•Nossa primeira segunda-feira: Parte 2.

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[06/02/2017]

08:40

Aula de Português.

   Depois que o sinal da 3° aula tocou, tivemos aula com quem? Isso mesmo, a maravilhosa Mariângela. P.s: Sim, é assim que escreve o nome dessa desgraça. [Até outro dia eu não sabia, não me culpem.]

   Mas quem diabos coloca o nome de uma pessoa de MariaÂngela?? Pois bem, eu era uma das pessoas que não fazia idéia de que esse nome existia. Nossa professora de Português parecia ter por volta de 58 ou 60 e poucos, enchia a cara de maguiagem (literalmente), era base, batom, lápis de olho (na parte de cima, DE CIMA) e só faltava passar sombra e delineador.

   Tinha cabelos loiros que já estavam caindo para o branco desbotado por conta da idade, e assim como todos os professores era legal como pessoa, mas chata como professora.

   No fundo, todos sabemos que os professores eram divertidos quando não estavam em sua área de trabalho, até mesmo as professoras velhas de português. O nosso único problema era que mesmo no começo do ano, os professores já estavam reclamando da turma. Sim, e não tinhamos feito nem uma semana de aula ainda.

   Enquanto a professora conversava com alguns alunos sobre a aula que mal tinha começado, eu, Giovanna e Madsen só conseguiamos nos olhar, e cada olhar dizia "Do que eles estão falando?"; "Me tira desse inferno."

   —Pelo amor de Deus, me tira daqui... —Giovanna sussura.

   —Bom alunos. —A professora começa. E lá vem merda... —Vou passar um dever para vocês sobre interjeições, isso serve para a revisão da prova também. Copiem, logo depois que eu terminar vou explicar toda a matéria.

   Nós concordamos e começamos a copiar a intediante, chata, e infelizmente necessária revisão...

      Depois de passar toda a revisão e explicar o lindo (mentira) conteúdo, ela corrigiu, e FOI EMBORA

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      Depois de passar toda a revisão e explicar o lindo (mentira) conteúdo, ela corrigiu, e FOI EMBORA.

   —E então. —Começo a falar com Giovanna. —O que achou da nossa professora de português?

   —Entre ela e a Amanda, prefiro ela. Por enquanto.

   —Também. —Amanda era nossa professora de português do ano passado. Ela também era loira, baixinha, BEM MAIS NOVA que a Mariângela, o único problema, é que ela era bem chatinha às vezes.

   Ao longo das outras aulas, percebo alguém olhando fixo para mim... Sabe aquela sensação de estar sendo observada? Eu estava sentindo isso agora. Sempre que eu olhava em volta, dava de cara com um garoto que eu mal conhecia, mas sabia seu nome: Marcelo William.

   Ele andava sempre me olhando, isso porque estamos na nossa primeira segunda. Me lembro que Julia já me falou dele. Ele gostava dela ano passado, e nós sabemos que sempre tem um garoto grudento no seu pé que não para de correr atrás de você. Ele era assim.

  (...)

11:30

Hora da saída

   E enfim a hora da saída chegou. A mãe de Julia estava nos esperando perto da catraca para falar conosco, junto com a irmã de Julia, Alycia.

   —Oi meninas! —Ela diz, ainda de longe. A mãe de Julia era bem animada e bem humorada (pelo menos era assim perto de nós), eu nunca havia visto o pai de Julia, então não posso falar nada. -Alycia veio dar um "oi" pra vocês!

   —Oi Alycia! —As meninas começaram a brincar com ela, mas eu, como não sou nada simpática, não gosto de crianças, então fiquei na minha.

   —Gente, tenho que ir. Meu transporte chegou, até amanhã. —Giovanna fala e nos despedimos.

   —Até. —Falamos juntas.

   —Vamos indo Julia?

   —Ah, tá, vamos. —Ela diz, estava visivel que ela não queria ir.

   —Até amanhã meninas! -A mãe dela fala.

   —Tchau! —Eu e Anna falamos. Ainda não tinhamos muita intimidade com a mãe dela, então como éramos muito tímidas, a comunição fica difícil. —Então, somos só nós agora.

   —Sim. —Ela diz, pensando em algo. —Quer passar no Opção A pra ver a Juliana?!

   Opção A era o outro colégio da avenida. Sim, dois colégios a menos de 20 metros de distância. Nossa amiga do ano passado, Juliana Silva tinha ido para lá. Dizem que o estudo lá é bem mais puxado, e com isso eles te preparam melhor para o Enem, e outras provas.

   —Tá, pode ser.

   —Quem sabe você encontra o Arthur lá...

   —Só que não né. Já te disse cara, ele ta estudando perto da casa dele.

   —Não tá. Falei com a Bia —(Amiga da Anna, que não era da escola) e ele não tá estudando lá.

   —Então não sei. Por qual outro motivo a mãe dele colocaria ele estudando aqui?

   —Pelo mesmo motivo que a Juliana também saiu. —Ela diz, saímos da escola e atravessamos a rua. A escola não ficava a três minutos do SMCE.

   Entramos, o lugar era bem pequeno para uma escola, mas enfim, era uma escola. Resolvo perguntar para um homem que estava mexendo em um computador que horas eles sairiam. Ele deveria cuidar da "secretaria"

   —Ah... Oi. Bom dia. —Digo da forma mais tímida que eu consegui.

   —Bom dia. —Ele diz sem desviar o olhar do computador.

   —Pode me dizer que horas o 7° ano sai hoje?

   Ele olha para o relógio e diz: —11:40. Daqui a pouco eles descem.

   —Ok, obrigada. —Vou para onde Anna estava e ficamos aguardando o sinal deles tocar.

   -Vamos aqui pra fora, tenho que ver quando meu pai chegar. Se ele souber que eu saí da escola, ele me mata.

   -Tá. -Fomos para fora, mas como a entrada era toda aberta, dava para ver direitinho quem entrava e quem saía. Peguei meu celular e acabei me distraindo quando comecei a ler as conversas do Whatsapp.

   -Olha o Arthur ali! -Anna fala, apontando para a porta da escola.

  (...)

Um Ano Diferente [2017]Onde histórias criam vida. Descubra agora