Capítulo 38

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Um mês depois...

"Você pode tirar essa perna de cima de mim?" Empurro a perna de Shawn e ele reclama. "É sério, Shawn. Tenho que ir no hospital."

"Por que tem que ir se odeia hospitais?" Ele pergunta com a voz sonolenta.

"Por que querendo ou não, aquele homem é meu pai e ele precisa da minha companhia lá." Respondo.

"Não sei porque está falando dessa forma." Ele deita a cabeça em minha barriga. "Você gosta de ir visitá-lo."

"É verdade..."

Minha relação com George havia melhorado, e muito. É certo que tive que lidar com o chororô de minha mãe quando descobriu o estado de George e sobre ele ter me encontrado naquele buraco que chamo de faculdade.

"Você vai me levar ou terei que pegar seu carro?" Pergunto para Shawn e ele se senta na cama, arrancando uma risada. "Ele só funciona comigo." Ele coça os olhos.

Me levanto da cama e vou até o banheiro, fazendo minhas higienes matinais que tanto prezo.

Minha relação com Anna também está muito boa e nunca pensei que ficaria tão próxima de alguém que eu nunca imaginaria ser da minha família. Margareth ainda me odeia, mas suporta minhas visitas à seu marido no quarto de hospital.

Termino de me arrumar depois de muito tempo e encontro Shawn deitado na cama já arrumado.

"Vamos?" Ele pergunta.

Pego minha bolsa e seguimos o caminho até o hospital. Não acredito que George saia dele algum dia, mas não é algo que eu goste de pensar quando estou aqui.

"Vou para o estúdio." Shawn avisa antes de eu sair do carro.

"Manda um beijo para os garotos." Lhe dou um selinho e entro no hospital.

Me ver aqui já devia ser rotineiro para todas as pessoas que trabalham aqui. Abro um pequeno sorriso oara uma enfermeira que não tenho ideia de como se chama mas sempre me vê e ela retribui.

Vejo Anna sentada na beirada da cama de George rindo de algo que ele deve ter dito. Bato na porta do quarto e coloco o rosto para dentro, fazendo o olhar dos dois cair sobre mim.

"Bonnie!" Anna grita. "Estamos vendo série."

Abro um sorriso e coloco minha bolsa em cima da poltrona vazia ao lado da cama. Eles estão assistindo Friends e eu nunca assisti nenhum episódio em minha vida inteira.

Todos encaram a televisão em silêncio e atenciosamente. Até George gritar, nos assustando.

"Não faz isso, pai!" Eu e Anna gritamos juntas.

Anna arregala os olhos e George também faz o mesmo. Eu o chamei de pai. Eu chamei George de pai. Minhas bochechas ficam vermelhas e Anna me sacode, soltando uma risada contagiante.

"Que fofinha! Ela não é fofinha, papai?!" Ela diz com uma vozinha chata. "Awn, ela é muito fofinha."

"Você é muito insuportável, Anna." Solto uma gargalhada.

O dia passa rapidamente e não sei quantas vezes fico sem ar de tanto gargalhar. Anna tem um maravilhoso senso de humor, o qual eu nunca terei em toda a minha vida.

"Preciso ir." Me levanto da cama. "Shawn está vindo me buscar."

"Hmm, o namorado famoso dela." George dá uma cotovelada em Anna que solta uma risada. "Manda um abraço para ele."

"Mando, sim." Solto uma risadinha.

Dou um abraço demorado em Anna e me aproximo de George, o dando um abraço sem jeito. Um porque é difícil já que ele está encostado na cama e dois porque é difícil para mim, para meu sentimental.

"Tchau!" Abro um sorriso e pego minha bolsa.

"Bonnie!" A voz dele me grita e me viro para ele. "Obrigado."

"Não tem de quê" Saio do quarto.

O ambiente hospitalar parece arrancar cada pedaço da minha pele lentamente e saio do lugar em passos rápidos. O carro de Shawn já está parado do lado de fora e desço as escadas correndo, sentando no banco do carona.

"Está fugindo?" Ele pergunta, rindo.

"Eu o chamei de pai." Digo, encarando o nada. "Eu quase morri de vergonha." O olho.

"Ainda achei que demorou demais para fazer isso." Ele diz. "Esperava que fosse mais rápido."

"Quê?" Me viro para ele.

"É sério. O cara é legal, apesar de tudo e você está sempre com ele." Ele me olha antes de fazer uma curva. "Mais cedo ou mais tarde, você acabaria reconhecendo."

"Enfim, como foi no estúdio?" Pergunto.

"Escrevi algumas coisas." Ele abre um sorriso. "Porém, escrevi mais enquando estava no banheiro do que dentro do estúdio." Solto uma gargalhada. "Sério! Eu tenho uma conexão com aquele lugar."

"Você é um idiota!"

Shawn está praticamente morando comigo no apartamento e isso quer dizer que o obrigo a fazer às compras todo mês. E ele não parece ligar muito.

Se eu já achava estranho nunca sair do campus para nada, estou achando muito mais estranho nunca ter algum programa fora com meu próprio namorado. Passamos os dias inteiros maratonando séries e comendo besteiras na frente da televisão.

O que também anda me incomodando são os nossos planos que estamos deixando para trás. E sobre tudo aquilo de voltar para Toronto para terminar a faculdade? Shawn já está tão acomodado que tem a chave do portão da garagem do meu prédio. E ele nem mora aqui oficialmente!

"Quem te deu essa chave?" Pergunto enquanto ele sorri para o portão que abre sozinho.

"Louis. Quem mais poderia ser?" Ele diz.

"Não sei. Vai que roubou de algum vizinho." Dou de ombros.

"Com certeza eu iria roubar uma chave de garagem." Ele revira os olhos e estaciona o carro. "Vá pegar umas sacolas na mala que eu vou pegar as do banco para sermos mais rápidos." Ele aberta um botãozinho e a mala se abre.

Saio do carro e me arrasto até a mala de seu carro preto. Não são sacolas, é apenas uma sacola. Uma grande sacola rosa.

"O que é isso?" Grito para que ele consiga me ouvir.

"Um presente." Ele responde. "E você vai usá-lo essa noite."

Olá meus amores!!!

agora faltam dois capítulos para o fim. ((alguem está ou conhece alguem que esteja fazendo capas?¿))
bj.

Memories of Love || Shawn Mendes [book 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora