• ERA UMA VEZ •

• Capítulo 12

Fui puxada para fora da carruagem e cai com tudo na estrada de terra que estávamos. As pedras arranharam meus joelhos e mãos ao ponto de sangrar. Em questão de segundos arrumei forças do meu interior para tentar levantar e correr de volta até a carruagem e pegar a espada. Entretanto, quando jogo meu corpo para frente ganhando impulso, o homem que estava atrás de mim consegue me segurar pelos cabelos longos que estavam soltos e me puxa para trás.

Grito com toda a minha força pela dor de sentir meus cabelos sendo puxados.

Abro os olhos que fechei por causa da dor e vejo que meu grito assustou Edward que estava mais adiante lutando contra outro soldado de Draegel. Ao ver que eu estava em apuros meu marido esqueceu sua própria luta e tentou correr ao meu encontro mas não conseguiu já que aquele homem horrível quase conseguiu enfiar a espada em seu peito.

Puxando mais meu cabelo, o soldado conseguiu fazer com que eu me encostasse em seu peito e com o braço livre prendeu meu pescoço em uma chave de braço me imobilizando.

Sinto as lagrimas querendo sair pela dor então olho para cima tentando impedir.

- Finalmente nos encontramos pessoalmente, princesinha. - a voz rouca me faz estremecer e consigo sentir seu hálito quente em meu pescoço. - Você não acreditaria como estava nervoso com esse encontro, afinal, faz um bom tempo que tento chegar até você.

Enquanto ele falava, eu parei para analisar o campo de batalha e me assustei com o que eu vi.

Estava me perguntando como Draegel conseguiu chegar tão perto já que o rei não sairia com pouca guarda, e no final eu estava certa. Havia no mínimo uns trinta soldados lutando e uns vinte caídos no chão provavelmente mortos. Draegel estava em menor numero mas parecia serem mais habilidosos já que a cada um deles conseguia dominar dois nossos.

- O que o rei de Draegel te paga posso dar o triplo se me deixar ir. - sussurro sabendo que seria em vão mas tinha que pelo menos tentar.

Ele solta uma risada sarcástica.

- Não é por dinheiro. - respondeu e sinto sua boca tocando meu pescoço o que me faz arrepiar de nojo em saber que aquele homem grotesco esta tão perto assim de mim. - É por lealdade.

Com a mão que antes segurava meu cabelo esse homem começou a passar pela lateral do meu corpo e com a força de um soldado conseguiu me girar rapidamente para que ficássemos frente a frente.

- Nunca tinham me falado como era uma menina bonita. - ele falou enquanto abaixava seu rosto para o pescoço novamente.

Com um gesto involuntário apenas para tirar aquelas mãos nojentas de mim, levantei minha perna e com a maior força que eu tinha rumei meu joelho em direção as suas partes genitais. Ele me joga para longe depois que o acertei e suas mãos vão para a área atacada depois do grito agonizante que percorreu todo o campo de batalha.

Sabendo que teria poucos minutos até ele me pegar novamente olhei em direção a carruagem pronta para correr até ela,mas estava cheia de soldados inimigos lutando lá perto e eu soube que se fosse nessa direção seria pega novamente agora por outro. Então, provavelmente não sendo muito inteligente da minha parte corri em direção a floresta que nos rodeava tentando adentrar tanto ao ponto daquele homem não conseguir me achar.

Os galhos das árvores me arranhavam enquanto eu corria mas nada daquilo me incomodava. Olhei pela primeira vez para trás e vi aquele homem me perseguindo.

Perdi minha concentração em correr quando olhei para trás e acabei tropeçando e caindo nas diversas folhas secas ao redor. Por causa da minha burrice meu perseguidor conseguiu chegar mais perto e quando levantei para voltar a correr, senti ele pegando meu pé e tentando me puxar para mais perto.