O primeiro dia neste hotel já passou e estou-me a preparar psicologicamente para abrir os olhos, levantar-me e preparar-me para o que de mal poderá acontecer hoje. Sei que está um dia chuvoso pois consigo ouvir as gotas fortes da chuva a bater nos vidros. Decidi largar o corpo do Liam e peguei no meu telemóvel, dirigindo-me para a casa de banho de seguida. Marquei o número da minha mãe e esperei que ela atendesse.
#Chamada ON#
Mãe – Estou? Sofia?
Eu – Bom dia, mãe. Como é que estás?
Mãe – Estou bem e tu? Como é que as coisas estão a correr por aí?
Eu – Bem. – Menti e suspirei para a minha voz não quebrar.
Mãe – A polícia ligou-me. – Fez-se silêncio e depois prosseguiu. – Apanharam mais um homem. Infelizmente falta mais um que não se sabe onde está.
Eu – Mas já é uma boa notícia.
Mãe – Sim, é verdade, filha. Vai correr tudo bem.
Eu – Espero que sim. Bem, mãe, só te liguei para saber se estavas bem. Manda beijinhos à Lou, está bem?
Mãe – Ela também manda para ti! Vai ligando, Sofia… Beijinhos!
Eu – Beijinhos.
#Chamada OFF#
Voltei para o quarto e encontrei o Liam sentado sobre a cama a olhar para mim com um ar ensonado e cansado. Deixei-lhe um beijo nos lábios e passei a mão pelo seu cabelo despenteado. Não quero falar sobre o assunto que ontem ficou pendente, por isso comecei a escolher uma roupa para vestir e decidi propor-lhe uns planos para o dia de hoje. Mas uma coisa eu sei: as coisas entre nós não estão nada bem.
Eu – Estive a pensar e como está a chover, podíamos ir ao cinema ou assim. Eu sei que não podemos dar muito nas vistas, mas é apenas uma saída. – Sorri fracamente e peguei na roupa que escolhi.
A única resposta que tive foi um silêncio tortuoso que fez o meu sorriso desaparecer. Despi o meu pijama e vesti-me calmamente, dirigindo-me para a casa de banho de seguida e penteando o meu cabelo bagunçado. Decidi insistir com os planos para hoje.
Eu – Mas se não quiseres ir podemos fazer outra coisa. – Falei um pouco alto por estar na casa de banho. – Talvez almoçar fora…
Mais uma vez não obtive resposta.
Eu – Tenho ali na carteira um comprimido para as dores de cabeça… Se precisares. – Voltando para o quarto e pegando na caixa de comprimidos e numa garrafa de água. – Toma.
Ele levantou a cabeça e os seus olhos chocaram nos meus. Sorri o mais que pude e incentivei-o a tomar o pequeno comprimido que de certeza o vai pôr mais bem-disposto. Ele fez o que lhe pedi enquanto eu me sentava ao seu lado. Este seu silêncio está a pôr-me impaciente. Suspirei de frustração e fiquei à espera que ele tomasse a iniciativa de dizer algo.
Amanhã é a véspera de Natal e pressinto que não vai correr bem. O planeado era eu ter vindo antes uma semana para cá mas ambos acabámos por concordar que não seria correto faltar à última semana de aulas. Já não sei se ter vindo para aqui foi a melhor opção.
Eu – Podes dizer algo, se faz favor?
Liam – O que é queres que te diga? – Sussurrou.
Eu – Por exemplo, o que é que queres fazer hoje? Era um bom começo. – Gargalhei um pouco.
Liam – Sofia…estás a evitar o assunto.
Eu – Pois estou. Estou a fazê-lo porque tenho medo do que me vais contar e quero passar tempo contigo.
Liam – Vais ter de saber de qualquer das maneiras. – Suspirou. – Eu…eu ontem quando saí daqui recebi uma chamada.
Eu – Queres mesmo contar agora? – Engoli em seco.
Os seus lábios juntaram-se aos meus, formando um longo e apaixonado beijo. Isto é uma despedida, eu sinto-o.
Liam – Sim. – Suspirou e prosseguiu. – A rapariga com quem eu…com quem passei a noite já me andava a mandar mensagens há muito tempo, mas eu ignorei. Mas como estava a dizer, ela ontem ligou-me e disse que… - Engoliu em seco e desviou o seu olhar do meu. – Disse que está grávida.
As suas palavras fizeram com que eu ficasse pálida, com que o meu coração se despedaçasse completamente. As lágrimas começaram a escorrer pela minha face e já não sei se consigo sentir mais tristeza ou se apenas estou anestesiada depois do que tenho passado. Não sei bem o que dizer neste momento, a única coisa que quero fazer é voltar para casa e chorar até não conseguir sentir nem um pouco de tristeza no corpo.
Eu – Tu dormiste com ela e, ainda por cima, não usaste protecção. – Consegui dizer no meio de lágrimas.
Liam – Eu tenho quase a certeza que usei! Eu juro! – Passou as mãos pelo seu cabelo em sinal de frustração. – Eu quando acordei no dia seguinte eu sabia que tinha cometido um erro, mas quis esquecê-lo. Quando tu me perguntaste aquilo eu queria mentir-te mas achei que devias saber o que fiz… Mas eu quase que posso jurar que usei protecção… Ela disse que o filho pode não ser meu!
Eu – Leva-me para casa. Eu quero voltar para casa, Liam! – Começando a arrumar as coisas na minha mala.
Liam – Desculpa-me, Sofia! Por favor! – Agarrando-me e abraçando-me. – Por favor.
Eu – Eu preciso de pensar! Leva-me para casa agora ou eu ligo à minha mãe. – Afastando-me dele.
Liam – Eu levo-te.
Só demorei um dia eyeey
Desculpem se sou demasiado óbvia, mas eu sou assim. Pronto, já sei que não foi uma surpresa para vocês mas coise.
Espero que gostem assim um bocadinho tipo danoninho.
Obrigada pelos 3000 votos oh jesus nossa cenoura da santa maria da graça
Mais uma vez peço desulpa por ser tão óbvia!
Obrigada pelos comentários!!
my fav song >>>>>>>>>>>
LOVE YOU ALL,
xxDehPaynoxx
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In The Arms Of An Angel | L.P.
Hayran Kurgu"When I'm feeling weak and my pain walks down a one way street, I look above and I know I'll always be blessed with love, and as the feeling grows, he breathes flesh to my bones and when love is dead, I'm loving angels instead." © Copyright 2013. A...