...Ana POV...
Acordei um tanto tarde, tomei meu café da manhã e tava na sala assistindo com Minha mãe, até que Luana apareceu na sala com meu celular tocando na mão dela, "Ana, é da casa da vi" ela falou e logo eu me levantei pra pegar o celular, quando atendi reconheci a voz de Aninha e a saudade que eu tava daquela mini vi aumentou um bucado,"Oiii Aninhaa" falei e ela perguntou se eu estava bem, respondi e fiz a mesma pergunta a ela, ficamos conversando por algum tempinho e ela perguntou se eu estava ocupada hoje, eu disse que não estava e ela pediu que eu fosse pra casa dela tocar violão e cantar algumas coisinhas, aceitei e disse pra ela que chegaria lá depois do almoço.
Eu e Aninha sempre nos demos muito bem, quando conheci ela tinha 10 Anos, tocava Violão, e já era doidinha feito Vitória, AMEI! E assim foi até hoje, sempre que eu e Vitória temos tempo de vir por aqui, eu me encontro com ela pra matar a saudade.
Depois do almoço fui me vestir, coloquei um macaquinho jeans branco, e uma blusa cinza que por sinal não era minha, tinha visto na cama de Luana e achei que sería legal rouba-la por um dia. Calcei uma sandalhinha preta e coloquei um óculos de sol pra ver se aliviava minha cara toda lascada.
Quando cheguei na casa de Tia Isabel Aninha já me esperava sentada na calçada, levantou rapidamente me abraçando e me puxando pra dentro de casa. Ali ja não era mais um lugar em que me sentia tímida, era quase minha segunda casa, tantas vezes que cheguei e fui tão bem recebida que acabou se tornando algo meu também.
Entrei brinquei com os cachorros conversei com tia Isabel e com a Vó da vi, até que Aninha apareceu com um violão erguendo ele um pouco e dizendo um "Vambora Ana?" Eu levantei dizendo um "Orxe! Só se for agora!"
A gente foi pro quarto de Aninha, nos aninhamos sobre a cama, até que eu senti falta de Vitória e puxei papo com ela.
-Ei Aninha, Vitória ainda tá dorminu é?
-Que mané durminu, Vitória saiu foi cedo com um menino aí!
-Orxe! Que menino era esse?
-Nun sei não visse, parecia bem bonito mas eu tinha acabado de acordar e a vista tava era embasada!
-Santo rei poderoso!
Falei olhando torto pra Aninha, depois começamos a rir, afinamos os violões, e começamos a tocar e a cantar umas musiquinhas.
Brinquei com Aninha mas minha cabeça tava era explodindo, queria era saber quem que era esse menino que Vitória tinha saído! Mas pensei direitinho e eu tinha mais era que curtir meu momentinho com aquele ser cheio de luz do meu lado.
Depois de um tempinho Resolvemos cantar quadro verde-Rubel.
Daqui de dentro
O sol é pouco, eu berro
Pinturas velhas
Não renovam mais meu ar
Vem me acalma
Traz os discos, fica
O que eu preciso é me esquecer
Me conta mais de você
Esse sorriso
É grande ajuda, fica
Estende o braço
E me aponta pr'onde eu vou
Mentira nada
Eu adorava quando
A luz entrava pra chamar
Sua atenção
A música preenchia nosso momento, preenchia todo quarto e talvez toda casa, nós estávamos entregues a senhora música e toda sua beleza.
E como sempre Vitória tava presente dançando em minha cabeça.
