– Comportei-me de maneira infantil, não é mesmo? – o tom de voz dele era calmo e contido. Terrivelmente calmo e contido. – Ter chorado por algo que... por algo que para ti é completamente normal.
– Ah, Deus, Dean, não! – normal? Aquilo não tinha sido nada normal. De forma alguma. – Agora eu também sinto vontade de chorar porque...
– Porque sentes pena de mim, não é mesmo? – disse ele. – Não deverias. Não é um crime não sentir o que sinto...
– Cale-se. Cale-se agora. – Castiel queria apontar o dedo indicador na cara dele, mas não estava precisamente seguro da direção em que devia apontar. – Não sou uma pessoa que sente pena das pessoas. E definitivamente não sou uma pessoa que mente. Aqueles outros homens não eram você. Não tinham nada a ver com você, conosco.
Agora eles eram "nós ", não eram?, Cas pensou.
– Dean, sei que tudo isto é muito difícil para você e provavelmente acrescentar sexo a todo o resto não foi uma boa ideia. Também posso entender por que sair daqui pode causar-lhe medo. Mas você não está mais sozinho. Faremos isso juntos.
Cas não tinha ideia de como aquilo acabaria ou de onde eles iriam parar, mas o compromisso tinha sido feito. Com suas mentes. Com seus corpos. E, pelo inferno! Castiel o cumpriria.
Não, não é que Cas de repente tivesse se transformado em um romântico descomedido. Durante toda a vida Castiel tinha se furtado ao assunto do matrimônio e tal. E sexo, de acordo com seu ponto de vista, era simplesmente sexo. Agora, todavia, ele pensava de outra forma. Sentia, sem que a razão mediasse, que eles estavam unidos. Não fazia sentido, mas o vínculo estava ali, era praticamente palpável, e a intimidade física tinha sido... bem, uma parte – e grande, diga-se de passagem – dele.
Os braços de Dean envolveram-no por trás.
– Sim, faz sentido. Sinto o mesmo.
Cas segurou-lhe a mão e reclinou-se contra ele.
– Não sei onde acabaremos. Mas vou cuidar de você.
O tom de voz de Dean era baixo e grave quando ele disse: – E farei o mesmo por ti.
Eles permaneceram assim, unidos na escuridão, abraçando-se. Castiel sentia o quente e enorme corpo dele contra as costas e, quando aproximou-se um pouco mais, pôde sentir a ereção majestosa que já se formava. Cas moveu os quadris, esfregando-se contra Dean, provocando-o.
– Quero você. – disse-lhe.
O suspiro de Dean disparou no ouvido dele, causando-lhe frissons de calafrios eróticos.
– Pode estar... pronto outra vez... tão depressa?
– Geralmente é o meu amante quem precisa se recuperar.
– Ah. Bem, acredito que eu poderia fazer durante toda a noite. Sem parar...
Jesus Cristo!
E era verdade, como ele depois veio a lhe provar. Fizeram amor tantas vezes que a atividade sexual confundiu-se, formando um único episódio erótico que durou... horas e mais horas! Durante todo o jantar do segundo dia. Durante toda a noite.
O corpo de Dean era capaz de ter um novo orgasmo a cada dez minutos, aproximadamente, e ele sentia-se inclinado a explorar todos os gozos carnais do sexo. Amou-o de todas as formas possíveis e, à medida que ia se sentindo mais e mais confortável, sua veia dominante surgia com mais força. Não importava como começassem, a coisa toda sempre terminava com Cas por baixo, fosse de frente, de costas ou de lado. Ele gostava de mantê-lo subjugado sob o peso de seu corpo musculoso e, às vezes, usava as mãos para obrigá-lo a deixar-se ser domado por ele como a um animal indômito. Especialmente enquanto ele bebia de sua garganta.
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Heart of Blood [Destiel]
VampireA princípio, o competente jovem advogado, Castiel Novak, deveria ser apenas mais uma vítima de um plano que sempre fora seguido sem falhas, seu sangue serviria de alimento por longos três dias para uma figura sobrenatural que jamais havia visto ante...