Capitulo 1

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Enrico Ferraro

6 anos e meio, 2.372 dias..., ou mais E nada mudou, não dá forma como eu esperava, ao menos. .. Sai de Roma após saber que eu não era bom o suficiente para a Giovanna fui trocado por um filho de papai influente... Sai de lá com o coração partido, e uma mão na frente e outra trás.. vim para Salerno para reconstruir minha vida , consegui dinheiro, reconhecimento mas a maldita ferida no coração continua la, do mesmo jeito de quando sai.. Nunca busquei notícias de lá,  e também nunca mandei notícias minhas, embora certamente eles saibam já que meu nome ficou conhecido em toda toda a Itália.  Seis anos aos quais me fechei para o mundo ... não ah ninguém nesta vida que possa preencher o vazio que a Giovanna causou, ninguém que possa curar essa ferida.

-- Sr. Ferraro .... - sou tirado dos meus devaneios pela minha segunda mãe.

-- Oi Margot

--  Vai ficar olhando essa janela mais uma vez?

-- Estava pensando... só pensando

-- Pensando nela de novo? - ela para ao meu lado

-- Queria poder esconder as coisas de você Margot.. mas vejo que me tornei muito previsível.

-- Toda véspera de Natal é o mesmo ritual ... você passa o dia todo de pijama, não atende o telefone, me proíbe de fazer ceia, depois me manda embora. .. E fica olhando por essa janela até o dia amanhecer.

-- Eu juro que este ano dormirei mais cedo Margot... É que eu não tenho motivos pra comemorar... Acho que já conversamos sobre isso.

Volto a olhar para fora.. e o meu interfone toca. .. mas eu não estou esperando ninguém. Meu unico amigo Marco sabe que não deve aparecer por aqui na data de hoje.. data na qual eu sai da minha cidade pra nunca mais voltar .. nem hoje e nem amanhã, e o meu momento de auto flagelação como o próprio diz

-- É uma moça chamada Sandra... Disse que veio em nome da Giovanna.. - paraliso ao ouvir o nome dela...

-- Giovanna? Manda subir Margot..

Fico parado no meio do apartamento esperando pra saber o que a Giovanna tinha de tão importante a me dizer,  que precisou e uma garota de recados.... Algum tempo depois a campainha toca, ao abrir a porta me de paro com uma garotinha de cerca de 6 anos, loirinha, de olhos claros como os meus, me encarando, ela está abraçada a um bicho de pelúcia encardido, e uma mala ao seu lado, ouço o elevador descer e fico parado olhando para aquela criança sem saber o que dizer... Quem é esta criança e qual maluca a deixou na minha porta.

-- Oi você é o meu pai? Mamãe falou de você que você vai cuidar de mim. - ela fala tão rápido e não da pra assimilar nada que ela fala a unica palavra que entendi foi pai.

-- Quem é a sua mãe? E quem te trouxe até aqui?

-- Minha mamãe é a Giovanna e eu vim com amiga dela a Sandra, mas ela disse que tinha que ir embora e que era para esperar você abrir a porta.

-- Você é filha da Giovanna? Margot pede pro porteiro não deixar a moça que subiu ir embora. .- olho pra criança assustada na minha porta. -- Entra pequena - ela esboça um sorriso,  pego sua mala e deixo no meio da sala.

-- Senhor, ela já foi embora. . Quem é esta criança.

-- Nossa que grande - ela olha olha a casa -- To com sede. E quem é você, minha vovó? - ela olha para Margot.

-- Esta é a Margot minha amiga, esta Margot é a filha da Giovanna

-- A sua Giovanna? - me olha atenta

-- Você também conheceu a minha mamãe? Ela falou para mim que ele é o meu papai, tenho uma foto dele com a minha mamãe guardada

-- Qual seu nome pequena? - me sento sem entender o que está acontecendo

O Presente de Ferraro (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora