Cura

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Capítulo 11 - Nanci
É sábado de manhã. Se Johnny vier aqui em casa será nesse fim de semana, por que é a única folga do trabalho novo dele. Não pergunte como eu sei que ele começou a trabalhar. Tenho minhas fontes (stalkeei ele no SimBook) . Eu estava sentada no sofá assistindo jornal (nunca é ruim ficar por dentro dos acontecimentos) quando a campainha toca. Dou um pulo de alegria e vou atender a porta.
—Bom dia Nanci - É o Johnny!
—Oi querido. Entra. Precisamos conversar.... - acabamos de chegar na sala de estar e ele me pergunta:
—Mãe, por que não me contou antes de tudo isso? Eu fiquei durante todo esse tempo, pensando que você não me amava. Caçando meus próprios defeitos. Tentando entender a onde foi que eu errei, quando na verdade, não tinha cometido erro nenhum. Você poderia simplesmente ter me contado. Eu estaria com você nessa. Venceríamos esse desafio juntos. Por que mãe?
—Johnny! Eu estava perdida. Não sabia o que fazer. A vida do seu pai estava em jogo. Se descobrissem sobre a doença ele iria pro hospício, e se descobrisse sobre o assassinato ele iria pra cadeia. Decidi que ninguém além de mim deveria saber sobre isso. Não queria que se tudo viesse à tona, você se tornasse cúmplice de um assasino. Fiz o que achei melhor para sua segurança.
—Entre minha felicidade e minha segurança, escolheu a minha segurança?!
—Achei que seria a melhor opção. Pensei que gostaria de ser um adolescente livre. Como Malcom.
—Malcom tem a mim. Eu não tinha ninguém!
—Foi um erro! Assumo isso, filho. Se eu pudesse voltar no tempo teria feito tudo diferente. Iria contar a você desde o começo. Por que eu não sabia, mas agora sei. Você é extremamente forte. E inteligente. Agora que tenho essa certeza, sei que posso contar com sua ajuda. É por isso que agora estou contando o que você quiser saber.  Não estou pedindo seu perdão. O que fiz foi imperdoável. Só quero fazer agora o que antes não tive coragem. Te contar a verdade.

                           —•—•—

Capítulo 11- Johnny
—Então conta mãe - falo, agora com muitas lágrimas no rosto.
—Me diga o que quer saber...
—Eu quero que conte a história do papai. Mas não agora. Na presença de Malcom.
—Malcom é só um adolescente. Deixa ele ser feliz enquanto pode.
—Não, mãe! Ele merece saber a verdade. Não cometa com Malcom o mesmo erro que cometeu comigo.
—Tudo bem meu filho. Mas eu só vou contar pra ele, quando eu tiver certeza de que isso não vai deixá-lo doente. Vou tentar ir atrás de uma cura.
— Uma cura? Isso pode levar anos. E Malcom tem que saber agora!
—Então vamos fazer o seguinte Johnny: prepare Malcom emocionalmente. Faça com que ele tenha noção do que está acontecendo. Com que ele fique pronto para saber a verdade. Só não conte nada para o garoto sem a minha presença.
—Certo Nanci, acho que já chega por hoje. Tenho que ir. Tchau.
—Tchau filho, vou levá-lo até a porta.
Nossa. Pelo jeito o que ela esconde é mesmo muito sério. Não sei se eu estou pronto pra descobrir.

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