Voltou a clarear a voz e encarou-me. – E é isso. Eu vou apenas fazer-te sofrer até que morras.

Eu – E-Eu não tenho culpa.

Xxx – Oh, minha querida, eu não quero saber disso. – Chegou a faca perto da minha mão e fez um pequeno corte. – Vamos começar devagarinho, meu amor.

Soltei um pequeno guincho com o ardor que senti. Eu não quero morrer assim. Eu só quero voltar para casa, abraçar a minha mãe, os meus amigos, estar com o Liam e esquecer que isto aconteceu. Ainda estou à espera de acordar e perceber que isto foi apenas um pesadelo.

In The Arms Of An Angel | L.P.Onde histórias criam vida. Descubra agora