Recaída

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...Ana POV...

Já se passavam cinco dias desde a conversa que tive com Vitória, e ela me evita o tempo todo, vitória não senta mais na mesa comigo pra tomar um café... Ela tá com medo? Eu não sei! Vitória é muito linda por dentro e por fora, ela tem medo de magoar as pessoas, e tem medo de se magoar, vi é muito sensível qualquer coisinha quebra, e eu não tive oportunidades de falar com Letícia ainda, ela trabalha num hospital e pra ficar livre só a graça.

Acordei cedo e sai do quarto e meu leãozinho não tava ali, não tinha ninguém dando oi ao sol, não tinha ninguém cobrindo minha vista com os cabelos, não tinha mais alegria, minha cabeça não ajuda, loucura, tortura, eu só queria ter ela ali perto, eu me aguentava até um dia desses, mas depois que senti virei dependente e nun tem mais cura, eu preciso dela! E a Vi? Ela nun acredita nisso, pra ela eu amo a Letícia e vou voltar pra ela correndo. Não sabe ela que esse afastamento ta me doendo, vitória praticamente sumiu daqui, Vitória ta dentro de casa e quase não da pra notar, silêncio é oque se vê, logo ela que parece uma tagarela se reprimiu, o que ela quer com isso? Ela quer que eu me "desengane da minha paixão?" Impossível! Isso tá me acabando, que se dane minha postura eu quero Vitória e isso é meu mundo. A falta de Vitória me fez chorar sem nem perceber, eu tava ali parada no meio da sala com uma blusa maior que eu, chorando e olhando pro nada...
Fui até a cozinha fazer um café, tentei conter as lágrimas mas não deu em nada, deixei que elas descessem, a dor daria uma aliviada, fiz o café e como de costume, peguei duas xícaras e enchi, coloquei açúcar em uma, e outra deixei amarga, sentei no banquinho e o silêncio me fez lembrar que eu tava sozinha, olhei pra xícara de café que tinha preparado pra Vi e voltei a chorar, porque ela faz isso comigo? Olhei pra janela atrás de respostas

Demorei uns 30 minutos na cozinha, na esperança de que ela chegasse, ela não veio! Levantei e fui andando em direção ao quarto dela, bati na porta algumas vezes e a veio atender, "Bom dia Ana" foi o que ela disse...

-ô vi... Vem tomar café por favor, eu coloquei teu café e fiquei meia hora na cozinha te esperando.

-Ana... Num tô com fome...

-Ta amargo do jeito que tu gosta...

Falei num baixinho, abaixando a cabeça.

-Ta eu vou!

Um alívio subiu na mesma hora.
Vi me seguiu e sentou na mesa bebendo um pouco do café, peguei algumas torradas e pus na mesa, ela comia enquanto olhava o mármore, nem uma olhada pra mim ela deu.

-Vitória, tu tem certeza que vai ficar evitando até me olhar?

-Ana, por favor...

-Por favor nada Vitória! Tu nun ta vendo que isso tá matando a gente não?

Vi levantou um pouco a cabeça e olhou pra mim.

- Ei... Cadê a Vitória que dava bom dia ao sol? Cadê a Vitória que dançava nessa sala? Cadê a Vitória que elogiava o café amargo? Cadê a Vitória que me acordava toda manhã com o bom dia mais lindo do mundo? Cadê a Vitória sorridente? Cadê vitória? Cadê a minha vitória?

-Eu ainda sou Vitória Ana, mas agora eu sou uma Vitória que quer fazer que a Ana que ela tanto ama não sofra lá na frente, a Vitória que prefere evitar contato pra não estragar tudo que tu tem de certo na vida!

-Apois a Ana que tu tanto ama virou uma Ana que chora parada no meio da sala, uma Ana que leva meia hora pra perceber que o amor da vida dela nun vai passar pela porta do quarto com o sorriso que ela tanto ama, uma Ana que não vê a hora de te dar um abraço, vitória, um abraço!

-Isso é melhor Ana.

-Porque é melhor Vitória?

Vitória abaixou a cabeça começando a chorar, negando com a cabeça.

Será que um diaWhere stories live. Discover now