Stigma - Parte 1

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Otakus do Kokoro,

Sei que ando um pouco sumida... (aham... 4 meses sem dar as caras aqui é "um pouco"...) Mas eu estou sem inspiração ultimamente! (Sorry, Babisuesan ! Aida posto seu imagine do Suga... não desista de mim! Kkkk)

Mas uma das minhas melhores amigas salvou minha pele hoje (MUITO OBRIGADA, DONGSAENG!!)!!! Isso me ajudou a criar mais inspiração... Creio que voltarei a escrever meus próprios capítulos em breve! ^-^

Mas para vocês não ficarem muito tempo sem ler meu livro (como se fosse uma coisa ruim, pq né! Meu livro não é tão bom assim, mas nois releva...), minha lindíssima e maravilhosa amiga Jullie-san escreveu uma história, e pediu para eu publicar aqui! (Então... essa foi a parte que ela salvou minha pele!)

A história é um pouco grande (por isso, dividirei em partes) e MUITO cativante!

Espero que vocês gostem assim como eu!

E deem amor à Jullie-san ! Que foi a escritora dessa história (Stigma), e merece muito mais do que se pode imaginar! Muito obrigada, miga❤️

Então sem mais delongas...

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"Você já ouviu falar em Omelas?"
"Omelas?"

De um momento para o outro, nada mais era ouvido ou sequer visto.
Uma imensidão escura e vazia, apoderava-se do local.
Não importava o quanto andasse, não ia a lugar algum.
Conforme andava, uma estranha sensação de tontura e, uma melodia tocada por um piano, juntamente de uma voz rouca e encantadora, que cantava tristemente diante da escuridão, surgiam do vazio.
"Sumgyeowasseo I tell you something"
(Eu estive escondendo isso, vou te contar uma coisa)
"Geujeo mudeodugien"
(Apenas para deixar enterrado)
Mas o que é essa voz?; perguntava-se
"Ijen beotil suga eobneun geol"
(O que eu não posso mais suportar)
"Wae geuttaen mal mot haenneunji"
(Por que eu não podia dizer, então?)

A tontura a tomava por completo e, logo, dores de cabeça começaram a surgir.
"Eochapi apawaseo"
(Isso machuca)
"Jeongmal beotil suga obseul geol"
(Então eu realmente não podia suportar mais, de qualquer forma)

Ao longe, uma figura encontrava-se ajoelhada no chão escuro, encoberta, por um tecido branco que caia sobre a mesma da imensidão escura.
Ao encarar aquela figura que estava de costas para ela, uma dor aguda atingiu sua cabeça.
Por fim, a dor tornou-se insuportável, fazendo-a desabar.
E, todo o som presente no local se dissipou, sendo o único som ouvido antes de perder a consciência, um sussurro, carregado de dor.
"Mian... ( Me desculpe )"

Repentinamente, a mesma encontrava-se sentada em um banco, no meio do que lhe parecia uma praça.
Crianças risonhas passavam por ela, pais andavam tranquilamente vigiando seus filhos, e, pássaros cantavam harmoniosamente sob o céu impecável.
Mas, o quê?
Mesmo sem entender absolutamente nada do que lhe ocorria, a garota virou sua cabeça num movimento rápido ao ouvir seu nome ser chamado.
_Annyeong! - saudou alegremente um garoto baixo e sorridente – Quando você voltou? Eu senti tanto a sua falta!
O mesmo, era pálido, com cabelos meio ondulados tingidos de rosa, belas feições com traços asiáticos e um sorriso encantador estampado no rosto.
Quem é ele?; perguntou-se mentalmente.
Mesmo não o conhecendo, ele parecia familiar.
Ele, parecia conhecê-la, todavia, ela não sabia quem era ele ou até mesmo, onde estava.
Ela permaneceu calada e para sua surpresa, o garoto, que aparentava tem sua mesma idade, apenas alargou seu sorriso.
_Você continua a mesma! - sorriu ele – Continua calada e tímida como sempre!
Isso lhe pareceu um elogio, no entanto, não sabia se deveria sentir-se bem com tal ato, pois, dúvidas e perguntas rondavam incontrolavelmente por sua cabeça.
_Isso é ótimo! - continuou – Gosto disso em você! Venha, vamos até os outros!
Sem esperar qualquer resposta vinda da garota, ele agarrou gentilmente seu pulso e, arrastou-a pela cidade.
Enquanto caminhavam lado a lado pelas ruas da cidade, a garota sentia-se estranha e desconfortável, pois, tudo ali, aparentava ser perfeito demais.
E ao descrever como "perfeito", é em seu sentido literal, todos, eram sorridentes demais, organizados demais e, como dito anteriormente, perfeitos demais.
Ao passarem pelos vários estabelecimentos daquele município, ela pôde notar que: todos os arredores estavam decorados e, os que não estivessem, estavam em processo de decoração.
O que está acontecendo aqui? ; pensou.
_Então... - começou docemente o rapaz de capelos rosados ao seu lado, quebrando o silêncio - Você vai ao baile do Festival de Primavera, Noona?
_Baile do Festival de Primavera? - questionou ela, na qual a pergunta deixou seus lábios sem permissão.
Ele a encarou com um sorriso doce, seus olhos formavam um lindo eyes smile.
_Sim, esqueceu-se? - Um dos maiores eventos de Omelas!
_Omelas...
Por que esse nome lhe parecia familiar?
_Ah, falando nisso...- continuou ele - Você já tem acompanhante? Eu adoraria ir com você ao baile!
Ela apenas sorriu em resposta, pois, nãos estava mais prestando atenção no garoto.
Omelas...
Por que elas se sentia triste estando ali?
Perdida em pensamentos, ela quase não notou quando o rapaz ao seu lado parou de andar.
Ambos, encontravam-se defronte à uma quadra externa e aberta de basquete, onde, cinco garotos disputavam uma partida.
_Muito bom, Hyung! - gritou alegremente o menino de cabelos rosados à um que parecia mais velho e, que havia acabado de marcar uma cesta.
Este, era extremamente pálido, tinha uma bela aparência e curtos cabelos lisos e negros.
Ao parabenizar o amigo, o rapaz chama atenção dos outros que, ao encará-lo, sorriram e, ao notarem que estava acompanhado, sorriram ainda mais.
Por que todos aqui sorriem tanto? ;questionou-se mentalmente.
_E aí, Jimin! - saudou o mais alto, que aparentava ser o líder do grupo.
Algo que não deixara de notar, todos tinham traços asiáticos.
_Noona, a quanto tempo! - um garoto pálido, moreno e com um lindo sorriso que se assimilava de forma fofa à um coelho, aproximou-se da garota.
Logo, todos aproximaram-se sorrindo e dizendo o quanto sentiram falta dela.
Embora lhe parecessem familiares, ela, ainda não sabia de onde os tinha visto ou até mesmo, se os conhecia.
Pelo menos, assim achara.

Passaram-se horas, e durante esse longo período de tempo, aqueles seis garotos, insistiram em levá-la à todos os cantos de Omelas.
Locais como: A sorveteria, a loja de doces, o fliperama e o Parque de Diversões, foram visitados pelo grupo.
No fim da tarde, os amigos, exaustos pelo longo dia de atrações, sentaram-se à beira mar, apreciando o Sol que se punha no horizonte.
_Ah, eu estou morrendo! - comentou dramaticamente Yoongi, o moreno extremamente pálido, na qual, um semblante cansado esboçava-se em seu rosto – Eu deveria estar dormindo, mas vocês me arrastaram pela cidade toda.
_Nós? - repreendeu-o Hoseok, seus cabelos lisos tingidos de tons que se assimilavam a magenta balançavam conforme a direção dos ventos. Este, fingiu indignação. - Você praticamente implorou pra irmos no "Castelo do Terror"!
Todos riram quando Yoongi fechou a cara ao receber tal resposta do amigo.
A garota, que encontrava-se sentada entre os mais novos, - Jimin e Jungkook - pôs-se à pensar.
Era aparente que já estivera ali, mas quando?
Foi nesse momento que notou, Jin encontrava-se afastado do resto do grupo.
Seokjin era o mais velho de todos ali. Este, possuía em suas belas feições, traços asiáticos, cabelos curtos e lisos de um tom castanho claro e pele pálida.
O maior encontrava-se sentado próximo ás margens da praia, encarando silenciosamente o pôr do Sol.
De todos, ele foi o que mais se manteve quieto.
Por impulso, a jovem aproximou-se do rapaz e sentou-se ao seu lado.
Longos minutos de um silêncio tortuoso se passaram, deixando, a menina desconfortável.
_Como você voltou? - questionou Jin, quebrando o silêncio que havia entre os dois e, fazendo a garota encarar-lhe, confusa.
Ele suspirou.
_Como conseguiu voltar? - continuou – Aqueles que se afastam de Omelas, nunca retornam.
Ela apenas o encarava, não saberia responder a pergunta do rapaz, pois, nem mesmo ela sabia a resposta.
_Se eu fosse você, eu não voltaria.
A menina arregalou os olhos, O quê?
_Por quê? - indagou.
Ele a olhou, seus olhos traziam consigo culpa...
_Eu não consigo mais viver com a culpa – confessou, seus olhos escuros marejavam -, mas sou covarde demais para deixar Omelas.
_Culpa...?
Ele a encarava nos olhos. Seria essa uma das consequências de afastar-se de Omelas? Esquecer-se desse lugar?
_Esqueceu-se? - perguntou, voltando à encarar o mar – A criança de Omelas...
Como supôs, Seokjin notou que a garota continuava sem entender.
_Omelas é a cidade "perfeita", sem defeitos, sem soberania, sem infelicidade – a garota ouvia atentamente cada palavra dita pelo mais velho - Porém, para que a cidade "Incrível" se mantenha, para que sua vida seja incrivelmente sadia e plena, uma criança precisa viver na miséria, infeliz, na escuridão, presa na sujeira, nos porões da cidade, em uma salinha sem janelas. É este o segredo da cidade que a mantém funcionando.
A garota o encarava indignada.
_Isso é sério? - questionou e ele assentiu em resposta – E alguém mais sabe disso?
_A partir de entre oito e doze anos, - contou Jin – os anciãos nos levam até o subterrâneo e nos contam o segredo da cidade.
_E todos aceitam isso sem discussão?
_O rapaz suspirou, prosseguindo:_ A maioria, sim, já outros, aqueles que não concordam, vão embora. Você foi um deles, você decidiu afastar-se de Omelas.
Novamente, ela arregalou os olhos, encarando-o surpresa.
_Eu?
Jin apenas assentiu.
_Você não aceitou que alguém sofresse daquela forma e foi embora. Eu ainda me lembro daquele dia...
Seokjin piscou fortemente, fazendo, com que uma lágrima deixasse seus olhos e desliza-se sobre sua pele pálida.
Um longo silêncio instalou-se entre os dois.
_Hey, gente ! - chamou-os Hoseok – Vamos para casa, está ficando tarde!
Ambos levantaram e foram ao encontro do resto do grupo.
Enquanto todo o grupo conversava e brincava animadamente, Jin e a garota encontravam-se mais afastados de todos, em silêncio.
_Onde ela está? - questionou a garota à Seokjin, num murmúrio, enquanto caminhavam pelas lado à lado pelas ruas iluminadas de Omelas.
_Ela?
_A Criança de Omelas – respondeu baixo.
Ele pensou por um minuto.
_Eu não sei – murmurou em resposta – Apenas os anciões sabem...
_Ah...
A garota suspirou, o desapontamento era perceptível em sua voz, porém, Jin parecia saber de algo...

Após alguns minutos, a garota novamente ficara sozinha na companhia de Seokjin, pois, todos já haviam retornado à suas respectivas residências
_Se quiser, você pode passar a noite lá em casa – sugeriu o rapaz -, há quartos de sobra.
_Não precisa, Jin, eu serei um incômodo.
_Não pense assim, Jagi – ele sorriu docemente – Sempre estou sozinho por lá, sua presença não seria o menor incômodo.
_Obrigada, Oppa.
_Não me agradeça, - sorriu - é o mínimo que posso fazer, maninha.
Ele riu enquanto bagunçava levemente os cabelos da menina num ato amigável.


[CONTINUA...]

Dias de Trouxa - Imagine BTS (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora