Cap. 88 - Último

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LEIAM A NOTA FINAL, É IMPORTANTE!

CHELSEA POV

"Oh, querida, não chores por favor." Minha mãe reconforta-me, puxando-me delicadamente contra os seus braços frios.

Apenas encolho os ombros, enterrando a minha cabeça no seu peito. Não quero ir embora. As lágrimas desciam descontroladamente pelo meu rosto a baixo, as minhas bochechas ardiam, os meus lábios tremiam sem fim enquanto algumas lágrimas ficavam retidas no meio deles. Sentia o meu corpo todo a perder as forças, como se o mundo tivesse desabado em cima de mim.

Escutava a minha mãe a murmurar palavras de apoio ao meu ouvido enquanto me agarrava fortemente nos seus braços. Não a culpo por a escolha que tomou, sei que o fez em função de nós as duas, mas isso não quer dizer que doa menos. Eu poderia pedir-lhe para ficar cá com o Zayn, mas não acho que seria capaz disso. Eu sou tudo o que ela tem e vice-versa, não sou capaz de a abandonar.

Depois de alguns minutos - longos minutos - consegui controlar o choro. Os soluços desconfortáveis já tinham parado e as lágrumas amargas já se tinham esgotado.

"Eu sei que não queres separar-te do teu namorado, mas vais ver que é só a dor inicial, vais acabar por superar isto." Susurra no meu ouvido, á medida que esfregava as minhas costas com as suas mãos. "Sei que parece o fim do mundo agora, mas é só um rapaz, há muitos no mundo..."

Não, não é só um rapaz mãe. Porque é que ela não consegue entender isso?

"Não é só um rapaz," Exclamo, soltando-me do seu abraço. "Ele não é só mais um e tu sabes disso! Nunca gostei de ninguém assim."

A mulher á minha frente olha-me surpreendida, talvez um pouco magoada pela minhas súbita irritação. Ela senta-se melhor sobre o sofá e volta a por o seu olhar em mim, encarando-me com uma certa dor, como se pudesse realmente sentir a minha.

"Eu sei que é isso que parece agora. Mas és nova, tens a vida toda pela frente."

Mas nunca irei encontrar ninguém como ele.

"Tudo bem, não irias compreender de qualquer das maneiras." Dou de ombros, desisntindo de lhe tentar explicar o que quer que seja.

"Queres ir falar com ele agora?" A minha mãe pergunta-me parecendo agora nervosa, como se tivesse a esconder-me alguma coisa.

Balanço a cabeça rapidamente, aterrorizada só com o pensamento. Ele vai se passar-se e eu não estou preparada psicologicamente para isso. "Não, hoje não. Vou esperar mais um dia ou dois. Não estou preparada para lidar com a reação dele."

E, de repente, foi como se o sangue tivesse sido completamente drenado do meu rosto quando notei na expressão de medo da minha mãe, como se o pior ainda não me tivesse sido transmitido. "Mãe?" Falei imeditatamente, receio claro na minha voz. "O que é que ainda não me contas-te?"

"Eles querem que eu vá para lá o mais rápido possível, para ficar a par de tudo." A mulher á minha frente fala com uma voz calma, quase medrosa. Os seus olhos verdes anciavam por uma reação da minha parte, qualquer reação. Mas eu não conseguia. Estava congelada. Congelada em pensamentos paralelos enquanto a realidade parecia apoderar-se de todas as partes racionais e dolorosas do meu corpo. Queimando, cortando, retirando tudo de bom que eu tinha adquirido nos últimos meses.

Como iria eu contar isto ao Zayn?

Ele vai odiar-me.

Odiar-me ao ponto de nunca mais querer falar comigo.

"Quando?" Senti-me com forças suficientes para perguntar.

"Depois de amanhã."

E, nos próximos segundos, tudo aconteceu muito rápido.

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