- Está tudo bem?
Olhei para cima e encarei a cara de preocupada de Ellie. – Sim, porquê?
- Saíste da sala e vieste para aqui… Nem disseste nada. Pensei que estivesses chateada ou algo do género…
- Não. – Sorri e abracei-a. – Nem teria motivos para isso. Vocês são espectaculares!
- Awww. – Abraçou-me de volta.
- Não. Consigo. Respirar.
- Oh, desculpa. – Largou-me e sorriu. – Eu e o Harry, que por acaso não está aqui, temos um convite para te fazer.
- Diz lá!
- Hoje à noite, festa de pijama em casa do Harry. Que dizes? – Deu pulinhos e fez olhinhos.
- O Harry faz festas de pijama? – Soltei uma gargalhada. – Ok, eu vou!
- Fixe! Não é bem uma festa de pijama. É tipo maratona de filmes com muita comida! – Voltou a abraçar-me e deu saltinhos. – Olha! Há um pequeno problema…
- Qual?
- O Liam… Ele é capaz de ficar por perto.
Oh boa. Esqueci-me que o Harry é irmão do Liam. Que se lixe. Provavelmente ia ficar o fim-de-semana todo sozinha, visto que a minha mãe deve ir sair com as amigas ou algo do género. Ainda agora chegou a Inglaterra e já tem milhões de amigas.
Fui para casa e nem passei pelo Nando’s. O Harry ofereceu o jantar… A mãe dele dever ser mesmo solidária! Peguei numa mochila e comecei a por lá roupa e os meus objectos pessoais. Mas lembrei-me de uma coisa importante…a autorização da minha mãe. Peguei no telemóvel e liguei-lhe.
#chamada on#
- Mãe?
- Sim, Sofia? Rápido que estou no meio de uma reunião…
- Ok. Posso ir passar esta noite a casa de uns amigos lá da turma?
- Manda-me a morada, só para saber onde estás.
- Isso é um sim? – Um sorriso formou-se na minha cara.
- Sim! Porta-te bem. Não te esqueças de me mandar a morada! Adoro-te!
- Adoro-te, mãe!
#chamada off#
Yes, yes, yes! Ok, mandar morada para o telemóvel da minha mãe…feito! Peguei na minha mochila, no meu casaco e nas chaves. Sai, fechando a porta de seguida, e comecei a andar em direcção à casa do Harry. Depois de caminhar durante pelo menos 10 minutos, lá encontrei Ellie e Harry à entrada à minha espera.
- Harry! Ellie! – Corri para abraçá-los.
- Sofia! Há tanto tempo! – Disse Harry com um sorriso de canto.
- Há exactamente uma hora e cinco minutos! – Disse, olhando para o relógio.
- Vamos jantaaar! A Ellie tem muita fome!
- Harry? Tens a certeza que a tua mãe não se importa?
- Oh, anda lá!
Harry puxou-me para dentro e logo encontrei a mesa posta na sala. Afinal a mãe dele não estava em casa. Só estavam eu, a Ellie, o Harry e o Liam. Pousei a minha mochila em cima do sofá e sentei-me à mesa. Passados uns minutos apareceu Harry com a comida e pousou-a na mesa.
Depois do jantar Harry e Ellie fizeram questão de ir arrumar a cozinha, deixando a mim e ao Liam sozinhos na sala. Ele ligou a televisão e pôs num canal de futebol.
- Podes pôr num canal que agrade a ambos? – Perguntei num tom baixo.
- Hum…Deixa-me pensar…Não!
- Oh, vá lá…
- Toma o comando! – Atirando-o para cima de mim e levantando-se de seguida.
- Liam? – Levantei-me e segui-o. – Liam…?
Vi-o entrar no seu quarto e bateu a porta mesmo à minha frente. Bati à porta e fiquei à espera que ele abrisse. Como não abriu, decidi entrar.
- Liam, eu não sei porque é que tu não…
- Sai já do meu quarto! – Olhou-me com cara de furioso.
- Mas, Liam eu preci…
- Cala-te! Sai daqui! Não percebo porque é que continuas a tentar falar comigo! Eu odeio-te! Sai!
Levantou a mão e afastei-me. Lágrimas começaram a escorrer pela minha face e só me apetecia fugir. Comecei a dar passos para trás, de maneira a me afastar ainda mais dele.
- Sofia? E-eu não…
- Liam! O que é que fizeste à Sofia?! – Harry apareceu por detrás de mim.
- É melhor eu ir embora…
- Não! Sofia, tu ficas! O Liam precisa de se controlar! – Harry insistiu. – Vai para a beira da Ellie.
Antes de voltar para a sala ainda fui à casa de banho. Quando me senti mais calma voltei para a beira de Ellie. Fizemos pipocas e escolhemos os filmes que íamos ver. Ela não tocou no assunto mas eu sei que ela ouviu o Liam a berrar comigo.
Quando Harry voltou da conversa com o Liam pusemos o filme a dar. Deitei-me num dos sofás e nem cheguei a ver o primeiro filme. Adormeci a meio.
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In The Arms Of An Angel | L.P.
Hayran Kurgu"When I'm feeling weak and my pain walks down a one way street, I look above and I know I'll always be blessed with love, and as the feeling grows, he breathes flesh to my bones and when love is dead, I'm loving angels instead." © Copyright 2013. A...