𝒜 𝑓𝑖𝑙ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝒟𝑎𝑚𝑜𝑛 𝒮𝑎𝑙𝑣𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒

Capítulo 23

Sei que prometi atualizar rápido, porém pandemia e último ano de escola não combinam. Peço desculpas pela demora e por qualquer erro.

Emma p.o.v

Não sei exatamente a quanto tempo estou aqui, nem o porque disso estar acontecendo comigo, sinto a faca sair mais uma vez do meu corpo e meu sangue escorrer mas não tinha mais forças para gritar. Tudo que eu sentia era dor e raiva, uma venda tinha sido colocada em meus olhos e eu não podia ver quem fazia isso comigo, mas pelo cheiro de perfume feminino barato eu sabia que a vadia iria pagar muito caro por isso.

Aos poucos meu corpo voltava a pesar, o desconforto não era tão grande para impedir meu sono, me vi mergulhar nas lembranças dos meus últimos momentos antes desse inferno. Me sinto culpada por ter deixado Emilly tão brava, ela estava certa afinal e eu tinha agido como a pirralha mimada que eu odiava ser...fiz uma nota mental de que assim que saísse daqui e matasse a cadela que está me torturando eu falaria com meu pai e pediria desculpa para Emilly.

"Não dorme, ainda temos muito tempo e tem coisas que eu quero saber..." Sua voz estava muito próxima, sussurrando em meu ouvido enquanto segurava minhas bochechas com força.

Não perdi tempo e me movimentei para atacar a mulher, minhas presas fincaram em seu pescoço e me esforcei para beber o máximo de sangue que podia, mas não foi o suficiente pois a mesma me perfurou novamente com a faca e me fez soltar de seu pescoço. Sua mão veio de encontro com o meu rosto algumas vezes e apaguei.

Algumas semanas atrás

Parei de correr quando já estava na praça da cidade, me repreendi por ter sido tão descuidada nesse momento e me sentei em um banco qualquer vendo casais passearem. Minha cabeça doía e eu não consegui evitar chorar, sabia muito bem que estava errada mas temia a rejeição daquele que era único para mim.

Tomei um tempo ali, o vento batia em meu rosto e as ruas iam esvaziando lentamente, um cara que vendia sorvete passou por mim e decidi comprar dois, sem ânimo para hipnotzar apenas paguei ele e me afastei. Quando finalmente parei de andar percebi que já estava na floresta e próxima à saída da cidade, graças a minha falta de atenção tropecei em um galho e caí no chão mas não fiz questão de me levantar.

Fiquei quieta ali, encostada em uma árvore pensando se realmente deveria fugir, tudo estava confuso e no momento eu não queria ver ninguém. Escuto um barulho alto que ficou cada vez mais perto, me levantei e me coloquei em defesa, uma flecha veio em minha direção e a segurei antes que me acertasse. Sorri debochada e me preparei para atacar, até sentir um líquido gosmento na flecha e meu corpo começar a paralisar, algo bateu em minha cabeça e eu apaguei.

Emilly p.o.v

Ainda encarava a porta por onde Emma tinha saído, todos me olhavam em silêncio e vi Damon caminhar até mim com uma expressão séria, seus braços me rodearam e me aconcheguei em seu abraço sem desviar meu olhar da porta. Algo me incomodava, mas estava muito irritada para ir atrás de Emma agora, respiro fundo e me separo do abraço para ir lavar minhas mãos sujas de sangue.

"O que aconteceu aqui?" Caroline veio até mim, bufo e evito olhar em seu rosto.

"Porra Emilly, sujou meu tapete de sangue!" Damon grita da sala e trocolo olhares com a loira, escute ele reclamar do tapa que Stefan deu nele e rimos juntas.

A loira me abraça de lado e puxa conversa, evitando o assunto anterior para não me deixar mal, a agradeço mentalmente por isso eme perco no novo assunto. Aquele incômodo não passava de forma alguma então decidi que iria atrás dela, Bonnie e Caroline resolveram que viriam comigo e apenas aceitei a companhia,

A bruxinha Bennett fez um feitiço de localização e Caroline nos levou de carro até a entrada da cidade, entramos na floresta e novamente aquele desconforto se fez presente. Só de imaginar que Emma poderia estar em perigo já me deixou culpada, eu não tinha que ter tratado ela daquela forma e agora encontraria a loira e pediria desculpa.

O caminho não foi muito longo, logo avistamos Emma que segurava uma flecha na mão, foi tudo muito rápido e quando percebi tinha uma grande barreira entre Caroline, Bonnie,  eu e Emma que estava desmaiada no chão. A pessoa que arrastava Emma para longe tentou nos atacar mas Bonnie nos protegeu, uma de suas flechas acertou a bruxa que caiu tempo depois quando já estávamos sozinhas lá.

"Vamos tirar ela daqui." Digo para a loira ao meu lado, carregamos Bonnie para o carro e voltamos rápido para casa.

Várias coisas se passavam na minha cabeça e enquanto Caroline explicava o que tinha acontecido eu entrava em contato com um amigo muito importante, Klaus respondeu rapidamente e disse que sua irmã Freya poderia nos ajudar a descobrir como aquilo tinha acontecido e para onde Emma tinha sido levada.

De volta ao presente

Terminei de beber o sangue e voltei para a sala, Freya estava sentada no sofá lendo algum livro de bruxa enquanto Klaus e Rebekah tentavam ajudar procurando sobre outros seres sobrenaturais capazes de paralizar alguém daquela forma. Já  passaram dia e ainda não achamos Emma, algo bloqueava nossos feitiços de localização e não saber o motivo do sequestro me deixava muito irrtada. Sentei ao lado da bruxa Mikaelson e peguei o livro grande na mesa de centro, vi algumas coisas sobre vampiros e hereges e continuei passando. Uma ideia surgiu em minha mente e liguei para um amigo que poderia me ajudar.

"Oi Deaton, como você está?" Minha voz chamou a atenção dos irmãos que pararam para prestar atenção.

"Emilly, estou bem. Do que precisa?" Rio pelo drúida ser tão direto mas deixo de lado, explico o que está acontecido e ele fica em silêncio por um tempo. Escuto barulhos no fundo e pelas vozes percebo ser Stiles, Lydia e Scott chegando na clínica, falando algo sobre Emma também. "Só um minuto, vou colocar no viva-voz."

"Quem é?" Klaus perguntou, mesmo sabendo que ele podia ouvir coloquei no viva-voz também e sussurrei que era um amigo.

"Pronto, vocês estão lidando com um ser chamado Kanima. Ele é uma pessoa que se transforma sem controle e obedece alguém, ele e seu mestre andam juntos em um ataque." Franzo o cenho mas permaneço quieta por mais um tempo. "O Kanima tem a aparência de uma grande lagartixa, explicando do jeito mais simples, ele produz uma gosma paralizante."

"Mas, Deaton, nosso cara estava sozinho." Digo, a linha ficou muda por um tempo. "Suas garras eram grandes e banhadas em gosma, mas não parecia com uma lagartixa..."

"Estamos indo para aí." Foi tudo que eu ouvi antes da chamada cortar, olhei Klaus e o mesmo sustentou o olhar.