Capítulo 12

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Ficar deitada em uma cama de hospital era de dar tédio. A única companhia que eu tinha era das paredes brancas.

  Eu estava lendo um livro quando Garrett entrou no quarto disparado.

  Já foi me dando um abraço.

  -Celinne. Que bom ver você.

   Sorri. Minhas bochechas ficaram vermelhas.

  -Oi Garrett. É bom ver você também.

  -Sinto muito não ter vindo antes. Contabilidades de produção é complicado.

  -Entendo.

  Ficamos em silêncio até que ele pegou um papel e fez um avião.

 -Pra que isso?

 Ele me encarou e vou a se concentrar no papel.

 -Estávamos num silêncio constrangedor. Vamos brincar um pouco.

  Sorri.

  -Você tem cada idéia.

  Ele jogou o avião em minha direção. Eu peguei.

  Tinha alguma coisa escrita dentro.
 
    "Você fica linda com roupa de hospital"

  Revirei os olhos.

 -Essa é a brincadeira. Eu escrevo uma coisa no avião, depois você escreve.

 -Você sabe que pode sentar naquela poltrona e conversar normalmente né?

-Mas aí qual seria a graça?

  Peguei um lápis e escrevi.

  "Você é bobo"

  Joguei o avião.  Ele sorriu.

 Ficamos brincando por horas. Até que Nora chegou com vários livros e 5 potes de pudim.

  -Olha aqui bonitão, sei que Celinne é linda mas agora ela precisa da amiga. Então fora!

  -Nora Adams. É bom ver você também. -Garrett pegou o avião e entregou para mim

  -Até amanhã!

  Assim que Garrett saiu, Nora pegou o avião da minha mão e começou a ler.

  -Safado!

  Eu cai na gargalhada.

  -Por que veio aqui Nora?

 -Economia. Melhorei bastante. Mas você...

  -Como assim? O que tem eu?

  -Agora que você foi dispensada, precisa passar em economia para ir pro segundo estágio.

  Quase me preocupei. Economia era fácil. Na mesma hora a porta do quarto se abriu numa velocidade incrível.

  Minhas irmãs e minha mãe entraram e logo foram correndo me abraçar.

  Enquanto minha mãe pegava nas minhas mãos, minhas irmãs passavam as mãos no meu cabelo.

  -Filha! É um alívio ver você!

  -Seu cabelo está macio Celinne.

    Elas ficaram no meu quarto a maior parte do tempo. Conversaram e comeram os pudins de Nora.

                    《》 《》 《》 《》

  Benjamin chegou logo depois do horário de visitas. Não havia enfermeiras circulando e ninguém estava no meu quarto.

   -Acho que você deveria ver uma coisa.

  Ele pegou uma cadeira de rodas e me conduziu para a fora do quarto.

  -Onde estamos indo?

  -Você vai ver.

  Normalmente eu discordaria e voltaria para meu quarto. Mas eu estava lá tempo demais. Preciso de ar livre.

  Havia uma mesa no gramado dos fundos. Uma mesa e muita comida.

  -Acho que deveríamos terminar nosso jantar.

  Já havia me esquecido. Ele me deixou com uma lasanha no forno.

  A comida estava muito boa.

  -Você que fez? -perguntei

  -A maioria.

  Ele fez uma pausa e suspirou.

  -Sinto muito ter te deixado aquela noite. Eu estava com problemas. Muitos na verdade.

  -Tudo bem.

   Jantamos e conversamos. Benjamin me levou de volta para o quarto e me deu um crachá.

  -Quando quiser sair, só mostrar esse crachá. Fuga perfeita.

 -Obrigada.

  Benjamin beijou minha testa e saiu.

  Peguei um dos livros que Nora havia trazido e comecei a ler.
  

 

 

 

 

 

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⏰ Última atualização: Jul 06, 2017 ⏰

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