Capítulo 7

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[Quase um mês depois]

   Finalmente, meu celular chegou.
Eu o havia pedido semana passada, fiquei aliviada por ter chegado tão rápido. 

   Desde o encontro com Ricardo na cafeteria, nunca mais nos vimos. Porém, este fato estava prestes a mudar, pois hoje mesmo iremos à Cabo Frio - o que foi decidido em última hora.
Eu infelizmente não teria total liberdade com Ricardo na casa, pois minha mãe nos acompanharia. Mas para tudo na vida se arranja um jeito.

Ricardo já estava na casa de praia, pois semana passada, Alexandre obteve uma emergência na obra e por isso foi até lá, levando Ricardo, que ficou por lá quando Alexandre retornou ao Rio.

Como de costume, me preparei por inteira naquele dia para a viagem - melhores roupas, melhores sapatos, biquínis e maquiagens na mala. Afinal, o que é uma mulher sem um tanto de vaidade?
Sempre fui uma jovem extremamente vaidosa, e com a chegada de Ricardo, isto se tornou parte da minha rotina diária. Estava sempre cuidando da minha pele e cabelos com diversos produtos, repleta de autoestima.
Nossa relação está cada vez mais afetiva e íntima, já que estamos nos falando todos os dias por telefone.

[ 16h30 ]

Pusemos nossas malas no carro, fizemos uma oração para que a viagem seguisse em segurança e partimos.

No caminho, segui pensando em possíveis formas de conseguir ter um tempo à sós com Ricardo, em meio a presença da minha mãe. O que seria extremamente difícil, já que eu tentava ao máximo despistar nosso lance.
Porém, estava otimista apesar de tantos empecilhos.

[ 20h05 ]

Chegando em Cabo Frio, decidimos passar em um supermercado da cidade e comprar uns ingredientes para um lanche.

Eu estava inspirada naquele dia. Decidi então pegar ingredientes de bolo. Assim fiz.

Chegando ao condomínio, tiramos as malas e bolsas do carro e entramos.
Ricardo assistia tv com o pedreiro e, assim que o olhei, pensei em como ele estava lindo. Estimei que ele havia acabado de tomar um banho devido à sua aparência, além de estar deliciosamente cheiroso.
Minha mãe estava presente, então, meu cumprimento à Ricardo não passou de um boa noite. O que foi um tanto estranho para mim.

Subi, levando minhas malas para pôr em meu quarto. Selecionei uma roupa casual, já que após o lanche, desceria à encontro dos amigos.
Vesti-me, em seguida desci para ajudar na preparação do lanche. Cuidei dos sanduiches naturais enquanto minha mãe preparava o suco.
Eu não conseguia parar de fitar Ricardo com olhares, e, pelo que notei, ele também não.
Eu precisava parar com aquilo antes que minha mãe percebesse. Mas era quase impossível.
Eu estava cada vez mais fascinada por ele, lembrando de sua voz ao dialogar, seus olhares me fitando, seu sexo, seu enorme carinho para comigo, seu jeito calmo e encantador...

Eu poderia dizer que estava quase apaixonada por aquele homem, mesmo tendo a dúvida da reciprocidade martelando em minha mente...

Despertei-me do transe assim que escuto uma gargalhada de Ricardo ao programa de televisão. Naquele momento, o que se passava em minha mente era o quanto a gargalhada dele soava de forma gostosa e contagiante. Ri.

Alexandre havia ido buscar Clara em sua casa, no mesmo condomínio. Assim que chegam, dei-a um abraço forte, pois ela me faz uma enorme falta por morar lá.
Após comermos, eu não estava mais afim de descer. Queria ficar ali, perto de Ricardo. Decidimos então descer um pouco mais tarde.

Clara tem uma linda cadela, Amora, pela qual sou apaixonada, e a qual também estava presente.
Ela é uma Shih-tzu de dois anos de idade, branca com manchas marrons. E eu, louca por animais, fiquei mimando a cadela o tempo inteiro. Tirei até fotos com ela, afinal, não tem uma vez em que me deparo com animais e não tire fotos.

Um Amor Impróprio (quase ao fim)Onde histórias criam vida. Descubra agora