Nós conversamos algumas vezes no decorrer dos dias, sempre pelo celular de Carrie e comecei a me perguntar quando ela iria se irritar por eu ser obrigado a conversar com Thea por intermédio dela. Tentei chama-la para sairmos, mas ela insistia que estava muito ocupada e que não podia.
Já estava ficando praticamente surdo por conta da música alta, mas era bem melhor do que ficar ouvindo a garota na minha frente reclamar sobre o calor que estava fazendo na festa. Tinha até parado de contar quanto eu tinha bebido e fumado naquela noite, e tinha certeza de que eu ou Todd não conseguiríamos ir embora dirigindo o carro dele desse jeito.
Menti para a garota sobre estar indo pegar mais uma cerveja e fui para o jardim na entrada da casa onde o que mais tinha era gente vomitando.
Um carro preto parou no meio da rua e três pessoas desceram dele, se despedindo do motorista. Olhei para eles e vi Carrie com os cabelos voando e um braço por cima do ombro de seu irmão Alex e o outro na cintura de Thea. Ela abriu um largo sorriso quando me viu e depois puxou a irmã até mim.
- Olha quem está aqui. – ela disse rindo como se já estivesse bêbada – John Wayne.
- E aí? – acenei para ela com a cabeça.
- Tinha certeza que você ia estar aqui. Eu vou entrar, Thea, vem comigo, Alex. – ela segurou a mão de seu irmão e andou em direção a entrada da casa.
- Tudo bem? – cocei a nuca e ela assentiu – O que você está fazendo aqui?
- Ela me obrigou, acredita? – ela deu uma risadinha – Ela falou para a minha mãe que você ia estar aqui e aí minha mãe disse que eu devia vir porque eu não ia ficar sozinha. Até parece. – ela revirou os olhos.
- Para de ser chata. – segurei seu ombro direito – Vamos entrar, eu te faço companhia.
- Você não tem que ficar comigo, John, a Carrie quem me arrastou até aqui.
- Ok, então vamos encontrar a Carrie. – passei o braço pelo seu pescoço e trouxe seu corpo para perto do meu – Que cheiro bom. É seu cabelo. – aproximei o rosto do cabelo dela e respirei fundo.
- Para com isso. – ela riu – Você está cheirando a bebida e tabaco.
- Eu sou um fumante, o cheiro do tabaco faz parte de mim. – beijei sua têmpora.
- Você está bêbado? – ela perguntou preocupada e neguei freneticamente com a cabeça – Você veio dirigindo?
- Não, vim com o Todd. – falei rindo.
- E cadê ele? – ela olhou para os lados quando entramos.
- Não tenho a menor ideia. – fiz bico – Quer beber alguma coisa? Vem, eu pego para você.
Entrelacei minha mão na dela e fomos passando por entre as pessoas até chegar na cozinha onde estavam as bebidas. Peguei dois copos plásticos e apertei a válvula do barril de cerveja até encher totalmente os copos. Entreguei para ela que sorriu amarelo para mim, mas não bebeu.
- Que foi? Você não gosta de cerveja? – bebi um pouco da minha.
- Eu não posso beber, John, tenho que ficar de olho no Alex e na Carrie.
- Relaxa, Thea, você não vai ficar bêbada e eles são grandinhos suficientes para se cuidarem sozinhos. Tenho certeza que a sua irmã não te arrastou até aqui para ser babá dela. – bebi mais um pouco e ela ficou me olhando.
- Vou procurar eles. – ela me entregou o copo – A gente se vê por ai. – ela sorriu triste e se enfiou no meio das pessoas.
Virei o conteúdo dos dois copos e entrei na massa de gente atrás dela. Comecei a ficar agonizado por não a encontrar e uma sensação ruim começou a tomar conta de mim. Procurei ela por todos os lados e não a encontrei só fazendo com que as coisas na minha cabeça piorassem.
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The Getaway
RomanceEle com uma vida regada a álcool, drogas e curtição. Ela focada nos estudos e no futuro. Uma amizade totalmente improvável, mas que foi inevitável o surgimento de uma grande paixão. Será mesmo que os opostos se atraem?