# 6 Calladan

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A estrada de pedras até o grandioso castelo de Calladan era longa, mas era bonito a paisagem, mesmo de noite, Passando a ponte de madeira chegaram até o grande portão de entrada do reino, havia homens, guardas e viajantes de todos os lugares, mas mesmo entre tantos viajantes , Léoric e Anivya eram viajantes inusitados.
- Um momento amigo. - Disse o guarda aos dois. - Vocês não podem entrar.
- Como ousa? - Disse Léoric levantando o chapéu com a ponta do cajado, tem idéia de com quem ?...Capitão Magnus? - Perguntou o velho.
- Já faz muito tempo não é arquimago Léoric? - Disse o homem gargalhando.
- Nossa, como faz, quando te conheci não passava de um garoto, e agora está um homem formado, e essa armadura e símbolos...
- Sim eu virei General da guarda de Caladan, assim como meu pai foi um dia.
- Estou orgulhoso, aposto que ele também estaria se visse o quanto você cresceu. - Sorriu o velho. - Rainha desejo que conheça um amigo de longa data, Mag... Digo General Magnus, Magnus bom você sabe quem é ela.
- É um prazer enorme te conhecer Rainha Anivya de Alioth.
- O prazer é todo meu. - Disse ela sorrindo.
- Bem, o que os traz aqui?
- A legião e o Ether. - Disse Léoric sem a empolgação na voz. - Viemos pedir pelo reforço de Caladan nessa guerra que está para acontecer.
- Eu os levarei até o rei, mas ele está correndo sério risco de vida, e o reino também corre muito perigo.
- Por que o reino corre perigo? - Perguntou o Arquimago.
- O Rei foi atacado por um lobisomen.
- Quando?
- Há dois dias, vamos entrando, lá no castelo eu explico tudo.
   - Tudo bem.
   Anivya e Léoric seguiram o General Magnus até o castelo, e pelo caminho, Léoric foi elogiando as construções e as decorações, os prados germinando, e não deixou de notar que o povo estava feliz, dançava, tocava e se distraía, mesmo que o caos reinasse fora dos domínios do rei. Calladan sempre fora um reino rico, conhecido, pela força de seus soldados, e a lealdade deles, e bons reis, a casa Vyrwell comandou Caladan desde Calden I O Astuto, venceu o povo Bárbaro que ali vivia com sua inteligência e deu início ao reino de Calladan e chegou até o rei Atual Rei Conrad IV.
O castelo fica no alto de uma colina, com um lindo jardim em volta, e uma escadaria, que fazia curvas, por entre a colina até chegar a porta do castelo.
- O rei podia construir seu castelo em um lugar mais baixo. - Disse Léoric. - Estou velho e minhas costas doem. - Riu.
- Quer que eu o carregue senhor ? - Perguntou Magnus, sem maldade na frase.
- Não, obrigado! - Se irritou. - Não preciso quê prove sua juventude e virilidade, eu consigo sozinho.
- Perdão senhor, não quis ofende-lo.
- Brincadeirinha. - Riu o velho subindo a escadaria sem problemas.
- Não tente entende - lo. - Disse Anivya. - Por todos esses anos que eu o conheço e ainda não entendo qual é a dele.
Magnus puxou sua capa, e seguiu Anivya e Léoric pelas escadarias, até chegar a porta, mas antes teve uma grande ponte, de madeiras bem firmes. Os guardas dos portões, acenaram para seu General, e abriu as portas do castelo. Lá dentro, existia pilares de mármore brancos, estandartes vermelho e amarelo, com dois machados cruzados e uma espada no meio, esvoassando pelo saguão, um tapete carmesim, que se extendia até o trono vazio no meio do salão. E alguns lordes e nobres conversavam por perto.
- Milordes. - Acenou Magnus, eles acenaram de volta. - General. - E magnus continuou, subindo as escadarias pelo lindo castelo, até chegar práticamente no topo, Anivya e Léoric o seguindo.
Magnus bateu na porta devagar, uma mulher abriu . - General ? O que houve?
- Minha senhora, Gostaria de ver como o rei está, e também trouxe visitantes de muito longe... - Abriu espaço, revelando Anivya e Léoric
- Claro, entrem. - Abriu a porta a esposa do rei, Rainha Lizbeth.
- Com licença. - Entraram no quarto, e lá estava o rei, deitado em sua cama, com cobertores e suando muito, com seu rosto pálido, mas ainda sim meio rechonchudo, em uma cadeira ao lado, sentava um senhor com uma túnica marron.
- Minha senhora. - Disse Léoric a Lizbeth. - Sou o Arquimago da Torre Arcana, e acredito que saiba o que é a legião, eles estão destruindo tudo o que encontram em sua frente,tomando novas terras e aumentando seus exércitos, eu e a Rainha de Alitoh viemos em pessoa, para pedir reforço de Caladan, mas eu vejo que infelizmente o rei não se encontra bem, tem alguém que possa falar em seu nome?
- Eu posso. - Respondeu Lizbeth.
- Ótimo, e o qual a sua resposta?
- Caladan ajudará...
- Ótimo. - Interrompeu Léoric.
- ... Se. - Continuou Lizbeth. - Curarem meu marido.
- Como é? Ninguém fez um antídoto para amenizar a licantropia do lobisomem?
- Eu fiz vários senhor. - Disse o velho curandeiro levantando de sua cadeira. - Porém nada adiantou, acho que foi algo pior que um lobisomen que o feriu.
Anivya, tirou as bandagens do ombro do rei e analisou. - Acônito fermentado não adiantou?
- Não minha senhora. - Respondeu o velho.
- O que acha Anivya? - Disse Léoric.
- Eu acho, que o rei, tem sorte de estar vivo.
- Como é? - Se espantaram.
- Essa ferida foi feita pelo Lobo Primordial, e ele não costuma deixar feridos, nenhum homem jamais sobreviveu ao seu ataque, a menos que ele não quisesse matar.
- Você está dizendo do primeiro de todos? O primeiro lobisomem?
- Sim, o criador, o primeiro a desenvolver a licantropia.
- Tem algum jeito de salva- lo? - Perguntou Magnus.
- Anivya... - Disse Léoric. - Hoje é noite de lua cheia, se ele não beber o antídoto, será irreversível.
- Curandeiro. - Anivya o chamou. - O senhor tem asas de morcego?veneno de Aranha Gigante? Pinhão? E ervas?
- Sim, senhora.
- Então talvez ele ainda tenha tempo, sigam- me. - Correu Anivya, e todos a seguiram até a sala do curandeiro, com exceção da Rainha Lizbeth, ela sentou e deu a mão para seu marido e por ali permaneceu.

A Lenda do Éther e a Montanha Sombria (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora