Um Amor Impróprio (quase ao fim)

Capítulo 10

    Nunca fui tão feliz como estou sendo desde que iniciou-se essa quente e intensa paixão por Ricardo, a qual, inclusive, têm sido a cura do meu estresse contínuo e ansiedade.
Este homem definitivamente é meu amor verdadeiro, o homem que sempre sonhei em meus doces e inteligíveis delírios originários de uma jovem de dezenove anos.
Ricardo me proporciona aventuras e rotinas que nunca havia vivido em toda a minha vida, o que a cada dia mais me fascina e me faz apaixonar por ele. Sua personalidade alegre e bem humorada me convida indiretamente a querê-lo mais e mais, além de se encaixar perfeitamente em meus gostos e preferências, tornando nossa relação completamente preenchida e recíproca.

_______________________________

    Este mês de Julho se foi deixando marcas e acontecimentos que jamais sairão da história dessa paixão. Momentos de completa felicidade, amor, desejos, conquistas, risadas e evoluções, tanto em nossos encontros por aqui quanto nas viagens à Cabo Frio...

[ 9 de Julho, 4h00PM ]

    Como combinado, à convite de Clara e Luciana (sua mãe), eu passaria metade das férias de Clara em sua casa e, o melhor de tudo, sem minha família.
Eu estava pronta, com as malas também prontas. Aguardava ansiosamente pela vinda de Luciana para partirmos para Cabo Frio, já que ela já se encontrava aqui no Rio devido à comemoração do aniversário de seu sobrinho.
Ricardo já estava por lá pelos serviços que anda cumprindo, então decidi fazer uma surpresa. Não o comuniquei que estava a caminho nem dei suspeitas, quis apenas chegar lá e dar de cara com ele na casa de Alexandre. Ele provavelmente ficaria um tanto envergonhado por não ter tido tempo de se aprontar para minha ida, mas com toda a certeza abriria um enorme sorriso ao me ver.

    Finalmente, Luciana chega.

Pus minhas malas na traseira do carro e, ao olhar para dentro do mesmo, avistei-o lotado. Vários primos e primas de Clara e de Nathalia estavam presentes, o que significou que eu teria de ir no colo de uma delas assim como os outros.
Adorei aquilo, pois adoro uma "zona", além de me dar muito bem com eles.

    No caminho, recebi a informação de que Gustavo (um dos primos) e Gabriel Reed (meu cunhado, namorado da Nathalia) desceriam no meio do caminho, o que foi um alívio pra mim pois haviam 7 pessoas naquele carro, uma no colo da outra... sufoco total.
Ao saltatem, tratei logo de me assentar no banco, quase beijei-o por sinal, e pus meu fone de ouvido.

Eu estava acabada de fome por não ter tido tempo de almoçar devido à correria daquele dia, portanto, estava ansiosa para qualquer parada em um posto de abastecimento.

    A viagem seguiu e não demorou muito para que o sono me atingisse. Pus um travesseiro no colo da Clara e deitei-me, pegando imediatamente no sono com a ajuda de um cafuné no cabelo - um dos meus pontos fracos - feito pela mesma.

    Despertei com o pausar do carro e, ao abrir os olhos, tive a bela visão da loja de conveniências na qual vende meu salgado favorito, em Itaboraí. Não poderia ter acontecido algo melhor!
Tratei de apanhar grana e descer para comer, juntamente com minha irmã, enquanto Luciana abastecia o carro.
Clara optou por um croissant de frango com catupiry mais um guaravita e eu pela famigerada "Coxinha Magnífica", o que não me impedira nem um pouco de dar uma boa mordida no croissant da Clara.

    Retornamos ao carro e devoramos aqueles salgados como se fossem os últimos do mundo, seguindo viagem todos a dialogar.

[ 8h00PM ]

    Não sei o porquê, mas todas as vezes em que passamos pela portaria do Condomínio dos Pássaros, me vêm um frio na barriga. Provavelmente por ser o meu ponto de paz e liberdade, além de trazer à memória as aventuras que vivi ali e o início da minha história com Ricardo, a qual segue tendo uma longa continuidade.
Enfim chegamos.