RETORNANDO AS ORIGENS

74 3 0
                                    

____A vida aqui está cada dia pior não aguento mais pagar aluguel altíssimo sustentar essa casa sozinha cada dia se torna um fardo maior e resolvi que vamos retornar para casa Ana.
CASA?
____Mas aqui é nossa casa mãe.
____Vamos voltar esta decidido Ana.
A volta pra casa parecia ser a melhor coisa a se fazer naquele momento mas seria só o começo de uma série acontecimentos na vida de Ana, a chegada ou o retorno pra casa no interior não teria sido nada fácil pra família de Ana já que a casa que seria da sua mãe ,estava alugada e só depois de mover um processo na justiça o então inquilino deixaria a casa por ordem judicial.
a mãe de Ana a matriculou na única escola que encontrou vagas disponíveis em uma periferia da cidade e Ana sofrerá muitos maus tratos por parte dos colegas de sala, Ana não estaria habituada àquela Cultura e valores.
Os seus colegas de sala não tinha total respeito uns pelos outros principalmente os meninos pelas meninas que as tratavam como objeto e por muitas vezes Ana presenciava muitas de suas colegas sendo molestadas por esses garotos.
Um dia Ana passou uma enorme vergonha na sala de aula, ia sempre com aqueles vestidos de bonecas que sua mãe adorava vestir nela e que ela odiava ter que usar,Ana estava em pé de costas e distraída quando uma das irmãs daqueles meninos maldosos LEVANTOU a saia do seu vestido.
Ana era uma menina tímida e muito acanhada e naquele momento não sabia onde enfiar sua vergonha única vontade que sentia era de ir embora daquela escola e nunca mais voltar, e esse desejo só crescia a cada dia mais.
Outro dia Ana ia embora é um dos seus maldosos colegas a derrubou da bicicleta e ela cortou o pé no momento da queda e foi embora pra casa com o pé pingando sangue até chegar em casa, mas Ana não podia falar nada com sua mãe ou sofreria novamente.
Ana sentia muito medo das agressões que sofria da mãe,era uma mulher rude normalmente ,que foi criada dessa maneira e repassava isso aos filhos, principalmente a Ana que era a mais velha.
Um dia Ana andava de bicicleta e cortou o pé no raio da bicicleta, um corte profundo teve tanto medo da surra que a mãe lhe daria que ela escondeu o ferimento e por sorte não infeccionou, outra vez passava as roupinhas de BB da irmã cacula e o ferro de passar caiu em seu braço e Ana sentia tanta dor que mergulhou o Branco em um balde com água suja que encontrou pela frente e mais uma vez escondeu o ferimento da mãe com medo da surra que poderia sofrer naquela hora.
Ana temia sempre pelos erros de suas irmãs pois sabia que a ela cairia o castigo e não nas suas irmãs, a criação delas era bem rígida e as idas a igreja era obrigatória ou apanhariam muito da sua mãe, Ana sempre tentava gostar e interagir com os amigo que conquistou na igreja,mas era inevitável o desejo dela em se vestir como as adolescentes da sua época, morria de vergonha durante as aulas de educação física na escola quando via todas suas amigas vestidas de acordo com a ocasião e Ana la com sua personagem de " Bete a feia".
Ana tinha apenas uma válvula de escape seu diário que não o deixava por nada, e escrevia como desabafo todos os seus medos e frustações.
vivia trancada em seu quarto escrevendo e sonhando com
Dias melhores Dias que sairia de casa.
       A mãe de Ana não sabia amar por igual às filhas e sempre escolhia uma para amar incondicionalmente e outra para condenar por todas as suas iras e frustações, e infelizmente Ana era a escolha para as condenações.
Na igreja que Ana era obrigada a frequentar sua mãe já havia escolhido o seu par perfeito e ela de certa forma gostaria de agradar a mãe e pouco tempo depois de completar quinze anos aceitou namorar esse rapaz bem
Mais melhor que ela cerca de oito anos.
      Os encontros com o namorado acontecia sempre anoite na casa de Ana mesmo sobre os olhares da sua mãe ele sentado lado a lado com ela é sua mãe sentada a sua frente sempre interagindo com o casal, meu Deus aquilo era ilario pareciam dois fantoches seguindo a risca um roteiro escrito por sua mãe e pelo pastor da igreja.
     Chegou a noite do noivado na igreja claro a mãe de Ana estava reluzente de felicidade com o destino já tracado por ela para a filhinha mais velha, com o passar do tempo ano começou a sentir vergonha do namorado das roupas que ele adorava usar enfim nada naquele homem a agradava e não tinha coragem de terminar aquele namoro de fachada criado por sua mãe, na verdade Ana não tinha coragem de enfrentar a mãe, ela imaginava a surra que sofreria se fizesse qualquer coisa contrária aos desejos dela.
Meses se passaram e Ana tendo que sustentar esse relacionamento, Ana nunca saia de casa não conhecia a vida fora dos padrões da igreja que também havia sido estabelecido por sua mãe.
      Férias chegou e Ana foi passar uns dias com familiares na zona rural a cerca de 100 km da sua casa e pra novidade de Ana era dia de festas, muita música e muita gente curtindo ela só observava tudo aquilo mas não era seu mundo e não poderia participar ou seria condenada por DEUS segundo sua mãe, ela até conheceu um rapaz alto Moreno no meio daquele povo todo que chegava,ambos ficaram encantados um pelo outro, mas Ana não poderia lhe retribuir o mesmo sentimento sabia de suas obrigações com o noivo e principalmente sua mãe que lhe esfolaria viva.
      Ana retornou para casa mas nem imaginava que o lhe aguardava o circo já estaria prontinho a sua espera.
____como você é vagabunda Ana, como teve coragem de trair Luís Guilherme dessa maneira um homem bom íntegro de caráter, que nunca te traiu! Eu já sei de tudo sua vagabunda gritava sua mãe.
____Eu não traí ninguém mãe ,não fiz nada de errado mesmo, de onde a senhora tirou isso?
o que Ana não imaginava era o quanto as pessoas daquele lugar que ela até então chamava de parentes poderiam ser falsos com ela.

ANA APENASOnde histórias criam vida. Descubra agora