CAPÍTULO 7

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31 de Março, 9h18, Campus da Universidade

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31 de Março, 9h18, Campus da Universidade

- Sabrina Borghi, pode voltar aqui nesse instante! – a bruxinha se encolheu no exato momento em que viu a artista no corredor comum de seus dormitórios, e, notada em seguida, acabou se esgueirando até deixar o prédio, sendo então interceptada pela amiga.

Apertando os olhos como qualquer criança pequena que sabe que fez o que não devia, ela rodou no próprio eixo, encarando Mariah por entre os olhos apertados.

- Você tá é louca se acha que vai pra sua aula agora sem antes sentar comigo e me dizer o que cargas d'água estava escondendo esse tempo todo.

- Ver você agir como mãe é novidade. – murmurou derrotada, jogando a mochila vermelha no gramado e caindo sem delicadeza ao lado da mesma.

- Bom, eu não posso ser a inconsequente do grupo quando você e o Hugo tão ocupados tomando meu lugar, não é? – Mariah preferiu olhá-la de cima, as mãos em punho na cintura, antes de se juntar à loira. – E então?

- O que você quer que eu diga, Mariah? – ela tinha um tom cansado e olhos brilhantes, um convite para que tudo fosse perdoado e esquecido sem mais delongas, mas a morena não ia cair no truque.

- Você pode começar pedindo desculpas. Eu não merecia ter que descobrir junto com o resto da faculdade. – suspirando, Sabrina resolveu que ela estava certa e merecia explicações.

- Eu achava que... Se ninguém soubesse, eu podia fingir que não estava acontecendo.

- E por que você ia querer isso? – franziu a testa, sem entender.

- Porque eu não sabia o que estava acontecendo. Era pra ser algo sem compromisso e quando eu vi... Já estava dando ataque de ciúmes pelas assanhadas da sala dele de Economia.

"Puta merda", Mariah pensou. "Não era só um lance."

- Você sempre foi ciumenta.

- Lembra quando eu troquei a tinta da Heloísa porque ela estava muito próxima de você? - disse em tom conspiratório.

- Ela tinha horror a azul. - Mariah concordou. - A tela foi inteira para o lixo e ela teve que pagar o material inutilizado para a Universidade.

- O que prova como eu não sei lidar muito bem com sentimentos intensos. - Sabrina concluiu, suspirando. - Já estava dando a louca pra cima dele só de imaginar coisas, então é de se imaginar que esse negócio de não ter laços não funcionou muito bem.

- Mas ele não queria nada sério? - a artista questionou. Hugo gostava de festa e de pegar gente como qualquer universitário padrão, mas ela não se lembrava dele abominar qualquer tipo de relacionamento. Na verdade, em uma ou outra ocasião, tinha certeza que ele quem tinha levado um pé na bunda por só ter sido usado para sexo.

- Ele nunca disse isso exatamente, mas foi meio que um acordo que pairava no ar entre a gente. - explicou. - Acho que muito pela forma como tudo começou...

[Degustação] Amigos com BenefíciosOnde histórias criam vida. Descubra agora