Roubo

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       A noite havia caído há algumas horas, o sino da meia noite tinha acabado de bater. Era o momento perfeito para a invasão

       A luz das estrelas nos iluminava, nós abrimos a janela do telhado do museu de arqueologia e descemos ate seu interior pela corda. Estávamos na sala de joias antigas. Nosso destino. Olhamos ao redor e meu comparsa suspirou pesadamente quando a viu. Bela e cintilante, do tamanho de um crânio humano, ela estava sobre uma almofada de veludo vinho que parecia aumentar seu brilho carmim. O Rubi Negro, que tinha a forma de um grande diamante lindamente polido, estava dentro de uma redoma e eu tinha certeza que havia alarmes, mas meu companheiro não.

       Ele sacou o laser e abriu a redoma ao meio, pegando a joia entre as mãos e a girando com um olhar cobiçoso. O Rubi refletia seu rosto de um jeito macabro entre tanto vermelho. Mesmo antes de ouvir o alarme eu vi que estávamos encrencados. Fiz o sinal para subirmos, porém ele não viu, estava hipnotizado pela joia.

       Prezando mais a minha vida do que a dele, subi a corda as pressas e ainda pude o ver ser capturado, o rubi retirado de suas mãos entre gritos e pontapés. Alguns guardas tentaram vir atrás de mim, mas os impedi jogando a corda logo que alcancei o topo.

       Virei-me e corri antes que soubessem que eu estava ali, talvez na próxima vez que eu tentar roubar a maldita pedra eu traga alguém menos ganancioso...

       Desci do telhado do museu ouvindo a sirene da polícia, os tiras estavam cercando o local. Chutei minhas coisas atrás de um dos comboios de lixo e tirei a roupa preta, voltando ao jeans e regata, e sai com as mãos no bolso fingindo que nada acontecera.

Cheguei, escrevi e corriOnde histórias criam vida. Descubra agora