Outra noite mal dormida e tudo por um sentimento estúpido que resolveu nascer em meu coração e der destinado a um sem vergonha.Meu humor está péssimo, tanto que Joana nem insistiu para que eu tomasse café antes de sair para o hospital e chegando fui direto para o refeitório, em busca de cafeína.
Peço um copo extra grande para Solange e quando me viro, vejo meus amigos em uma mesa, com Paloma acenando para mim.
Caminho até eles, fuzilando Gabriel e ele percebendo isso, se encolhe em sua cadeira, colocando uma pasta em sua frente, em forma de proteção.
- Bom dia, amiga, está tudo bem? - Paloma pergunta olhando de mim para o esposo.
- Eu juro que não fiz nada - ele logo se defende.
- Porque não me disse que ele era casado? - dou um tapa em seu braço e ele me encara confuso.
- Quem? - os dois perguntam juntos.
- Aquele safado do Maximiliano - sussurro para ninguém ouvir e me sento - Eu quase fui para a cama com ele e você não pensou em me avisar nada?
Paloma já encera o esposo de braços cruzados, esperando uma resposta, assim como eu.
- Mas ele não é casado - ri nervoso.
- Quem te disse isso? - Paloma de vira para mim.
- Eu o encontrei ontem no mercado, estava com uma filha e uma aliança no dedo - lembro a cena de ontem e já sinto meus olhos ardendo pelas lágrimas.
- Gabriel - Paloma rosna baixinho e ele ergue os braços em rendição.
- Eu não sabia nada disso, juro, na verdade nunca falamos demais sobre a vida dele - da de ombros.
- Como não? Vocês são amigos de infância - Paloma fala indignada.
- Eu sei, amor, mas você precisa entender que estávamos afastados, estamos voltando nossa parceria agora - explica e nisso eu tenho que concordar - Quando fui embora, ele tinha uma namorada, mas nunca soube mais nada sobre eles e agora, ele nunca tocou no nome dela, então se deduz que ela não existe mais.
- E sobre a filha, ele também não falou? - pergunto.
- Não, juro para vocês - beija o dedo cruzado - Estou tão surpreso quanto as duas.
- Safado - Paloma resmunga.
Respiro fundo e fecho meus olhos, preciso me acalmar e deixar esse assunto esquecido. Não preciso me culpar, eu não sabia que ele tinha uma família o esperando em casa, enquanto ele quase me engolia com a boca.
Meu Deus, ele é mesmo um safado. Ainda teve aquela vulgar da boate, que claramente ele transou a noite toda.
- Coitada da esposa, desse traste - levanto - Vou para a minha sala, não quero trombar aquele descarado por aqui..
Me despeço dos meus amigos, que continuam a falar sobre a vida de Maximiliano e subo para o meu consultório.
- Bom dia, Diana - cumprimento.
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Vidas traçadas
RomanceAté onde o amor pode te levar? Até onde o amor pode suportar? Uma ferida do passado pode acabar com seus sonhos, pode espalhar sofrimento e assim causar estragos que talvez não tenha perdão. Mas não podemos saber até onde esses estragos vão, até pa...