*Capítulo anterior*Como havia antecipado Justina, o portão estava fechado. Então sem perder um segundo, subiu o portão com agilidade.
Sempre olhando para trás, não viu a fonte de cimento que estava perto do portão, tropeçou e caiu de bruços na água.
______________________________________________________________________De repente uma mão à ajudou a sair. Era um garoto de sua idade,
talvez um ano maior, cabelo comprido, lido e castanho, com um sorriso perfeito e duas pintas em sua bochecha. Era Thiago, recém-chegado do aeroporto, que com um ar de cavalheiro perguntou, enquanto ela, encharcada, tremia:- E quem é você?
Marianela não podia pensar nem em seu nome. Só na estranha sensação que tinha em sua barriga, uma espécie de confusão misturada com calor. E um cheiro que ficaria impregnado para sempre: a água dá fonte estava repleta de flores de jazmin.
Assim funciona muitas vezes a providência: escapando do destino, não fazemos mais do que correr até ele. A magia durou apenas um instante, mais para Mar e Thiago o tempo se tornou espesso e os segundos se esticaram até o infinito. Até dois gritos despertarem ambos do transe.
Era Justina que, ao ver Marianella fora dá fundação e encharcada. Deu um grito indignada.
O outro, mais agudo proveniente da surpresa, deu ao reconhecer o filho de Bartolomeu.
Justina tinha uma terna devoção pelo menino Thiago, como ela o chamava; havia criado desde pequeno, sobre tudo desde que Ornella havia o abandonado.
Thiago tinha sentimentos mistos em relação a ela. Por um lado, a particular ternura, de Justina foi o mais parecido que teve a carinho maternal depois do abandono de sua mãe. Mas por outro lado, ela era a mão direita de seu pai, a quem apoiava em cada decisão.- Menino Thiago! Que alegria! Seu pai sabia que estava vindo?
- Não
Respondeu ele com um sorriso, e acrescentou com ironia:
- Eu queria fazer uma surpresa.
- E vai surrrpreender tanto!
Exclamo Justina, disimulando a tensão.Era evidente que não seria uma surpresa feliz para Barto. Entre outros motivos, porque a principal causa da partida de Thiago era para não conviver com os meninos da fundação.
Estando perto, Thiago poderia perceber as atividades que haviam ali. Por essa mesma razão Justina segurou nos ombros de Marianella e a tratou com uma forçada doçura.- E você o que faz, Marita, aqui fora?
Justina tinha essa antipática mania de deformar os nomes das pessoas que não li caíam bem.
- Já é tarde, é perigoso está na rua! Alem disso molhada?
- Ela tropeçou e caiu na fonte.
Explicou Thiago.
- Você mora aqui?
Perguntou diretamente a Marianella.
Mas Justina interrompeu de imediato esse diálogo, era gravíssimo que Thiago se aproximasse deles.- Sim, claro, Marianella é nova na fundação. Mas anda, Thiaguito, anda para ver seu pai. Está muito animado com o compromisso de sua tia Malvina.
- Malvina se compromete? Hoje? Eu amo o jeito que participo de tudo nessa família.
Disse outra vez irônico. E voltou a olhar Marianella, que não tirou os olhos dele.
- Você estava fugindo? Passou alguma coisa?
Ela quase respondeu, mas Justina segurou seus ombros apertando os mais, e sorriu de um jeito falso.
- Não! Pra que iria escapar, se está bem aqui! Mandei ela ir buscar Jasper, mas ela muito desajeitada subiu o porrrtão em vez de abri-lo! Anda, Thiaguito, anda!
- Aonde deve está?
Thiago mudou de assunto
- Deve estar no Jardim dos fundos.
Vou comprimento-lo.Disse ao passar e olhou Marianella de uma forma que acelerou ainda mais o coração da jovem.
- Nos vemos então.
Ela não respondeu.
Viu ele rodear a mansão até o Jardim dos fundos enquanto Justina esboçava um sorriso falso e a segurava pelos ombros.
Foi apenas Thiago desaparecer atrás da casa para Justina prostestar contra a pequena.- Então, fugindo, rrrata ingrata?
Marianella pensou em dizer algo, mas Justina puxou seu braço.
- Silêncio no enterrro, pirralha!
Gritou, trovejante
- Tente escapar mais uma vez e você vai ver onde vai parar.
Pegou ela pelo braço violentamente e levou novamente para mansão, e em tom de ameaça acrescentou:
- E nem ouse se aproximar do menino Thiago, esta claro? Esqueça ele.
Marianella olhou para ela sem responder nada. E pelo que expressava em seus olhos, Justina compreendeu que já era tarde: impossível Marianella esquece-lo.
Zeca, Gama e Aleli chegaram ao circo e deslizam com facilidade pela parte traseira. Na frente, abaixo do grande cartaz que dizia ( Circo mágico ), havia outro menor anunciando: ( Com a participação especial da bailarina do ar ).
Quando saiam para roubar, Rama tentava evitar que Aleli participasse. Ele fazia um trabalho duplo, por ele e por ela. Também sabia que sua amada irmã adorava circos. Por isso Rama gastou naquela tarde algumas moedas que haviam sido escondidas dos olhos de coruja Justina e á comprou um grande algodão doce. Procurou uma cadeira fazia e colocou ela lá para que disfrutasse do espetáculo enquanto ele é Zeca faziam o trabalho.
Os três tentavam levar com normalidade a vida que tinham, à cinco anos, na fundação BB. Eles jaeram especialistas na área. Nunca m roubar ao que faziam, e sim "trabalho".
Aleli se sentiu grata quando Rama disse que ela não iria trabalhar que ele iria fazer isso por ela.
E com um sorriso de felicidade aplaudiu os artistas circenses. A que mais gostou foi a bailarina do ar, uma acrobata loira, bonita, com enormes olhos azuis.
Aleli observava fascinada como a menina parecia voar pendurada em um pano, com enormes aasas brancas em sua costa. Mas nesse momento um homem gordo parou poucos centimetros em sua frente e ela viu que em seu bolso traseiro sobressaía uma carteira bastante cheia, como gostava Justina. Ela viu que Rama estava trabalhando e sentiu que dei ia ajudá-lo. A carteira estava a vista e graças a isso, quase sem deixar de comer o algodão doce, tirou ela de seu dono, que nem se deu conta.
Aleli viu que o homem olhava a hora em uma pequeno relógio Dourado ( Justina amava os relógios dourados ) e logo guardou no bolso da frente do colete. Ela também pensou que era uma tarefa fácil. E com a mesma traquilidade de antes o roubou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quase Anjos - A ilha de Eudamón
FantasyLivro- A ilha de Eudamón Os caminhos da bailarina Cielo mágico e do arqueólogo Nicolas Bauer se cruzam inesperadamente enquanto ele busca a sua tão sonhada ilha de Eudamón a ilha das crianças felizes, fazendo-os se apaixonarem perdidamente e fazendo...