Capítulo 8

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[ Dias depois ]

   Assim que despertei, por volta das 10h30AM, tive uma séria briga com Alexandre por pura falta de respeito e consideração de sua parte devido ao seu elevado estresse. O que foi a gota d'água, pois há meses tenho me sentido mal morando com ele e minha mãe pelas constantes discussões e falta de paz naquela casa.

Decidi, pelo meu bem, não mais morar ali.
Naquele mesmo dia arrumei minhas coisas em minha mochila, desmontei meu computador pondo-o em malas, solicitei uma viagem pelo aplicativo e vim morar com meus avós, em Nova Iguaçu.
Eu não tinha mais condições de suportar tudo aquilo. Aqueles confrontos diários deles dois aturdiam completamente meu psicológico e pioravam ainda mais minha ansiedade - da qual tento me curar há longos anos.

Assim que cheguei aqui, cumprimentei meus avós tomando-lhes bênção e expliquei toda a situação ocorrida. Eles logo permitiram minha vinda.

Minha tia, Aninha, também passou a morar temporariamente aqui, após a empresa onde trabalhava falir e ela ser obrigada, consequentemente, a sair do aluguel. Atualmente ela está em outro emprego, e almeja em breve se mudar.
Estou feliz por estar morando com ela, afinal, é minha melhor amiga em todos os momentos, além de ser uma mãe melhor que minha própria mãe para mim.

Desfiz então as malas, pondo-me em seguida a tomar um bom banho quente e relaxante, pois meus nervos estavam à flor da pele. Vesti-me com um conjunto de moletom e decidi preparar um café.

Era uma quarta-feira, 4h30PM e Aninha chegaria de viagem no dia seguinte, pois trabalha offshore.
Segunda-feira eu teria de acompanhá-la até o hospital, pois ela faria cirurgia plástica e me pediu que ficasse de acompanhante.
A véspera da cirurgia havia esfriado um pouco minha mente, pois só conseguia pensar em ser otimista por ela, dando-a total apoio e suporte.

Tomei um café da tarde junto com meus avós e subi para meu mais novo quarto - o qual Aninha aceitara compartilhar comigo. Deitei-me, pegando no sono.

Despertei por volta das 6h30PM, conferi meu celular e havia mensagem de Ricardo.
Expliquei a ele toda a situação que acabara de ocorrer e ficou indignado, dando-me total apoio.

[ Domingo, 4 de Junho ]

Decidi não acompanhar meus avós até a igreja, pois não estava me sentindo bem - sim, indo à igreja eu provavelmente me sentiria bem, porém estava desanimada.

Conversei com Ricardo por mensagens durante a tarde inteira, o que me fez ter a ideia de encontrá-lo após meus avós irem à igreja.
Ricardo concordou e, assim que partiram, tratei de lhe avisar pois ele viria me buscar.
Tomei um banho, pus uma calça jeans preta, um cropped azul de alça e um casaco verde-água. Optei por não passar maquiagem, já que esperava por um simples encontro apenas para nos vermos.
Eu precisava informar minha saída aos meus avós de alguma forma, pois não possuem telefone celular. Então, escrevi um bilhete dizendo que tomaria açaí com uma amiga e que não voltaria tarde. Prendi-o na porta e terminei de pentear meus cabelos.

Assim que pronta, Ricardo avisa que estava chegando. Guio-o então por telefone e ele logo chega aqui.
Ele havia vindo de moto, o que me deixara bastante desconfortada já que tenho um certo receio de motos. Ricardo vestia uma camisa branca de manga longa, uma calça jeans. Um tênis e o capacete - o qual o havia deixado bem sexy.

— Boa noite, gato! Que saudades! - Cumprimento, abraçando-o.

— Oi, minha princesa! Tudo bem?

— Tirando o fato de que vou ter que subir nessa coisa, está tudo ótimo! - Rio.

— Fica tranquila, vou devagarzinho!

Um Amor Impróprio (quase ao fim)Onde histórias criam vida. Descubra agora