Cap. 36

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CHELSEA POV

"Por quanto mais tempo tencionas ficar amuada?" Disse entre risos.

"Não estou amuada" Os meus braços estavam cruzados em frente ao meu peito e eu estava com a cabeça encostada ao vidro a olhar lá para fora. Eu não estava amuada...

Ele começou a rir-se das minhas figuras e eu soltei um riso involuntariamente. A gargalhada dele era tão verdadeira, tão contagiante... neste momento ele parecia apenas um adolescente normal e não um miúdo que já passou por muito e tentava ao máximo fazer-se de forte. Este era o lado dele que eu mais gostava, o lado dele que me fazia querer abraça-lo e nunca mais o largar.

Eu rapidamente escondi o meu sorriso e voltei a colocar os lábios numa linha firme.

"Isso foi um sorriso? Eu acabei de ver um sorriso!" Gozou num tom divertido. "Oh vá lá Chelsea, tu sabes que te queres rir" Continuou.

Ahhh, que idiota. É impossível não me rir quando ele estava assim de tão bom humor.

"Estupido" Murmurei.

Senti o carro a abrandar e quando dei por ela estávamos numa espécie de estrada em terra, completamente deserta. Ele parou o carro.

Eu olhei para ele com uma expressão confusa a preencher o meu rosto.

"Vem cá" Ele disse entendendo os seus braços para mim. Os olhos deles olhavam os meus de uma forma penetrante e eu senti um fogo a percorrer o meu corpo. Como é que ele conseguia ser tão sedutor mesmo sem sequer tentar?

Passei para o outro lado do banco e sentei-me no seu colo, de frente para ele. As suas mãos moveram-se para a minha cara e ele pegou numa mexa do meu cabelo e colocou-o atrás da minha orelha.

"És perfeita sabias?" Segredou no meu ouvido. O meu corpo arrepiou-se com as suas palavras. Ele nunca me tinha dito nada assim...

"A tentar subornar-me com palavras, Sr Malik?" Disse com um sorriso.

"Se eu te quisesse subornar tentava outras coisas mais persuasivas" Respondeu-me. O tom dele era provocador e divertido. Senti a sua respiração cada vez mais perto e fechei os olhos involuntariamente.

"Tipo o quê?" Perguntei ainda de olhos fechados. O desejo estava a começar a crescer dentro de mim. Eu queria-o... queria-o tanto! A capacidade que ele tem de me por a fervilhar apenas com algumas palavras é fora do normal.

Nunca ninguém conseguiu ter todo este poder sobre mim. E, para dizer a verdade, assusta-me um bocado. Ele praticamente pode fazer comigo o que quiser porque eu sei que não ia conseguir resistir.

"Exatamente aquilo que te está a passar pela cabeça neste momento" Respondeu lendo-me os pensamentos.

Eu abri os olhos e encontrei os lábios dele a milímetros dos meus. Olhei nos seus olhos e percebi que ele me queria beijar, tanto como eu a ele. Inclinei a cabeça e depositei um beijo suave, mas demorado, no seu pescoço e senti-o a sorrir contra a minha pele. Num movimento rápido puxou pelo meu queixo e beijou-me ferozmente, como se estivesse desesperado pelos meus lábios. Eu beijei-o de volta e as nossas línguas encontraram-se.

Ele puxou pelas minhas ancas e colou os nossos corpos sem nunca cortar o beijo. Senti a sua ereção contra o meu corpo e separei os nossos lábios. A respiração dele estava ofegante e os seus olhos pediam por mais. Ele aproximou-se, na tentativa de me beijar outra vez, mas eu empurrei-o contra o banco. Levei a minha mão até ao alto nas calças dele e apertei-o levemente. Ele gemeu com o meu toque e eu sorri vitoriosa. Afinal não era só ele que tinha controlo sobre mim.

Inclinei-me sobre ele e encostei os meus lábios no seu ouvido, "Depois de despachares os teus assuntos, passas pela minha casa e podemos terminar isto" Sussurrei. Senti-o a ficar ainda mais duro e o meu sorriso cresceu. Era uma sensação indescritível estar finalmente no controle.

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