Dois compromissos _ II

193 8 0
                                    

Embora ela sendo muito esquivada e nada complacente, depois de um tempo Marianella se desculpou com Tato, que ficou muito surpreendido com a força do soco dá pequena boxeadora. Ele se ocupou de dar uma segunda bem vinda ao lugar, ele a levou para  a cozinha e lhe contou alguns detalhes que Justina havia omitido. A cozinha estava repleta de canapés e salgados para a festa de compromisso que havia esse dia. Mar estava faminta, não comia desde a noite anterior, mas Tato recomendou não tocar na comida, o castigo seria pior do que a fome. Mar preferia os castigos à fome e, também, queria deixar bem claro, do começo, que era uma rebelde. Tato achou muito engraçado o jeito feroz como ela comia, e mais engraçado ainda quando viu Malvina entrar, que a pegou em plena ação. Como espectador ficou olhando a cena.

A poucas horas de compromete-se, Malvina estava histérica. Nada era como ela tinha planejado: as flores não eram tantas como esperava, nem os figurinos eram tão divinos, nem a música tão divertida. Então o único que  pensou foi em dividir seu nervosismo com seu prometido e chama-lo insistentemente pelo Telefone.

Por sua parte, Nicolás havia dito sim, mas era um consentimento cheio de duvidas alimentadas, além disso, por resistência do seu filho ao possível casamento, e por Mogli, o selvagem amigo de Nicolás, que desaprovava a futura esposa. Eles estavam sobrecarregados, haviam dado incio a um círculo vicioso, que só chegaria ao fim com a apresentação social a Bartolomeu, o único que poderia conceder à mão dá irmã.

- Acalme-se um pouco tonta! Quer que ele a deixe antes do casamento?

- Me entende, Bart... Eu estou super hiper nervosa! Não me diga  para me acalmar agora!

- Qual é o problema? - respondeu Bartolomeu ironicamente. Ah, espera... Tudo é problema! Há uma crise como essa! Começando  com o vestido! Tinha que ser Marfim claro e isso não é Marfim claro, é Marfim muito claro! - Mas
Tonta, o vestido é lindo!  E com certeza isso é Marfim claro.

- Sim? Mas claro que é claro! Asseguro e a olhou com ternura. Vai casar a tonta, Che? Aproveitou para perguntar Bartolomeu. O único que desejava era que esse casamento liberasse a herança.
_ Já falaram de datas? Não. Isso depende de Nick.

_Isso depende, como sempre, das mulheres, tonta, não esqueça!

Essa responsabilidade deixou Malvina mais nervosa, e apenas para ocupasse de algo foi para cozinha controlar o bufê, e ao ver Marianella decorando tudo com suas mãos sujas, explodiu.
O incidente lhe convinha para liberar todo o seu stress: empurrou com violência Mar e começou a dar gritos. Tira suas mãos sujas do bufê, moleque!

- Eu sou mulher.  - respondeu Marianella, irritada.
- moleque, não te ensinaram a respeitar aos demais?!

Marianella não tinha nada, exceto dignidade. E quando se falava de respeito, só sabia uma coisa: a ela se respeitava. Então observou  que sobre a mesa dá cozinha havia uma vasilha repleta de ovos brancos. Pegou um e com muita violência, repetiu: - Sou mulher! - e jogou com força o ovo contra o peito de Malvina. Uma raiva vermelha surpresa invadiu de tal modo Malvina que sua mão tomou impulso e um tapa forte terminou explodindo contra à bochecha de Marianella.
E a resposta que recebeu também foi automática, irracional: um soco preciso e forte cruzou a mandíbula de Malvina, que caiu desmaiada no local.

E a resposta que recebeu também foi automática, irracional: um soco preciso e forte cruzou a mandíbula de Malvina, que caiu desmaiada no local

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Por um instante se sentiu orgulhosa do soco que havia dado, mas pela cara de Tato compreendeu que estava em sérios problemas. Marianella decidiu que não ficaria ali para descobrir qual seria a castigo, e enquanto Tato tentava reanimar Malvina, pegou sua bolsa suja e esfarrapada, e fugiu.
Passou com toda velocidade pelo corredor deserto, e saiu dá mansão.
Como havia antecipado Justina, o portão estava fechado. Então sem perder um segundo, subiu o portão com agilidade.
Sempre olhando para trás, não viu a fonte de cimento que estava perto do portão, tropeçou e caiu de bruços​ na água.

Quase Anjos - A ilha de EudamónOnde histórias criam vida. Descubra agora