𝒜 𝑓𝑖𝑙ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝒟𝑎𝑚𝑜𝑛 𝒮𝑎𝑙𝑣𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒

Capítulo 3

1980

As coisas ficaram um pouco estranhas, desde que aquela velha doida veio falar comigo tenho ouvido voses e sinto uma louca vontade de gritar em momentos ruins. Mas fora essas bizarrices, eu estou bem, decidi me mudar para New York, lá me parece um bom lugar para ficar nesses tempos e eu não sei se estão me caçando ou algo do tipo, tenho sempre que mudar de lugar.
Me olho uma última vez no espelho e solto meu cabelo, como já havia tomado café apenas pego minhas coisas e vou em direção a estação de trem, será uma longa viagem mas pelo menos poderei dormir.

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Eu finalmente cheguei em New York, esse lugar é incrível. Eu comprei um apartamento discreto perto do centro e resolvir ir conhecer um pouco a cidade. Começo a caminhar sem me preocupar com nada, uma garotinha acena para mim e eu retribuo com um sorriso e um aceno. Um tempo depois percebo a rua um pouco vazia, de repente algumas pessoas saem correndo de uma lanchonete e um cara fala "não entre lá.... VOCÊ VAI MORRER", eu não entendi nada mas continuei o trajeto que estava percorrendo, quando entrei na lanchonete um cara atirou no meu braço e um outro mais novo, que devia ter uns dez anos, tinha um arco mirado em meu coração.

"Gérard, não vai me apresentar seu filho?" O homem não respondeu, apenas se colocou na frente do garoto.

"Qual é, somos amigos."

"Não somos nada um para o outro, seu verme." Gérard aponta a arma para mim, retiro a bala do meu braço e ele rapidamente se cura. Eu e Gérard nos conhecemos a um tempo atrás, ele não sabia que eu era uma vampira e eu não sabia que ele era um caçador do sobrenatural, nos aproximamos e viramos amigos. Um dia eu estava me alimentando e ele apareceu, até tentei me explicar e hipnotizar mas ele usava verbena, ele tentou me matar e eu fugi.

"Grosso, eu sou vampira não um lixo qualquer! Não haja como se não tivéssemos um passado." Dei uma risadinha. " Meu nome é..." uma sensação ruim se apoderou de mim e não consegui completar a frase, tentei mais uma vez mas tudo parecia girar e minha voz não queria sair. Os dois olharam para mim um pouco confusos mas ainda seguravam suas armas em minha direção, cai de joelhos e dei um grito estridente e alto, todos os vidros quebraram e voaram pela lanchonete se misturando com o sangue de alguns vampiros mortos pelo lugar. Me levantei rapidamente e senti o ar voltar a adentrar meus pulmões, mesmo com tudo girando me arrumei e sai do lugar o mais rápido que podia. A ultima coisa que ouvi foi o filho de Gérard dizendo algo parecido com"Banshee...", eu rapidamente lembrei de Clara, não fazia muito sentido mas eu teria que investigar.