Music Breastfeed ( Is It Love? Colin Spencer )

CAPÍTULO XVII

                                1

  Adam se sentiu bem abrigado ao pisar em solo alemão novamente, depois de anos.
Tocou a campainha de sua casa. Sua antiga casa, onde foi criado.
  Os arbustos enfileirados na entrada ainda estavam verdes e vivos.
Sua mãe sempre cuidou do jardim.

- Elise! Elise!

Reconheceu a voz dura de seu pai.

- Estou indo!

  Os passos corridos de sua mãe até a porta o despertaram.
Elise abriu a porta e levou seu queixo ao chão ao vê-lo ali.
  Ele sorriu, e ergueu seus braços.

- Oi!

- Addie... É você mesmo? Meu Deus! Finalmente!

  Ela o abraçou, sorrindo, e colando seu rosto em seu peito.

- Sentiu minha falta?

- Eu não estava esperando por isso, você voltou mesmo...

- Por alguns dias.

  Ele passou as mãos por seus ombros, e ela o olhou com os olhos brilhantes, acariciando seu rosto com seus dedos.

- Que surpresa, filho... Pode ficar aqui quanto tempo precisar. Vem, eu acabei de colocar uma torta no forno!

  Ela o puxou pelo braço, o obrigando a entrar, e fechou a porta.
  Ele observou seu pai sentado sobre uma poltrona lendo um jornal com um copo de café em uma mesinha ao lado, ignorando totalmente sua presença ali, como se não tivesse notado que alguém havia chego com o barulho.

- Björn! Olhe... Nosso Addie...

Ele se virou e retirou os óculos de leitura de seu rosto.
Dobrou seu jornal, e se aproximou do filho, com um sorriso fino em seu rosto enrugado.

- Se lembrou de que tem uma família, isso é bom.

  Adam o cumprimentou com um abraço, sem sentir aquela afinidade.
  Björn era um sujeito grosseiro e arrogante, apesar de ter sido bem presente em sua vida.
  Adam não podia negar que, acima de qualquer defeito cabível, seu pai ainda era... Seu pai.

- Oi, pai.

- Oi, pai? É isso oque você diz após desaparecer por cinco anos, moleque?

  Ele engrossou seu tom de voz, e franziu seu cenho.

- Björn, não diga isso, querido... Ele sempre nos manda mensagens e faz telefonemas. Ele está fazendo sucesso, você sabia disso?

- Eu também fazia sucesso ajudando meu pai a vender frutas na feira.

Se virou, e andou de volta a sua poltrona, se confortando ali novamente, e desdobrando seu jornal.

- Ah, meu amor, por favor, você sabe como ele é... sabe como ninguém.

  Elise passou uma mão por seus cabelos e alguns fios que caíram em seu rosto por conta da ventania do lado de fora.

- Está com frio, filho? Eu deixei guardados alguns agasalhos que você não levou embora em seu quarto...

- Não, mãe, está tudo bem. Obrigado.

  Björn voltou a ler seu jornal, como uma escultura posando para uma foto.

- Vai ficar por quanto tempo?

  Elise puxou uma cadeira da mesa, e o sentou, se sentando ao seu lado.

- Quatro dias. Até sexta-feira.