Quando ouvi a sua voz o meu coração parou. Não, eu devo de estar a delirar.
Eu – Liam? – Sussurrei.
Liam – Eu estou aqui! – Correu até mim e acolheu-me nos seus braços. – O que é que te fizeram? Oh meu Deus.
Quando ele me tocou senti que não estava certo. Ele não me pode tocar, eu não quero que ele toque no meu nojento corpo. Afastei-o e o seu olhar entristeceu-se. Porquê?
Liam – Eu estou aqui para te ajudar, eu não te vou fazer mal. – Pegou em mim com cuidado. – Sofia, eu nunca te faria mal.
Estou a ser salva por ele pela segunda vez. Vi o seu carro parado em frente a este edifício e fui rapidamente deixada no lado do pendura. O Liam sentou-se no seu lugar e arrancou, guiando a uma velocidade incrível pelas ruas de Londres. Mantive-me em silêncio e as lágrimas escorreram pela minha face. Eu fui salva por ele. Eu saí dali viva. Eu vou viver para sempre com estes demónios.
A minha linha de pensamentos foi interrompida pelo seu toque na minha bochecha que me fez estremecer. Afastei-me novamente e ele recuou, percebendo que eu não quero ser tocada.
Liam – O que é que ele te fez, meu amor? Porque é que estás com medo de mim? Eu não entendo. – Desviou os olhos da estrada durante uns segundos para me encarar. – Ele obrigou-te a…? – Acenei com a cabeça, não o deixando acabar a frase. – O quê? Foda-se, não!
O meu corpo estremeceu quando ele gritou. Os seus músculos endureceram quando ele apertou as mãos ao volante e as suas veias ficaram mais visíveis. Ele continuou a conduzir e parou num hospital. Saiu do carro e, com bastante cuidado, ajudou-me a sair e apenas tocou nas partes cobertas do meu corpo. Agradeci-lhe mentalmente por isso e caminhámos até às urgências.
Liam – Preciso de ajuda. – Dirigiu-se a um médico que ia a passar. – Ela precisa de ser vista agora, foi raptada, esteve desaparecida durante duas semanas, foi violada e não foi alimentada correctamente. – Falou rapidamente.
Xxx – Sigam-me.
As minhas pernas fraquejaram e o Liam pegou em mim sem me deixar protestar, levando-me para onde o médico mandou. Deitou-me numa maca e apenas ficamos eu e o Liam à espera que nos dissessem algo.
Liam – Vai ficar tudo bem, eu prometo.
Eu – A minha mãe?
Liam – Ela já sabe que estás comigo, não te preocupes. O que é que sentes?
Eu – Vontade de morrer.
Vi-o engolir em seco e rapidamente foi afastado de mim quando apareceram duas enfermeiras que me levaram para uma sala. Começaram-me a fazer exames e perguntas indiscretas que me incomodaram um pouco, visto que tive que relembrar tudo o que se passou nestes últimos dias. Trataram das minhas feridas, que pensei que fossem menos e ainda tentaram descobrir como é que eu me encontro psicologicamente. Uma das enfermeiras tratou de dar os meus dados a um polícia e a queixa ficou feita em minutos sem eu ter que falar muito.
Eu – Já posso ir embora? – Sussurrei quando me mandaram vestir uma roupa lavada, depois de um banho e de me fazerem os curativos finais.
Enfermeira1 – Querida, tu estiveste várias horas em observação e vais para casa, mas tens que ter muito cuidado contigo, sim? Tens várias feridas e tens que seguir uma medicação rigorosa.
Médico – Já marcaram as consultas na psicóloga? – Perguntou, interrompendo a enfermeira.
Enfermeira2 – Sim, já explicámos tudo à mãe dela.
Eu – Eu não preciso de psicóloga! Eu estou bem! – Protestei.
Médico – Ai é? – Aproximou-se de mim e eu afastei-me rapidamente. – Não me parece. Tens um trauma em relação ao sexo masculino, Sofia. – Suspirou. – Aquele rapaz que estava contigo é o teu namorado?
Eu – Sim…eu acho. – Voltei a falar num sussurro.
Médico – Então espero que o deixes ajudar-te. – Lançou-me um pequeno sorriso e logo me virei para sair da sala. Não consigo olhar mais para a cara deste homem.
Segui uma das enfermeiras até à sala de espera e logo comecei a recuar quando vi quantas pessoas estavam lá. As minhas mãos começaram a tremer e flashbacks passaram pela minha cabeça, flashbacks indecifráveis.
Mãe – Oh filha, estou tão feliz por estares aqui! – Correu para me abraçar mas afastou-se quando viu o meu estado.
Liam – É melhor irmos para casa. Sofia? Tem calma, somos só nós aqui. Ninguém te vai fazer mal, prometo. – Aproximou-se de mim cuidadosamente e procurou o meu olhar.
Assenti e andei o mais rápido possível até à saída, entrando no carro do Liam de seguida. A minha mãe entrou no seu automóvel e arrancou primeiro, começando o caminho até ao meu lar. Lar de que tenho muitas saudades e que me fará, de certa maneira, sentir bem. Olhei para as ruas e senti-me livre mas presa aos demónios que circulam na minha cabeça, não me deixando descansar e aproveitar esta liberdade que me foi roubada durante semanas.
Olá, hello. Pus antes de ter 80 votos porque já nao aguentava aehehe
Bem, este capitulo é muito maior e tal eyeyey chorem o Liam voltou e ela está a salvo. Mas nao esta muito bem, né? tadita
Epa obrigada pelos comentarios :D
Espero que gostem e talz
EXCITED PARA O CONCERTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
oBRIGADA POR TUDO EYEYEY
podem só fazer algo por mim? do tipo sou má mas so quero ver se são capazes muahah então é assim ponho outro quando tiver 100 votos nos seguintes capitulos: 24º. 28º.29º.31º.32º (faltam so dois ou tres haha) agradecia ;)
LOVE YOU ALL,
xA
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In The Arms Of An Angel | L.P.
Fanfic"When I'm feeling weak and my pain walks down a one way street, I look above and I know I'll always be blessed with love, and as the feeling grows, he breathes flesh to my bones and when love is dead, I'm loving angels instead." © Copyright 2013. A...