Capítulo 13

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[15 de Julho]

   Não havia nem dado tempo de sentir a falta de Ricardo, quando recebo a notícia que de que novamente iríamos à Cabo Frio devido à uma emergência na obra. O que significava que Ricardo também iria. Eu, como sempre, não tinha motivo importante algum para estar por lá, mas sempre vamos à passeio.

   Fizemos uma breve refeição e logo começamos a nos aprontar para a viagem. Na verdade, nem sei se chamo mais de "viagem", pois nossa frequência por lá tem sido bem constante.
Arrumei minha mochila com meia dúzia de roupas, poucas maquiagens e 1 tênis, nada mais que isso pois passaríamos apenas 2 dias. Mandei mensagem para Ricardo pra confirmar de fato sua ida e, como de costume, ele já estava com tudo pronto.

   Cara, não há felicidade MAIOR do que ter pra mim que mais aventuras incríveis marcarão minha história com Ricardo.

    Na ida, como de costume, Ricardo se presta a me trazer um copo de café, na parada para o abastecimento. Sempre cavaleiro! Desço do carro e o agarro, abraçando-o o mais firme possível.
Inclusive, minha mãe tem digerido bem meu relacionamento com Ricardo, por incrível que pareça. Ambos já interagem um com o outro sem restrição alguma, o que aumentou a frequência de Ricardo na minha casa.

   Seguimos viagem e chegamos por volta das 9:00PM. Ele e eu estávamos com planos de sair juntos assim que chegássemos, mas devido ao engarrafamento que pegamos na Ponte Rio-Niterói, nos atrasamos e ficou tarde demais. Então decidimos descer para o play do condomínio.

Fazia um friozinho acompanhado de um vento gelado e, pela noite estrelada, nos deparamos com um clima romântico o qual nunca havíamos sentido juntos. De mãos dadas, fomos andando até que avistássemos algum lugar para nos sentar.
Passamos em frente ao bar do condomínio (Toca da Coruja), e Ricardo me perguntara se eu gostaria de beber algo. Neguei, então prosseguimos.

A primeira coisa que vi pela frente foi um dos brinquedos do play de madeira, o qual tinha como assento um tronco grosso que devia caber umas 5 pessoas sentadas, e que balançava pra frente e pra trás.
Corri até ele e me sentei, risonha, olhando em seus olhos com o intuito de ver sua reação. E não é que ele me acompanhou?
Agora tínhamos duas crianças felizes usufruindo clandestinamente do play cuja tolerância de idade é até os 12.

    Havíamos nos sentado de frente um para o outro...
Me aproximo dele, pondo minhas duas pernas nas suas, uma de cada lado; envolvo meus braços em sua nuca e o beijo, da forma mais suave e apaixonada possível.
Fiquei um tanto excitada, afinal, seu órgão se encostava no meu.
Ricardo retribuía as carícias com suas mãos pelo meu corpo, incluindo partes íntimas... não teria como usufruir daquela noite de uma forma melhor.

    Me peguei pensando no quanto Ricardo e eu estávamos íntimos, à ponto de segredos sigilosos serem compartilhados. E a cada dia aquela intimidade aumentava...

   Ricardo é uma pessoa um tanto hiperativa. Se levantava, sentava, se levantava, sentava, enquanto contava suas historias de vida - desde as mais desastrosas até as mais engraçadas. Ria, fazia gestos, dava pulos quando necessário, e aquilo enfatizava bastante os acontecimentos das suas histórias... (risos);
e eu só sabia estar ali, admirando cada bobagem e gargalhada de Ricardo, fitando-o com olhares apaixonados e surpresos com o tamanho bem que aquele homem me fazia. Ri bastante, tanto de suas risadas contagiantes quanto de suas histórias loucas da adolescência, sub-torcendo para que aquele momento se esvaísse o mais devagar possível...

  Continuamos ali, curtindo aquela agradável noite de comédia e amassos, até decidirmos voltar para casa, pois já estava tarde.
Estavam todos dormindo, o que significava que minha noite junto a Ricardo estava garantida.
Tomamos um banho silenciosamente, um de cada vez, e passamos um tempo na sala assistindo TV.

O sofá é um sofá-cama velho, e foi ali mesmo que decidimos passar nossa noite. Não tínhamos nada a perder já que só nós dois estávamos acordados na casa.

   Eu me encontrava cansada e sonolenta. Confesso que não estava disposta a ter relações com Ricardo naquela madrugada, e fui sincera. Ele estranhou, porém relevou. Dei-o um beijo de boa noite e me deitei, virando para o outro lado.

— Assim fica difícil. - Alega.

— O quê? Pergunto, crendo que ele se referia ao fato de eu ter recusado seu pedido.

— Você deitada do meu lado com e as roupa e eu sem poder fazer nada...

— (risos) Se acostume com minhas roupas de dormir, meu bem. - Digo, com um tom safado.

Retorno à tentativa de cair no sono, virando novamente para o outro lado.

— E se eu fizer desse jeitinho assim, o que você faz? - Pergunta, passeando vagarosamente sua mão por baixo de minha blusa em direção à meu seio, tocando o bico suavemente.

Cachorro! Ele sabe que ter os seios estimulados é o meu mais forte fetiche!

Imediatamente, meu órgão se ativa em alto grau. Dou um suspiro involuntário, o que fez Ricardo perceber que conseguiu mexer comigo.
Droga!

Ele então insiste em prosseguir com o jogo baixo, encaminhando sua mão até minha intimidade, a qual foi facilmente alcançada por estar coberta apenas por um short largo de dormir. Tentei por poucos segundos não parecer tão fácil, o que foi uma missão impossível.
Abro um pouco, involuntariamente, minhas pernas e levo minha mão direita até sua nuca. Ricardo então se achega à mim, encostando seu órgão em minha traseira e sela meu pescoço com seus lábios quentes molhados.
Aquele homem conseguiu me fazer desejá-lo dentro de mim num nível estonteante.

Tudo o que me restou foi me doar inteiramente para Ricardo, deixando ele fazer o que bem entendesse comigo - o que a partir dali se tornou meu maior desejo.

Ele então encaminha sua boca até meus seios, sabendo que com isso me deixaria, literalmente, escorrendo de desejo por ele.
Fiquei completamente fora de mim.
Só conseguia pensar naquela língua que sugava tão incrivelmente o bico dos meus seios, na minha intimidade...

Ricardo prossegue com o ato ao ver meu estado, e cuidadosamente se encaixa em meu corpo sobre mim. Logo, beija minha boca lentamente e me penetra.
Gemi alto naquele segundo, pelo prazer indescritível que sentia.

— Ah sua safada, que gemida deliciosa! - Exclama aos meus ouvidos, com voz baixa e instigante.

    Ricardo me teve naquela noite com movimentos lentos e seus deliciosos gemidos...
Tudo o que deveria ser feito, assim foi feito. E da melhor forma possível.
Ricardo chegou ao seu ápice.
Eu cheguei ao meu ápice, com a impagável visão de sua boca sugando minha intimidade.
E, como em todos os meus momentos a sós com Ricardo, ocorreu da mais intensa forma.

   Findar aquela noite jogada em seu peitoral, nua, ofegante e trêmula, resume o mar de sentimentos e desejos contidos em nossa relação. Assim sempre foi, assim segue sendo.

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Um Amor Impróprio (quase ao fim)Onde histórias criam vida. Descubra agora