Capítulo 30

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Maria

Estou num lugar totalmente desértico e tudo era envolvido por uma densa neblina branca, que atrapalhava minha visão. Meus pés pareciam flutuar em direção que eu desconhecia e não sabia onde estava indo e nem o porquê - somente seguia.

A neblina ficava cada vez mais densa e forte e podia sentir meus cabelos voarem pelo vento frio que me rondava e era tudo tão real que nem parecia um sonho. Continuo a minha caminhada e não chego a local algum e forço minha visão, ainda não vejo nada além de imagens borradas e sombras, mas então avisto algo que parecia ser uma silhueta masculina humana e nesse instante meus pés param.

Olho para os lados e vejo a neblina diminuir lentamente e logo a imagem começa aparecer e o que vejo em minha frente faz meu coração acelerar e sentir uma vontade enorme de chorar, ali aquela silhueta era meu pai, estava ali para me tirar do medo. Ele sorrir para mim.

"Vem pequena!"- me chama, mas não consigo seguir, pois meus pés parecem grudados ao solo. " Vem não tenha medo!"- tenta novamente, mas por mas que tente meus pés ficam grudados e não sou capaz de me livrar." Dulce!"- ele grita e começo a chorar, pois sua voz se torna mais distante e com todas minhas forças consigo gritar:

- PAPAI!

"Você consegue, venha"- começa a fazer gestos com as mãos e tudo se torna cada vez mais difícil.

Derrepente outra pessoa aparece no local como uma nebulosa nuvem negra e em suas mãos há arma e logo está apontada a meu pai e entro em desespero.

- NÃO! NÃO!- grito com todas minhas forças, mas nada adianta e não era capaz de andar até eles.- NÃO!- era tarde mais e logo houve o disparo e meu pai fora atingido bem no peito e seu sangue escorria por suas roupas e o sorriso desaparecendo aos poucos até se tornar um desfalecido. Meu coração doía e eu queria ter morrido junto dele.

Quando não pensava que meu pesadelo não pudesse piorar o monstro que atirou em meu pai olhou em minha direção e seus olhos eram familiares e então seu capuz caiu de sua cabeça e tudo desmoronou, ele era Christopher. Entrei em pânico quando ele sorriu e seus olhos não eram castanhos e sim negros como a noite, sombrios e frios, pareciam ser capazes de me enfraquecer e era isso o que acontecia e logo o vejo se aproximar de mim cada vez mais e mais e estou com medo e sinto que é meu fim...

Desperto em desespero e demoro alguns segundos para entender que aquilo era um sonho, na verdade um pesadelo. Era a primeira vez que sonho com meu pai desde que ele morreu, e o que era mais estranho em tudo era o fato de Christopher tê-lo matado.

Tenho uma enorme capacidade para ter sonhos estranhos, mas aquele superava qualquer coisa que já sonhei em toda minha vida. Meu coração ainda está acelerado pelo impacto e um turbilhão de coisas passam em minha cabeça - o que sonhei significava alguma coisa.

Desço de minha cama e vou ao banheiro lavar meu rosto suado com água e sabão. E quando faço isso as lembranças do sonho vão indo embora de minha cabeça até se tornar algo que nunca aconteceu e me senti aliviada por isso. Depois que sai do banheiro desci para o hall de entrada e lá havia umas três malas lado a lado no chão.

- Bom dia srt. Dulce.- cumprimenta a empregada que atrapalhou eu e Christopher naquele dia e desde desse dia ela fica estranha com minha presença.

- Bom dia.- digo normalmente e ainda olho para as malas no chão e tudo que quero é perguntar o que faziam ali, então escuto passos atrás de mim e alguém colocar a mãos sobre meu ombro e eu congelei ao perceber de quem era. Christopher.

Retiro a mão dele dali e o fuzilo.

- O que faz aqui tão cedo?- pergunto.

- Ordens princessa.- reviro os olhos.

Ele insiste em tocar em mim de qualquer forma e agora suas mãos envolve minha cintura e de forma involuntária eu prendo a respiração. Os olhos negros da única companhia que tínhamos estavam em nós e logo vejo que Christopher a fita furiosamente.

- C-com licença.- desloca-se cabisbaixa até a cozinha e parece assustada e eu a entendia.

- O que ela te fez?- o pergunto fazendo me lançar um olhar de surpresa como se fosse óbvio.

- Você ainda pergunta?-assinto e já sei do que diz, mas sentir raiva daquilo era estúpido, pois não seria só eu a me arrepender com àquilo que íamos fazer. Talvez há ele nem tanto.

- Sim.- ele sorrir daquela forma como sempre e sinto ele me puxar mais para perto dele e sinto minha respiração acelerada.

- Será que terei que lembrar você.- sussurra contra minha boca e quando nossos lábios estão prestes a se tocar ouço passos firmes na escada e é o máximo para me fazer afastar e olhar assustada a meu tio que está descendo as escadas com uma pequena maleta em mãos. Seus olhos azuis vão de mim a Christopher.

- Atrapalho algo?- pergunta desconfiado.

- Não!- respondo antes que palavras saem da boca de Christopher. Meu tio ainda me encara desconfiado e tudo que faço é despistar a atenção para aquele assunto.

- Para que são as malas?- pergunto indico a elas no meu lado.

- Esqueci de avisá-la, Dulce terei de sair por um tempo da cidade.- diz na sua mais pura calma enquanto ajeita a gola de sua camisa de botão.

- Por que?- pergunto.

- Imprevistos.- sei que Juan não irá dizer mais nada além disso e sei que o que irá fazer é algo que não tenho a obrigação de saber e que não saberei. Mas é impossível não ficar tentando imaginar o que são esses tais imprevistos.

- Por quanto tempo?- minha pergunta o faz ficar pensativo.

- Talvez uma semana ou duas.- responde. E agora seus olhos estão em Christopher que até a chegada de meu tio ficara calada.- Christopher ficara com você por todo o tempo.- avisou e logo me sinto enojada.- Será meus olhos e meus ouvidos quando estiver fora, okay.- ele dizia isso a ele e tudo que fez foi balança a cabeça em concordância e sua expressão estava séria.- ele se agia como um bom samaritano em companhia de meu tio.

Alguns serviçais aparecem e pegam as malas e as levam para fora com rapidez e continuo na mesma posição olhando na direção do carro onde colocam as malas no porta-malas e meu tio Juan e Christopher conversavam em código de olhares.

- Até logo Dulce.- se despede de mim com beijos em minhas bochechas e logo vejo uma despedida silêncio entre Christopher e ele com acenos de cabeça.- juízo.- diz indo em direção ao carro e pela primeira vez o vejo sorrir e Christopher faz a mesma coisa, já começava a estranha o fato de ambos parecerem tão ligados, e agem da mesma forma, nunca entenderia aquela relação entre eles.

Então o carro começou se deslocar e rapidamente sumiu na estrada em uma curva e lá estava eu sozinha com ele, Christopher que volta a ser inconveniente a falta de Juan e isso me faz entrar em pânico e o que seria de mim agora nesses dias sem Juan.

- Ouviu meu tio...juízo.- digo quando Christopher tentou se aproximar de mim e logo fujo para dentro de minha casa, ele me segue.

- Eu sei que não quer que tenho isso.- me puxa pelo braço antes que começe a subir as escadas me presionando contra a parede e sou acobertada por uma sensação estranha de pavor e desejo.

- Você não sabe de nada.- o empurro e começo a subir rapidamente e posso escutá-lo dizer: "Você não me conhece Maria".
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Olá meus bebês mais um capítulo para vcs e olha como a fic está tensa e esse pesadelo Deus do céu!!! O que será que irá acontecer agora que Juan não está por perto? Se estão curiosos comentem e votem por favor 😢😢😢.

Até logo!!! Em A Herdeira!!!

E se puderem dêem uma olhada em minhas outras fic's também.

( Minha Estranha Maneira de ser (Vondy)/ O Limite de te amar 1 (Vondy)/ O Limite de tê-la Comigo 2 (vondy)/ Forever (AyA)/ Dividida (Vondy/ Trendy) e Através do seus olhos ( essa não é uma fic e os personagens são fictícios criados por mim)

Se se interessar por alguma é só ir em meu perfil.

Desde já obrigado pelo carinho 😘.

A herdeira {Vondy} √ - Primeiro Livro Da Duologia Herança & Vingança.Onde histórias criam vida. Descubra agora